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Ao minuto05.03.2024

"A vitória está cada vez mais próxima", diz Pedro Nuno. Abascal vai juntar-se à campanha do Chega amanhã

Os partidos têm mais quatro dias de campanha eleitoral pela frente. Siga aqui ao minuto as iniciativas desta terça-feira.

António Pedro Santos / Lusa
05 de Março de 2024 às 19:06
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05.03.2024

"A vitória está cada vez mais próxima", diz Pedro Nuno

O secretário-geral do PS considerou hoje que a vitória "está cada vez mais próxima", numa arruada em Setúbal, em que considerou que a adesão dos portugueses à campanha socialista "tem sido extraordinária".

No final de uma caminhada pelo centro histórico de Setúbal, em que esteve acompanhado pela cabeça de lista do PS por este círculo eleitoral, a governante Ana Catarina Mendes, Pedro Nuno Santos subiu a um canteiro para apelar, de megafone na mão, à mobilização das centenas de pessoas que o escutavam.

"O dia de 10 de março é um dia muito importante para o futuro de Portugal e nós temos de estar lá em força: os nossos apoiantes, amigos, familiares, vizinhos, para uma grande vitória que está cada vez mais próxima", defendeu, apelando a que o país não "ande para trás nem um passo".

Ao longo da arruada, em que também participaram os ministros Duarte Cordeiro, João Gomes Cravinho e João Costa - nenhum candidato a deputado nestas legislativas -, Pedro Nuno Santos percorreu as ruas históricas de Setúbal distribuindo rosas, e ficou várias vezes coberto por 'confetis' que eram atirados das varandas.

Logo no início, o secretário-geral do PS foi abordado por Sara Aboobakar, uma criança de 13 anos que já tinha interpelado António Costa numa arruada também em Setúbal, na campanha para as legislativas de 2022, pedindo-lhe que o convidasse para a tomada de posse do Governo.

Na altura, o chefe do executivo tinha-lhe pedido o número de telemóvel e cumpriu a promessa, tendo Sara assistido à entrada em funções do Governo de maioria absoluta, no Palácio da Ajuda no dia 30 de março de 2022. Desta vez, a criança dirigiu-se a Pedro Nuno Santos para lhe agradecer.

"Eu vim agradecer ao PS pelo trabalho que tem feito, nomeadamente nos manuais escolares e no passe gratuito para os estudantes. Eu espero que as pessoas, no dia 10 de março, não se esqueçam disto e votem no PS", disse, emocionada.

Ao longo do percurso, Pedro Nuno Santos ouviu várias promessas de voto e de felicidades, e foi respondendo "vamos trabalhar para ganhar as eleições". Aos jornalistas, o líder do PS disse que "tem sido extraordinário o apoio dos portugueses".

"Têm sido uma loucura os últimos dias. A adesão das pessoas à nossa campanha tem sido extraordinária", referiu, enquanto cumprimentava uma idosa.

Sobre a presença de António Costa esta noite num comício na Aula Magna, em Lisboa, Pedro Nuno Santos disse que "é boa", e rejeitou que o primeiro-ministro esteja a ofuscar a sua campanha.

"Nós somos um partido unido, que trabalha sempre em conjunto. Sempre foi assim. O PS é assim, é um partido que se une sempre pelo país, pelos portugueses", afirmou.

Nas últimas eleições legislativas, em 2022, o PS obteve 45,73% dos votos, em Setúbal, conquistando 10 dos 19 mandatos em disputa - o PSD obteve três, seguido pela CDU, com dois.

05.03.2024

Montenegro confrontado por ambientalista nega que programa da AD proponha aumento da área do eucalipto

O presidente do PSD foi hoje confrontado por um ambientalista que alegou que o programa da AD quer aumentar a área do eucalipto, o que Montenegro negou, mas defendeu o equilíbrio entre ambiente e economia.

No final de uma arruada em Águeda, no distrito de Aveiro, Manuel Reis, presidente da associação Agir pelo Planeta, que veio de Vila Nova de Gaia para questionar Luís Montenegro, ofereceu ao líder da AD um vaso com um pequeno carvalho e desafiou-o a esclarecer uma parte seu programa eleitoral, num diálogo que durou quase cinco minutos.

