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Partidos reagem a Passos Coelho e imigração no terceiro dia de campanha

Siga ao minuto as principais notícias do terceiro dia de campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março.

Tiago Petinga / Lusa
27 de Fevereiro de 2024 às 20:11
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27.02.2024

Partidos reagem a Passos Coelho e imigração no terceiro dia de campanha

As reações dos partidos às declarações do ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho, nomeadamente sobre imigração, marcaram o terceiro dia de campanha eleitoral, com fortes críticas da esquerda.

O ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho 'aqueceu' o segundo dia de campanha mas o discurso que fez num comício da Aliança Democrática (AD), em Faro, e as suas declarações, nas quais associou imigração a insegurança, ainda ecoaram no terceiro dia de estrada rumo às legislativas de 10 de março.

Em Elvas, o presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou que situações de imigração não integrada, em condições instáveis e pouco dignas, criam um sentimento de insegurança que deve ser combatido, defendendo mais regulação e integração.

"É preciso regulação e é preciso que isso depois se expresse numa política de integração mais efetiva, para nomeadamente não criar zonas de insegurança, zonas onde as populações estão mais expostas a situações, enfim, que lhes dão um sentimento de insegurança que nós devemos obviar", defendeu, questionado sobre as palavras de Passos Coelho.

Já o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, nos Açores, deixou críticas ao antigo primeiro-ministro do PSD, considerando que Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro são "duas faces da mesma moeda".

O socialista mostrou-se confiante de que a sua candidatura está a "conseguir mobilizar o país" e rejeitou "regressar ao passado que era governado por um partido que dizia uma coisa aos portugueses e praticava outra".

Em Beja, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou "um disparate de todo o tamanho" a associação entre imigração e insegurança feita por Passos Coelho, defendendo que esta ideia é uma "mentira desmentida por todos os factos".

No mesmo distrito esteve também o líder da IL, Rui Rocha, que se escusou a comentar as palavras concretas de Passos Coelho limitando-se a defender uma imigração com dignidade e com direitos.

As críticas do liberal foram dirigidas ao PS, com Rocha a apontar à "péssima decisão" do executivo demissionário em extinguir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos termos em que o fez.

O presidente do Chega, André Ventura, que na noite de segunda-feira já tinha considerado que o antigo primeiro-ministro mostrou ao líder do PSD o discurso que Montenegro devia fazer desde que lidera o partido, prometeu hoje o "maior aumento de pensões" se for Governo, após uma arruada em Braga.

Tanto Inês Sousa Real (PAN) como Rui Tavares (Livre) deixaram duras críticas às palavras de Pedro Passos Coelho sobre imigração.

Em Matosinhos, o dirigente do Livre defendeu que as afirmações em causa denotam "uma ignorância muito grande em relação aos dados e factos no terreno", considerando esta declaração "indesculpável para um antigo primeiro-ministro".

A porta-voz do PAN, em Beja, afirmou que a entrada de Passos Coelho na campanha da Aliança Democrática (AD) aproxima esta coligação da agenda do partido Chega e lembrou o impacto dos seus governos.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que andou pelo distrito de Setúbal, exigiu a redução do valor do passe intermodal de 40 para 20 euros, com vista a tornar os transportes gratuitos no futuro e saiu em defesa dos trabalhadores da administração pública, considerando que a solução para os problemas destes profissionais não passa pelo PS ou pela direita.

27.02.2024

Livre quer passe intermodal nacional para mudar paradigma da mobilidade

O porta-voz do Livre Rui Tavares defendeu hoje a criação, em 2025, de um passe intermodal nacional e considerou "verdadeiramente trágico" o desinvestimento do Governo português na ferrovia nos últimos anos.

"A proposta do Livre é passar do passe ferroviário nacional, que já foi uma proposta do Livre e que tem estado a ser alargado sucessivamente, para um verdadeiro passe multimodal nacional, em que, por um preço acessível (...), nós podemos ajudar as pessoas a poupar muito dinheiro por mês", referiu.

Numa conferência em Braga sobre mobilidade e transportes incluída na campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março, Rui Tavares lembrou que o passe ferroviário nacional custa 49 euros por mês e abrange 100 comboios por dia, devendo em breve passar para 250 comboios.

