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Montenegro acusa PS de "voracidade fiscal". Previsões da AD são "ato de fé", diz Pedro Nuno

O líder do PS acredita que o cenário macroeconómico da Aliança Democrática é um "ato de fé" que não tem ligação à realidade. Luís Montenegro fala de um "ato de sensibilidade social" e acusa o PS de "voracidade fiscal".

Tiago Sousa Dias
19 de Fevereiro de 2024 às 21:22
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O secretário-geral do Partido Socialista acusa a Aliança Democrática (AD) de assentar o programa eleitoral num cenário macroeconómico que é um "ato de fé", Luís Montenegro fala de um "ato de sensibilidade social".

A troca de acusações ocorreu no único frente a frente entre os líderes das principais forças políticas às eleiçõe legislativas antecipadas de 10 de março que se realizou esta segunda-feira nos três canais nacionais de televisão.

"O vosso cenário macro é um ato de fé. É uma irresponsabilidade orçamental", acusou Pedro Nuno Santos, referindo-se ao cenário macroeconómico desenhado pela AD. Para o líder socialista, para prometer medidas é preciso que tenham cabimento orçamental, servindo-se do exemplo francês. "Ainda agora soubemos que França vai avançar com um plano de austeridade de 10 mil milhões de euros", indicou. "O PSD apresenta uma aventura fiscal. O vosso cenário macro é um ato de fé. É uma irresponsabilidade orçamental", reforçou.

Luís Montenegro respondeu com um cenário que foi construído por economistas reconhecidos e validado por independentes. E quanto à perda de receita com a redução de impostos, afirmou que "é um ato de sensibilidade social", acusando "o PS de voracidade fiscal completa. Nunca está satisfeito", apontou.

O programa eleitoral da AD prevê um corte de 5 mil milhões de euros em impostos para as famílias e empresas na legislatura, até 2028.

(Notícia atualizada às 21:40)
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