"Porque é que no seu programa só tem medidas para aumentar o eucalipto e não tem nada sobre a floresta nativa?", questionou.

Montenegro respondeu que não era verdade, e pediu-lhe para ler todo o programa da AD, no qual não consta a palavra eucalipto.

Na frase sublinhada por Manuel Reis no programa, lê-se como uma das metas para as florestas: "Aumentar a produtividade e as matérias-primas disponíveis das principais fileiras florestais, com plantações de áreas abandonadas e ocupadas com matos e reconversão de povoamentos mal-adaptados".

"Estamos a falar de ordenar e explorar o território com respeito pelas preocupações ambientais, o clima, mas também com respeito pelas pessoas, pelas atividades económicas", afirmou Montenegro.

Manuel Reis pediu a Montenegro para responder diretamente se "está aqui o aumento da área do eucalipto".

"Não, não está. O que está aí é uma preocupação com a gestão florestal, uma preocupação de ligar a floresta à agricultura e não pôr a floresta sob alçada do ambiente, isso eu assumo consigo. Eu tenho as minhas ideias muito claras, se não gosta e vem com uma opinião fechada não vale a pena falar muito", disse.

Manuel Reis, que disse depois aos jornalistas não ter filiação partidária mas votar "na esquerda", insistiu: "Vamos aumentar a área do eucalipto ou não?".

"Vamos aumentar a exploração florestal, vamos aumentar as zonas de cultivo, gestão e ordenação de floresta, só tendo floresta bem gerida e com rendimento para os proprietários vamos conseguir evitar, por exemplo, os grandes incêndios", respondeu o líder do PSD.

A meio do diálogo, o volume da música da coluna que acompanha sempre as juventudes partidárias foi aumentado, mas depois acabou por ser novamente reduzido e o diálogo prosseguiu.

Manuel Reis defendeu que a plantação de eucaliptos nem sequer dá rendimentos e "os únicos que beneficiam são as grandes plantações de celulose", o que o presidente do PSD contestou.

"Estava a colocar o ponto onde queria convencê-lo, é que é de facto quando temos ordenamento, gestão e rendimentos que conseguimos ter melhores resultados. É nesses terrenos -- eu não sou defensor das empresas, mas do ordenamento -- que há menos incêndios", disse.

O ambientalista insistiu que "onde há menos incêndios é onde há carvalhos" e outras espécies autóctones.

"Há espaço para todos, quando só vemos para um lado não conseguimos ver a floresta toda. Vocês querem defender o clima, as vossas causas e fazem bem, só que têm de ter abertura de espírito para compreender os outros, é isso que significa Aliança Democrática. Se quiser apenas ver o seu ponto de vista, vote noutro", aconselhou Montenegro.

Manuel Reis insistiu na pergunta "onde está a reflorestação nativa" no programa da AD, com o presidente do PSD a responder que iria aproveitar o carvalho oferecido pelo ambientalista e seguiu caminho.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da associação ambientalista insistiu que o programa do PSD não tem medidas para desenvolver a floresta autóctone e pretende aumentar a área dedicada aos eucaliptos.

 

05.03.2024

BE acusa direita de levantar medo sobre imigrição para que esta seja clandestina

A coordenadora do BE considerou hoje que, quando a direita levanta "medo e suspeitas" sobre a imigração necessária para Portugal, apenas quer "mais imigrantes clandestinos", pedindo melhorias no funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Mariana Mortágua dedicou a manhã do seu 10.º dia de campanha a uma visita à Associação Solidariedade Imigrante, em Lisboa, onde falou com muitas pessoas que esperavam para ser atendidas e ouviu as queixas e as preocupações de uma instituição que diz substituir-se muitas vezes ao Estado e com poucos apoios.

"Por cada um euro que os imigrantes recebem, pagam sete à Segurança Social, são essenciais à economia portuguesa e quem vem levantar suspeitas, quem vem levantar medo sobre os imigrantes, na verdade, não é porque quer menos imigrantes, quer é mais imigrantes clandestinos", condenou.

Segundo a coordenadora bloquista, ouve-se "muitas vezes a direita falar sobre os perigos da imigração irregular", mas em "autarquias em que a direita governa, estão a ser criados entraves à regularização de imigrantes".