"Há pessoas a poupar neste momento 70 euros por mês em deslocações que têm, que são obrigadas a fazer todos os dias. Repare que 70 euros por mês dá 800 e tal euros por ano. É mais do que os descontos que a Iniciativa Liberal propõe nos impostos para as famílias de classe média baixa", acrescentou.

Segundo Rui Tavares, "não houve investimento público" em Portugal nos últimos 15 anos, "uma falha" que, apontou, tem de ser assacada a vários governos, incluindo o da geringonça.

"O investimento que houve foi investimento europeu, agora do PRR [Programa de Recuperação e Resiliência]. Portugal precisa de investimento público, os problemas que temos estado a ver na educação, na saúde, nas forças de segurança prendem-se muito com falta de investimento público, que acaba por gerar muito más condições de trabalho para as pessoas, inclusive também nos transportes", afirmou.

Para Rui Tavares, a inversão das políticas e o reforço do investimento público passa pela eleição de mais deputados do Livre.

"É assim que as coisas funcionam em democracia e não vale a pena, às vezes, com a cantilena do voto útil, dizerem-nos que é de outra maneira. As ideias do Livre terão mais poder se os eleitores derem mais poder ao Livre através do seu voto", frisou.

Para o pós-eleições, Tavares vincou que o Livre não será parceiro de ninguém que não seja parceiro do Livre também.

"E essas parcerias fazem-se à mesa das negociações, segundo as melhores práticas europeias. Dois, três, quatro partidos, os que forem necessários para sustentar uma governação de quatro anos de estabilidade para o nosso país. Não estamos com os duodécimos em cima da cabeça como nas últimas eleições. Temos tempo para negociar um próximo Orçamento e a preferência forte do Livre para uma negociação multilateral de vários partidos, que envolva também a sociedade civil com grupos de trabalho em cada setor saúde, educação, segurança, ambiente, na qual estejam não só os partidos. Não queremos uma geringonça dos gabinetes, só em negociações nas salas do Parlamento", rematou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

27.02.2024

Livre quer que IL e AD esclareçam se viabilizam moção a governo de esquerda

O porta-voz do Livre defendeu hoje que os partidos de direita têm de "jogar limpo" e esclarecer se votariam uma moção de rejeição, apresentada pelo Chega, a um governo de esquerda para não haver "surpresas" após as eleições.  

"Creio que a direita portuguesa tem de nos esclarecer, tem de jogar limpo com os concidadãos. Ontem [segunda-feira] questionei a IL e a AD se votariam a favor de uma moção de rejeição apresentada pelo Chega a um governo apoiado pela esquerda (...) Acontece que tanto Luís Montenegro como Rui Rocha não conseguiram responder a esta pergunta muito simples", afirmou o porta-voz do Livre.

À margem de uma visita ao CEiiA, em Matosinhos, Rui Tavares defendeu que os dois partidos devem esclarecer esta questão até ao final da campanha eleitoral, dizendo não querer "surpresas no dia 11 de março".

"Se as pessoas votarem com o conhecimento de causa, o voto é legítimo e do nosso lado será respeitado, gostemos ou não gostemos. Agora, outra coisa é haver aqui esconderijos e depois no dia 11 [de março] dizerem que afinal votam com a extrema-direita para mandar abaixo um governo de esquerda", acrescentou.

Questionado se a presença do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na campanha poderia ser "uma má influência" para o líder da Aliança Democrática (AD), Rui Tavares rejeitou ter "medo de aparições" e disse "não acreditar em fantasmas".

"Pedro Passos Coelho veio clarificar uma coisa, que é que afinal, na lógica dele, não há uma direita democrática e uma direita que esteja excluída, existe só uma direita que está mais radicalizada", observou.

Comparando Pedro Passos Coelho a Manuel da Silva Passos, mais conhecido por Passos Manuel e que fora ministro durante o século XIX, Rui Tavares defendeu que "Portugal não pode ser só o país de dinheiro fácil, imobiliário de luxo e do turismo de massas".

"Tem de ser um país da valorização das pessoas, conhecimento e território", observou, esclarecendo que para isso é necessário o aumento dos salários e o fortalecimento da Segurança Social.

"O Livre não diz que isto se faz de um dia para o outro, mas os atalhos que nos andam a propor a direita são truques", afirmou, referindo-se à baixa de impostos proposta por alguns partidos.