"A economia precisa destes imigrantes, eles estão aqui por causa da economia. Querem [a direita] imigrantes mais explorados, mais mal pagos, à mercê desta economia voraz e selvagem e nós não podemos aceitar isso, porque Portugal é um país que respeita toda a gente que trabalha e toda a gente nos procura", criticou.

Para Mariana Mortágua, o facto de ter deixado de ser o SEF a acolher estes imigrantes foi muito importante, mas Portugal "tem de melhorar essa capacidade administrativa para regularizar imigrantes e para poder garantir que toda a gente tem acesso a serviços públicos essenciais".

"O que é preciso fazer agora é garantir que a agência [AIMA] que está destinada ao acolhimento de imigrantes funciona e o que se viu até agora é uma enorme confusão", criticou.

De acordo com a líder bloquista, todo o processo de extinção do SEF e de criação da AIMA "deixou em atraso milhares de processos de regularização", o que "só contribui para a insegurança de vida destas pessoas".

"Nunca sabem como é que o amanhã, contribui para a exploração laboral, porque trabalhadores sem direitos e que não estão regularizados estão sempre muito mais sob ameaça de exploração e de abuso", lamentou.

Foi precisamente para denunciar esta situação que o BE quis fazer esta visita e deixar um alerta: "Portugal precisa de imigrantes, a economia precisa de imigrantes".

"Não há lares a funcionar, não há agricultura, não há construção, não há pescas, não há turismo sem imigrantes. Façamos o que está certo e o que está certo é acolher estas pessoas, acolher com direitos humanos", pediu.

Para Mariana Mortágua, este é "um tema incontornável" e no qual se tem "visto muita desinformação e muita mentira" contra as quais são precisas "posições fortes e inequívocas".

"Eu quero saudar, por isso, o papel da comunicação social, que foram os primeiros a dizer que não há um problema de insegurança em Portugal causado pela migração. Ter esta capacidade para informar as pessoas, para destruir mentiras, para destruir falsidades que são atiradas para o debate público é aquilo que nos permite ter um debate sério, honesto e elevado, informado sobre imigração", elogiou.

A líder do BE quer, após as eleições, abrir um debate "com todos os partidos que fazem uma maioria de esquerda" sobre direitos humanos e "como tratar todas as pessoas" que chegam a Portugal, dando-lhes direitos e deveres.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

05.03.2024

IL diz que declarações de Ventura sobre entendimentos à direita são de desespero

O presidente da IL desvalorizou hoje as declarações que disse serem "de desespero" do líder do Chega sobre eventuais entendimentos à direita, reafirmando que a posição da IL é clara nessa matéria.

"Já estamos habituados a uma certa tentativa que parece, às vezes, desespero de trazer argumentos para o debate quando vê que as coisas não estão a correr bem. Enfim, é o modo de atuar do Chega", afirmou Rui Rocha, depois de André Ventura ter dito em entrevista à RTP que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento", caso alcancem maioria nas eleições legislativas de domingo com vista a formar um governo estável.

No final de uma manhã dedicada aos transportes em Setúbal, e apesar da insistência dos jornalistas, o dirigente liberal reafirmou que a posição da IL é bem clara porque já disse com quem se entende e com quem não se entende.

"Somos muito claros, somos o partido mais claro nos cenários em que nos movemos", insistiu, depois de já ter deixado a garantia nesta campanha eleitoral que não fará entendimentos com o Chega.

Em matéria de entendimentos "não há jogadas escondidas" por parte da IL, reforçou.

E questionado sobre o posicionamento do PSD, Rui Rocha salientou que cabe ao partido político esclarecer, se entender que deve esclarecer.

"Repare, eu não posso colocar cenários que são negados pela liderança do PSD e, portanto, não vou estar a fazer especulações com base em coisas que parecem mais fruto do desespero do que de questões sustentadas", acrescentou.

Quem tem de responder pelo PSD é o líder do partido, Luís Montenegro, vincou.

Na entrevista à RTP, Ventura indicou que há dirigentes do PSD que "se têm feito ouvir" publicamente, lançando os nomes de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Ângelo Correia e Rui Gomes da Silva.

Aos jornalistas, na segunda-feira à noite, em Portalegre, o presidente do Chega foi questionado se estes sociais-democratas lhe transmitiram esta posição diretamente e respondeu que não.

"O que eu disse hoje numa entrevista à RTP foi que alguma destas pessoas, inclusivamente já várias figuras importantes do PSD, disseram que Luís Montenegro tinha de encontrar uma solução", afirmou.

Instado a indicar quem lhe transmitiu essa informação, o líder do Chega escusou-se a fazê-lo: "Se não disse na altura, não vou dizer agora".

"É a evidência de que o PSD não deixará, quando eu chamei as forças vivas, e alguns até já o disseram publicamente, não deixará que o PS governe por causa de um capricho de Luís Montenegro", argumentou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

05.03.2024

Líder do partido espanhol Vox junta-se à campanha do Chega na quarta-feira

O líder do partido espanhol de extrema-direita Vox vai juntar-se na quarta-feira à campanha do Chega para as eleições legislativas de domingo, participando num jantar/comício em Olhão.

O anúncio foi feito pelo partido liderado por André Ventura, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

"O líder do @VOX_es, Santiago Abascal, junta-se à nossa campanha já amanhã em Olhão", lê-se numa publicação na conta do partido Chega.

Santiago Abascal já tinha manifestado o seu apoio ao Chega, num vídeo que foi partilhado nas redes sociais de André Ventura em 23 de janeiro. O líder do Vox defendeu que o presidente do Chega é "o único líder capaz de devolver a esperança a Portugal e derrotar a esquerda".

Em julho, André Ventura esteve em Madrid a acompanhar a noite das eleições gerais espanholas.

O presidente do Vox já tinha participado na campanha do Chega para as últimas eleições autárquicas, em 2021.

05.03.2024

IL aponta liberalização dos transportes para que o Tejo deixar de ser "uma barreira"

De Setúbal a Lisboa, o presidente da IL apanhou o metro e o cacilheiro para mostrar que a liberalização dos transportes "é o caminho" para que o Tejo deixe de funcionar como uma "barreira para quem quer deslocar-se entre margens".

O décimo dia da campanha da IL para as eleições legislativas de domingo começou bem cedo com Rui Rocha a apanhar o metro de superfície no Pragal e, depois, o barco em Cacilhas, ambos no distrito de Setúbal, em direção ao Cais do Sodré, em Lisboa, para demonstrar que a solução é a liberalização dos transportes do Tejo para dar "mais oferta e mais qualidade de serviço" aos utilizadores.

"Nós queremos salientar que, nesta região, há um forte condicionamento da vida das pessoas pela falta de soluções de transporte", disse o dirigente liberal aos jornalistas, após uma curta viagem de metro onde ouviu Helena Duarte queixar-se da frequência e da supressão dos transportes.

Já a caminho de Cacilhas, Rui Rocha cruzou-se com Luís Medeiros que se mostrou satisfeito com a descida do preço dos transportes, mas não com o serviço atual, apontando as constantes supressões.

Perante isto, Rui Rocha referiu que há um conjunto de obras de extensão do metro que ainda não está sequer a andar, o que considerou criticável, e depois há um transporte fluvial que é assegurado em exclusivo por uma empresa.

Com a IL, garantiu, haverá expansão do metro da margem Sul, liberalização do transporte fluvial e devolução do valor do passe correspondente aos dias de greve ou supressão.

"O Tejo, neste momento é, de alguma maneira, uma barreira para as pessoas que querem deslocar-se entre margens e nós queremos que passe a ser uma autoestrada, passe a ser uma ligação que une as duas margens e não que cause bloqueio à vida das pessoas", reforçou.

Por isso, o dirigente liberal entendeu que este transporte fluvial entre margens deve ser liberalizado e aberto, dando como exemplo a liberalização da ligação rodoviária entre Lisboa e Porto que trouxe mais oferta e preços mais baixos.

E explicou: "Onde há concorrência deve haver privatização, onde não há concorrência deve haver concessão e, portanto, é uma questão a avaliar em função desse processo de liberalização que nós queremos fazer".

Rui Rocha insistiu que, se houver condições para concorrência, liberaliza o mercado, se não houver concessiona.