Também questionado pelos jornalistas sobre a utilização, por Pedro Passos Coelho, das palavras "imigração e falta de segurança na mesma frase", Rui Tavares defendeu que denota "uma ignorância muito grande em relação aos dados e factos no terreno", considerando-a "indesculpável para um antigo primeiro-ministro".

"Os dados são muito claros, somos um dos países mais seguros do mundo (...) É mais fácil encontrar gente com cadastro, suspeita de crimes, alguns deles violentos, nas listas de certos partidos políticos nestas eleições do que entre os imigrantes. A taxa é certamente mais alta e alguém deveria fazer essas contas", afirmou.

Acompanhado pelos cabeças-de-lista do Livre pelo Porto e de uma pequena comitiva, Rui Tavares conheceu hoje alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos pelo CEiiA -- Centro de Engenharia e Desenvolvimento do Produto em áreas como a mobilidade, descarbonização e aeronáutica.

Entre veículos elétricos e satélites, o porta-voz do Livre defendeu a necessidade de em Portugal se criar um centro nacional de transferência de conhecimento que envolva equipas multidisciplinares de especialistas, mas também a comunidade local, associações e autarquias.

"Portugal do futuro já existe, não está é completamente distribuído", referiu, considerando que estas iniciativas ajudam a reter conhecimento e a potenciar o país.

"É importante termos um país que não tenha medo, uma política nacional que não produza medo do futuro", afirmou, acusando outros candidatos de usarem o "negócio do medo" nestas eleições.

27.02.2024

Rui Rocha defende imigração com dignidade e direitos

O presidente da Iniciativa Liberal defendeu hoje uma imigração com dignidade e com direitos, criticando a "péssima decisão do PS" em extinguir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos termos em que o fez.

À margem de uma reunião na Associação de Agricultores do Sul, em Beja, e questionado sobre as afirmações de Pedro Passos Coelho, que participou na segunda-feira, em Faro, num comício da AD, acusando o PS de ter aumentado a insegurança no país, que associou à imigração, Rui Rocha escusou-se a comentar, contrapondo a sua visão sobre a matéria.

"Nós precisamos de ter uma estrutura que trata do controlo de fronteiras, que trata do acolhimento de quem quer trabalhar em Portugal e, portanto, é fundamental termos uma estrutura, chame-se SEF, chame-se AIMA [Agência para a Integração Migrações e Asilo], chame-se como entender, a funcionar nessa matéria", afirmou.

Criticando a "péssima decisão" do PS em extinguir o SEF nos termos em que o fez, o dirigente liberal defendeu que as pessoas que entrem em Portugal entrem com visto de procura de trabalho ou com contrato de trabalho para não serem, depois, empurradas para esquemas de abuso, de exploração e de tráfico de seres humanos.

E acrescentou: "Nós somos completamente contrários a qualquer visão de exploração de seres humanos, sejam eles quem forem".

Motivo pelo qual Rui Rocha disse querer uma imigração com dignidade e com direitos.

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho participou na segunda-feira, em Faro, num comício da AD, acusando o PS de ter aumentado a insegurança no país, que associou à imigração.

Passos recordou no seu discurso uma afirmação que fez em 2016, na Festa do Pontal, no Algarve, quando liderava os sociais-democratas na oposição: "Nós precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro".

"Na altura, o Governo fez ouvidos moucos disso, e na verdade hoje as pessoas sentem uma insegurança que é resultado da falta de investimento e de prioridade que se deu a essas matérias. Não é um acaso", sustentou o antigo presidente do PSD.

Com a extinção do SEF, em outubro do ano passado, as bases de dados passaram a ser geridas pela AIMA, no que toca à documentação para obtenção de autorização de residência e tudo aquilo que serve de suporte para emissão de documentos a imigrantes, e pela Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros, que funciona sob a alçada do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna e tem as bases de dados policiais e de controlo de fronteiras.

As competências do SEF foram transferidas para seis organismos, passando as policiais para a PSP, GNR e PJ, enquanto as funções em matéria administrativa relacionadas com os cidadãos estrangeiros para a AIMA e para o Instituto de Registos e Notariado, tendo sido ainda criada a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros.