"Esse é o caminho porque nós não gostamos de monopólios, sejam eles estatais, sejam eles privados e, portanto, nós queremos é que haja concorrência", ressalvou.

Na opinião do presidente da IL é "perfeitamente possível" prestar serviços públicos num cenário de privatização, de liberalização e de concorrência".

Quem concorda com esta visão é Rafael Cunha, de 21 anos, que, sentado ao lado de Rui Rocha no barco, confidenciou ter votado IL nas últimas legislativas por se identificar com as suas propostas e Chega nas presidenciais, motivo pelo qual entenderá um acordo com o partido de André Ventura se isso for "mesmo inevitável".

Ao lado seguia Rosalina Trilho que, trabalhando na baixa de Lisboa, recorre todos os dias aos transportes públicos, nomeadamente ao barco "com o qual nunca sabe com o que contar", tantas são as falhas de serviço.

O desabafo desta utente, que confidenciou estar no grupo dos indecisos, proporcionou a Rui Rocha a oportunidade de dizer que "com a IL isso não acontecerá".

05.03.2024

Livre diz que membro citado por Ventura não está indicado para mesas de voto

O Livre indicou hoje que o autor de uma publicação citada pelo presidente do Chega na segunda-feira em que brincava com a possibilidade de anulação de votos nas eleições legislativas "não está indicado para nenhuma mesa".

Fonte oficial do Livre confirmou à agência Lusa que o elemento em causa "não está indicado para nenhuma mesa".

Na segunda-feira, quando chegou a um comício de campanha em Portalegre, o líder do Chega, André Ventura, mostrou uma nova publicação da rede social X (antigo Twitter) para sustentar a sua teoria da possibilidade de os resultados eleitorais serem desvirtuados.

Em causa está uma publicação de uma pessoa que se identifica como membro do Livre que escreveu: "Estarei nas mesas de voto. Comigo estão avisados que todos os votos em branco irão para a IL e obviamente todos os votos da AD e do Chega serão nulos".

Na publicação, datada de sábado e que se mantém no perfil consultado esta manhã pela Lusa, o autor do post acrescentou o seguinte comentário: "Claro que é piada".

Na segunda-feira, a CNE disse que vai analisar as suspeitas levantadas pelo presidente do Chega sobre a possibilidade de anulação propositada de votos no partido nas legislativas.

05.03.2024

"Ventura está a marimbar-se" para os problemas das pessoas, diz Paulo Raimundo

O secretário-geral do PCP acusou hoje o presidente do Chega, André Ventura, de não se preocupar com as pessoas e apenas pensar em "ir para o poder a todo o custo".

A posição de Paulo Raimundo surgiu na sequência de uma entrevista à RTP na segunda-feira do líder do partido de extrema-direita, na qual disse que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento" caso alcancem maioria nas eleições legislativas com vista a formar um governo estável.

"Essa afirmação até tem importância neste momento porque ela revela três questões: a primeira é que para lá do discurso todo de André Ventura, ele, no fundo, está a marimbar-se para as pessoas e para os problemas das pessoas. O que quer é chegar ao poder, sejam lá quais forem os meios. E quer chegar ao poder para voltar ao tempo anterior, voltar ao projeto que nós, com a força do povo, interrompemos em 2015", defendeu, acrescentando como segunda vantagem a evidência de que a CDU "é a força mais consequente" no combate à direita.

"A terceira [vantagem], já que estamos neste enquadramento, é que é mais uma razão porque precisamos dos guarda-rios do PEV e do PCP para ir tratar dos jacintos que, pelos vistos, querem florescer na Assembleia da República", salientou, na companhia do cabeça de lista da CDU por Santarém, Bernardino Soares, e das candidatas de Os Verdes a deputadas pela CDU nos círculos de Setúbal e Lisboa - Heloísa Apolónia e Mariana Silva, respetivamente.

O líder comunista lembrou também que o presidente do Chega "já fez essa manobra nos Açores e vai tentar fazer agora", notando que "é um problema que a direita vai ter de resolver". No entanto, recusou que a campanha eleitoral esteja a ser metaforicamente afetada por uma praga de jacintos, como a vala de Almeirim.

"Com esta dimensão julgo que não. Claro que um jacinto aqui, um jacinto ali... O problema não é um jacinto aqui, um jacinto ali; o problema é que os jacintos juntaram-se todos aqui e o que precisamos é que a partir do dia 10 de março os jacintos não se juntem todos na Assembleia da República. É preciso guarda-rios, é preciso a Heloísa [Apolónia] e outros deputados do PEV e do PCP, os verdadeiros guarda-rios para tomar conta da praga dos jacintos", finalizou.

05.03.2024

BE quer soluções estruturais na educação e não medidas de urgência como as do PS

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu hoje que, em vez de medidas de emergência como incentivar professores aposentados a voltar a dar aulas, o PS devia "resolver o problema na origem" com carreiras, salários e formação adequada.

No final de uma visita à Associação Solidariedade Imigrante, em Lisboa, Mariana Mortágua foi questionada pelos jornalistas sobre as declarações da véspera do líder do PS, Pedro Nuno Santos, que disse querer incentivar os professores aposentados a darem aulas para responder às necessidades atuais da escola pública.

"Eu penso que a ideia de que se governa um país de medida de emergência em medida de emergência é errada, foi a ideia que a maioria absoluta deixou e criou, que os problemas vão-se avolumando e acumulando e como não se quer tomar medidas estruturais para resolver os problemas, vai-se de medida de emergência em medida de emergência", criticou.

Acusando os socialistas de se terem esforçado "por fazer uma guerra entre a população e os professores, dizendo que os professores tinham privilégios a mais", líder bloquista lamentou que "agora que existe uma enorme falta de professores na escola" mais uma vez o PS queira recorrer "a medidas de emergência".

"Nós queremos resolver este problema na origem e isso quer dizer valorizar a carreira dos professores e os salários, resolver a recuperação do tempo de serviço, dar apoio aos professores deslocados que não conseguem com o seu salário pagar as deslocações para ir dar aulas para sítios onde a habitação é impossível e o preço dos transportes se torna impossível e dar formação aos milhares de professores que foram contratados pelas escolas e que não têm formação pedagógica adequada", elencou.

De acordo com Mortágua, "a medida de emergência já está em vigor" e essa foi contratar pessoas para dar aulas que não tiveram formação pedagógica adequada".

"Agora, se queremos que essas pessoas que agora foram contratadas possam ser o novo quadro de professores, possam ficar na escola, querer ficar na escola, então é preciso assegurar duas coisas: carreiras, perspetivas de vida e de salários, e formação adequada", sintetizou.

Considerando que as medidas de emergência "têm sido mais caras", a líder do BE pede que se faça o que "está certo fazer", desde logo dizer a todos os professoras e professores contratados que "fiquem aqui porque têm perspetiva de carreira e vão ter formação adequada" para permanecer na escola pública.

Para além dos professores, segundo a líder do BE, é preciso responder ao resto dos funcionários não docentes que todo o dia "fazem a escola pública".

05.03.2024

Montenegro afirma que PS e Chega se confundem um com o outro

O presidente do PSD considerou hoje que PS e Chega se confundem um com o outro, acusando ambos de fazer uma campanha "de pequenos episódios", apontado a AD como "único reduto" de responsabilidade e mudança.

"Nós olhamos hoje para o PS e olhamos para o Chega e confundem-se muito um com o outro porque um e outro só falam de pequenas coisas, não falam dos verdadeiros problemas que importunam a vida das portuguesas e dos portugueses", afirmou Luís Montenegro, num curto discurso feito em cima de um banco, em Aveiro.

No fim de uma ação de rua da Aliança Democrática (AD), tendo ao seu lado o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, o presidente do PSD retomou a mensagem que tinha deixado pouco antes aos jornalistas, defendendo que se distingue dos adversários pelo sentido de responsabilidade e foco nos problemas das pessoas.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM tem feito e continuará uma "campanha positiva", reclamou.

Segundo Luís Montenegro, os outros "estão sempre importados apenas em criar pequenos episódios, pequenas polémicas" e o PS transpôs da governação para a campanha os "casos e casinhos".