Em 2022, segundo um relatório anual do Observatório das Migrações (OM) publicado em dezembro do ano passado, os imigrantes foram responsáveis por um saldo positivo de 1604,2 milhões de euros da Segurança Social.

27.02.2024

Mortágua diz que ligar imigração à insegurança "é mentira desmentida pelos factos"

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou hoje "um disparate de todo o tamanho" a associação entre imigração e insegurança feita por Passos Coelho, defendendo que esta ideia é uma "mentira desmentida por todos os factos".

A agenda do BE para o terceiro dia de campanha já estava marcada antes da entrada do antigo líder do PSD, Passos Coelho, na campanha da AD, mas a visita a uma escola em São Teotónio, Odemira, Beja, na qual mais de 40% dos 400 alunos não nasceram em Portugal e onde se falam duas dezenas de línguas serviu para Mariana Mortágua criticar as declarações do antigo primeiro-ministro sobre imigração e insegurança.

"É um disparate de todo o tamanho", começou por responder a líder do BE aos jornalistas.

De acordo com Mariana Mortágua, "a ideia de que há um problema de segurança associado à imigração é uma mentira, é desmentida por todos os factos".

"O que nós temos que dizer ao país é que, para que a economia funcione, para que a Segurança Social funcione, para que as pensões sejam pagas, Portugal tem o dever de acolher as pessoas que o procuram e tem o dever de acolher as pessoas que procuram em nome dessas pessoas que querem uma vida melhor, mas em nome das pessoas que já cá viviam e que também têm o direito de viver nesta sociedade pacífica, em paz, tolerante, capaz de integrar todos", defendeu.

O ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD Pedro Passos Coelho participou na segunda-feira, em Faro, num comício da AD, acusando o PS de ter aumentado a insegurança no país, que associou à imigração.

Passos recordou no seu discurso uma afirmação que fez em 2016, na Festa do Pontal, no Algarve, quando liderava os sociais-democratas na oposição: "Nós precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro".

"Na altura, o Governo fez ouvidos moucos disso, e na verdade hoje as pessoas sentem uma insegurança que é resultado da falta de investimento e de prioridade que se deu a essas matérias. Não é um acaso", sustentou o antigo presidente do PSD.

Dando por diversas vezes o exemplo da escola que visitou como um modelo de integração, Mariana Mortágua insistiu que a ideia de Passos Coelho "não tem qualquer justificação nem é baseado nos factos", admitindo que há desafios neste processo.

"Quando chegam imigrantes e chegam porque há trabalho, porque a economia precisa dos imigrantes, esses imigrantes, obviamente aumentam a população e colocam uma pressão sobre os serviços públicos, sobre a escola, sobre os centros de saúde, sobre as repartições dos vários serviços públicos", descreveu.

A solução da líder do BE é aumentar "a resposta dos serviços públicos e dar uma resposta adequada", considerando que "há duas formas de olhar para a imigração", sendo "uma boa e outra má".

"A boa é regularizar, dar condições, acolher, criar serviços públicos para os que estão e para os que vêm. A má é fechar as portas da emigração regular e abrir as portas das máfias da imigração clandestina, da imigração sem direitos, da imigração em contentores", disse, recuperando o discurso da véspera num comício em Évora, também no Alentejo.

Mariana Mortágua disse querer "construir um país melhor, mais solidário, mais justo, em que toda a gente pode viver".

"Não foi isto que os portugueses procuraram quando saíram para uma vida melhor", questionou.

Questionada sobre se o discurso de Passos Coelho pode significar uma aproximação ao Chega, a líder do BE afirmou que já se ouviu "tudo e o seu contrário do PSD".

"Sabemos que ninguém se quer sentar ou ninguém diz que se quer sentar com André Ventura e isso ficou muito claro nos debates. Sabemos também que o PSD vai flertando com estas ideias e levantando medos, nomeadamente sobre a imigração, que são irresponsáveis, que são falsos, que não têm qualquer contacto com a realidade ou com os factos", criticou.

Para a dirigente bloquista, "Portugal é outra coisa".

"Portugal é um país de esperança, é um país de solidariedade, é um país de justiça que quer uma vida melhor para toda a gente que aqui vive. Uma vida boa para toda a gente que vive", defendeu.

27.02.2024

IL considera presença de Passos Coelho na campanha da AD "perfeitamente normal"

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou hoje que a presença na segunda-feira do ex-primeiro-ministro Passos Coelho na campanha da Aliança Democrática (AD) é "perfeitamente normal", não lhe atribuindo "demasiada importância de leitura política".

"Eu entendo que a participação de antigos líderes é perfeitamente normal, faz parte destas campanhas. Na Iniciativa Liberal não só temos a participação de antigos líderes, mas temos mesmo dois antigos líderes que são cabeças de lista [Carlos Guimarães Pinto, pelo Porto, e João Cotrim de Figueiredo às eleições europeias] e, portanto, isso faz parte", afirmou Rui Rocha, no final de uma reunião na Associação de Agricultores do Sul, em Beja.

O dirigente liberal disse não atribuir "demasiada importância de leitura política" à presença de Passos Coelho na campanha da AD.

"Não me cabe a mim fazer essa leitura. Isso cabe à direção do PSD saber qual é o seu caminho, onde é que se coloca porque eu não tenho, de facto, grande interesse em fazer leituras políticas, porque tenho uma proposta clara nas diferentes matérias", argumentou.

E sobre se a aparição de Passos Coelho na campanha da AD representa alguma mudança, Rui Rocha entendeu que quem tem de responder a isso é o PSD porque a IL está "mesmo focada em mudar o país a partir de 10 de março".

Rui Rocha ressalvou ainda que a IL tem uma enorme vantagem nestas eleições porque as suas posições são claras, os portugueses sabem com o que podem contar, com quem se entendem e não entendem.

E isso, sublinhou, faz com que a IL não tenha de estar todos os dias a falar dos cenários em que se coloca porque eles são claros. "Portanto, a preocupação não está do nosso lado, está do lado de quem não tem essa visão e essa ambição", vincou.

A visão da Iniciativa Liberal é "absolutamente clara", cabendo aos outros partidos políticos fazerem o seu trabalho de casa, reforçou.

Questionado sobre se votou Passos Coelho em 2011 e 2015, o dirigente liberal respondeu afirmativamente dizendo, contudo, que hoje votaria IL "como é óbvio".

27.02.2024

Montenegro acusa PS de "lançar para o ar" regionalização sem projeto

O presidente do PSD acusou hoje o PS de "lançar para o ar" a regionalização, sem um projeto concreto de competências e financiamento, realçando que isso não está no programa da AD para esta legislatura.

"Nesta fase aquilo que eu acho que é importante para o país é perceber e aprofundar o processo de descentralização que foi feito da administração central para a administração local e intermunicipal, fazer uma avaliação disso e depois então ter uma discussão profunda", afirmou Luís Montenegro, em resposta aos jornalistas, em Elvas, no distrito de Portalegre.

"Agora, lançar temas para o ar só porque na campanha eleitoral, por assim dizer, é giro lançar esses temas não é a minha forma de estar na política", acrescentou.

Quanto a um eventual novo referendo sobre regionalização, Luís Montenegro realçou que a Aliança Democrática (AD), coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, não tem isso no seu programa eleitoral para esta legislatura.

O presidente do PSD foi questionado sobre este assunto durante uma visita à Cersul - Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul e, dirigindo-se ao jornalista que lhe fez a pergunta, retorquiu: "Sobre esse tema, deixe-me dizer que nós não podemos discuti-lo no ar. Você conhece qual é o projeto do PS?".

"Conhece? Eu não conheço. A divisão administrativa do país e a criação de órgãos políticos deve ser arquitetada na base de competências próprias, na base de um sistema de financiamento próprio. Lançar uma ideia para o ar é fácil, mas demonstrar que a sua execução é viável e demonstrar que há instrumentos de ganho e benefício para as pessoas é mais difícil", acrescentou.

Segundo Luís Montenegro, "há um pensamento sobre uma divisão regional, um chamado mapa - isso há, e até está mais ou menos estabilizado -, mas não há sobre as competências e o financiamento de um novo órgão de intervenção política".

27.02.2024

Pedro Nuno considera que Passos Coelho e Montenegro são "duas faces da mesma moeda"

O secretário-geral do PS disse hoje que a campanha eleitoral "está a correr bem" e a sua candidatura está a "conseguir mobilizar o país", considerando que Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro são "duas faces da mesma moeda".