"Muitas portuguesas e muitos portugueses olham para nós e veem aqui o único reduto para tratarmos com sentido de responsabilidade e sentido de mudança aquilo que são as preocupações que as pessoas querem ver corrigidas nas suas vidas", sustentou.

05.03.2024

PAN desafia Montenegro a esclarecer afirmações de Ventura sobre acordo

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, desafiou hoje o líder do PSD, Luis Montenegro, a esclarecer a existência de uma eventual aliança pós eleitoral entre a AD e o Chega.

"Pelos vistos trata-se de uma aliança entre PSD e Chega, caberá a Luis Montenegro vir dizer se se comprova, ou não, a existência desse acordo", disse Inês Sousa Real, reagindo a declarações proferidas na segunda-feira pelo líder do Chega.

Na segunda-feira, em entrevista à RTP, André Ventura disse que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento" caso alcancem maioria nas eleições legislativas com vista a formar um governo estável.

Ventura indicou que há dirigentes do PSD que "se têm feito ouvir" publicamente, lançando os nomes de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Ângelo Correia e Rui Gomes da Silva.

"Nós fazemos este ano 50 anos em que se assinala o 25 de Abril não podemos amanhecer no dia 11 de março, no pós-ato eleitoral sem ser num Estado democrático", disse Inês Sousa Real, considerando que o país "não pode estar refém de alianças populistas e antidemocráticas porque não são elas que resolvem os problemas que o país enfrenta".

Inês Sousa Real disse não estar surpreendida com um eventual acordo entre o Chega e a Aliança Democrática, que junta PSD, CDS e PPM, afirmando: "Isto não nos surpreende, até porque André Ventura já tinha dito, até em tom de ameaça velada a Luís Montenegro, que quisesse ou não, teria um acordo com o PSD.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza falava no final de um encontro com o presidente da Confederação de Desporto de Portugal, Daniel Monteiro, no Estádio Nacional, em Oeiras, na qual "foram debatidas um conjunto de preocupações transversais comuns".

Inês Sousa Real defendeu a necessidade de um maior investimento ao nível do desporto e a inclusão ao desporto como disciplina obrigatória, e a aposta no desporto como ferramenta de "promoção e prevenção da saúde".

05.03.2024

Pedro Nuno lamenta declarações de Montenegro sobre a sua estabilidade emocional

O secretário-geral do PS considerou hoje lamentáveis as declarações do líder do PSD sobre a sua estabilidade emocional, interpretando-as como um ataque, e defendeu que os políticos têm de se "respeitar mais".

"Não deixa de ser caricato que, na mesma intervenção em que diz que não ataca os seus adversários e que fala dos problemas do país, dizer o que disse. Eu só lamento", reagiu Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas após ter visitado as obras do novo hospital de Sintra, em Algueirão Mem-Martins, no distrito de Lisboa.

Num comício esta segunda-feira em Macedo de Cavaleiros, Luís Montenegro defendeu que, "para se governar um país também é preciso ter estabilidade emocional", dirigindo-se a Pedro Nuno Santos, a quem acusou de fazer um discurso do medo e divisionista contra a AD.

O líder socialista defendeu que os políticos têm de se "respeitar mais" e é "obviamente lamentável" o que Luís Montenegro disse, considerando que não se pode estar na mesma intervenção a dizer que só se fala dos problemas do país e que não se ataca os adversários, e depois "fazer um ataque desses".

"Eu cá tenho respeito pelos meus adversários políticos todos e quero é um país que não se divida, quero um país inteiro, um Portugal inteiro, que é aliás o que eu tenho dito desde o início da minha campanha", afirmou.

Depois, o líder do PS voltou a criticar o programa da AD, salientando que Luís Montenegro disse que não faria cortes, "mas tem um cenário macroeconómico com indicadores que não estão previstos por nenhuma organização internacional", o que suscita dúvidas.

"A questão que eu coloco - eu não faço ataques pessoais, mas obviamente nós estamos a fazer um debate político também em permanência - é se, perante o clima de incerteza que nós vivemos no futuro, essas previsões não se verificarem, onde é que o PSD e a AD vão cortar?", questionou.

Defendendo que essa é uma "resposta que tem de ser dada", Pedro Nuno Santos disse que o PS apresentou um cenário macroeconómico "com responsabilidade, com cautela" e não com menos ambição.

"Nós queremos que a economia cresça e nós temos uma estratégia para o crescimento da economia que é muito melhor do que a deles", defendeu.

Já questionado sobre a polémica envolvendo o militante do Bloco de Esquerda e as declarações do líder do Chega, André Ventura, sobre a regularidade do processo eleitoral, Pedro Nuno Santos deixou um apelo.

"Acho que temos a obrigação, todos nós - quando digo todos, não são só os políticos - de trazer a esta campanha serenidade, tranquilidade, respeito pelos outros, pela diferença de opiniões, pelo confronto democrático, de visões diferentes para o país. É isso que nós fazemos", disse.

O secretário-geral do PS disse valorizar muito a "grande conquista dos portugueses que é a democracia, e ela faz-se respeitando visões diferentes".

Relativamente à entrevista de André Ventura à RTP, em que disse que as "forças vivas" do PSD querem um acordo com o Chega no pós-eleições, Pedro Nuno Santos voltou a recusar comentar, afirmando que está é concentrado em que o PS obtenha uma "grande vitória no dia 10 de março".

"Se nós tivermos uma grande vitória no dia 10 de março, vamos ter estabilidade e ação em Portugal e é nisso que nós estamos concentrados", afirmou.

05.03.2024

"Não participo no recreio", responde Montenegro sobre Ventura

O presidente do PSD respondeu hoje que não participa no recreio, questionado sobre declarações do líder do Chega sobre alegadas garantias de alianças pós-eleitorais, dizendo que tem sentido eleitores desse partido e do PS a aproximarem-se da AD.

"Aqueles que passam a vida ou a falar de nós ou a falar de coisas que ninguém sabe de onde vêm estão a dar um sinal aos eleitores: não contem connosco para resolver os vossos problemas", disse Luís Montenegro, questionado pelos jornalistas numa arruada em Aveiro.

Perante a insistência dos jornalistas se as declarações de André Ventura, de que haverá dirigentes sociais-democratas a defenderem um entendimento entre PSD e Chega depois de domingo, respondeu: "Não participo no recreio".

"Eu hoje vejo que muitos potenciais eleitores do PS e do Chega estão a ingressar no apoio da AD porque veem que é aqui que podemos ter reais soluções para os problemas das pessoas", acrescentou.

Montenegro repetiu a ideia de que a candidatura da AD "não divide, não há eles e nós, esquerda e direita, há pessoas".

"Sinto cada vez mais, a cada dia, uma maior responsabilidade no sentido em que, olhando para panorama político-partidário, vejo o líder do PS e do líder do Chega falarem de coisas que não interessam às pessoas e aumentam a responsabilidade da AD e a minha própria", considerou.

Em entrevista à RTP emitida na segunda-feira à noite, André Ventura disse que os partidos de direita têm de dizer se estão disponíveis para "criar um entendimento" caso alcancem maioria nas eleições legislativas com vista a formar um governo estável.

Ventura indicou que há dirigentes do PSD que "se têm feito ouvir" publicamente, lançando os nomes de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas, Ângelo Correia e Rui Gomes da Silva.

À chegada a um jantar/comício em Portalegre, o presidente do Chega foi questionado se estes sociais-democratas lhe transmitiram esta posição diretamente e respondeu que não.

Hoje, questionado se estas notícias não criam ruído na campanha, Montenegro repetiu a sua mensagem.

"Olho para estes factos, para estas notícias e digo a mim próprio: tens de ter ainda mais capacidade, ainda mais sentido de responsabilidade para dar a resposta que estes agentes políticos não dão. A conclusão que eu vejo que os eleitores estão a tomar é votar na AD", concluiu, apelando a esses eleitores desiludidos com o PS e o Chega.

Na AD, acrescentou "está uma resposta segura", na saúde, na resposta a jovens ou aos reformados.

"Esta visão global para a nossa sociedade para termos mais bem-estar e mais justiça social é o que interessa nesta campanha. O resto eu posso-vos resumir: não participo no recreio", afirmou.

Mal terminou estas declarações, Montenegro tocou bombo, fez o V de vitória, e cantou com a comitiva o novo hino de campanha, que tem como mote "Eu vou com Portugal".

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