"A campanha está a correr muito bem. Nós estamos a conseguir mobilizar o país para conseguirmos dar esperança ao país. Nós não queremos regressar ao passado, regressar ao passado que era governado por um partido que dizia uma coisa aos portugueses e praticava outra", afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de biotecnologia e investigação do concelho de Lagoa, na ilha de São Miguel, nos Açores.

O líder socialista lembrou que na segunda-feira, quando o ex-primeiro ministro apareceu ao lado do candidato da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, em Faro, foi "a oportunidade de ver duas faces da mesma moeda em campanha".

"Prometeram em campanha não cortar pensões, não cortar salários. Fizeram exatamente o contrário quando chegaram ao poder", vincou.

Pedro Nuno Santos salientou ainda que, naquela época, Luís Montenegro "não era só um qualquer dirigente do PSD, era o líder parlamentar, o responsável pelo apoio, pela aprovação das medidas no parlamento".

Nas declarações aos jornalistas, depois de referir que Passos Coelho disse que se deslocou ao Algarve para retribuir o apoio de Luís Montenegro, considerou que ambos "são duas faces da mesma moeda".

Também referiu que o PS pretende "apresentar um projeto de futuro, de esperança ao país", por isso deslocou-se aos Açores para "mostrar que é possível ter uma economia vibrante, sofisticada, onde portugueses possam trabalhar".

"Nós temos uma mensagem de esperança, de futuro para dar aos portugueses. Nós temos uma relação de confiança com os portugueses", assumiu.

Questionado sobre as sondagens, referiu que não está a fazer campanha a pensar nisso: "Nós estamos apenas preocupados em mobilizar o nosso povo para continuarmos a avançar, para podermos ter alguma esperança no futuro e não voltarmos ao passado, não regressarmos ao passado, que era o que aconteceria com a direita".

Já em relação às promessas para a economia feitas por Luís Montenegro, referiu que a "irresponsabilidade orçamental paga-se mais caro à frente".

"Aquilo que o PSD e Luís Montenegro estão a dizer, é fazer promessas, mas que ao mínimo aperto eles vão reverter. Tal como aconteceu durante o período de Pedro Passos Coelho e de Luís Montenegro", alertou.

O PS - prosseguiu -, tenciona "dar um novo impulso à governação anterior", mas muito mais do que isso: "Nós queremos modernizar a nossa economia. Nós temos um projeto para modernizar a nossa economia, que não passa apenas por uma aventura fiscal que dá mais poupanças fiscais aos de cima do que o resto da população. (...) Queremos trabalhar para que a classe média portuguesa possa viver melhor no seu país".

Ainda do ponto de vista da economia, como estava de visita a uma empresa açoriana, o secretário-geral do PS referiu que o maior desafio é modernizar o setor e aproveitar as competências científicas, tecnológicas e empresariais existentes.

"Este é o exemplo que temos que multiplicar pelo país, para podermos ter uma economia vibrante, mais sofisticada, que consiga reter quadros jovens, quadros qualificados", disse, referindo-se à empresa de biotecnologia e investigação visitada hoje na ilha de São Miguel.

27.02.2024

BE quer ver Passos mais vezes, "a maior recordação" do PSD que "cortou pensões"

A coordenadora do BE agradeceu hoje a Luís Montenegro a entrada na campanha de Passos Coelho, "a maior recordação" da governação do PSD que "cortou pensões" e "mandou jovens emigrar", esperando que o antigo primeiro-ministro "apareça mais vezes".

No final de uma visita a uma escola em São Teotónio, concelho de Odemira, distrito de Beja, Mariana Mortágua foi questionada pelos jornalistas sobre a participação na segunda-feira do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, num comício da campanha da AD (coligação PSD, CDS-PP, PPM).

"Eu tenho ouvido Luís Montenegro a falar muitas vezes sobre os jovens portugueses que emigram para fora do país, tenho ouvido Luís Montenegro a falar sobre fazer as pazes com os idosos e, por isso, eu quero agradecer-lhe o facto de ter trazido Pedro Passos Coelho para a campanha", ironizou.

Segundo a líder do BE, sem a presença do antigo presidente do PSD, o rosto da governação no período da troika, "podia haver algum jovem, podia haver algum idoso neste país que se tivesse esquecido do que foi a governação do PSD quando cortou pensões, apesar de ter prometido não o fazer, quando mandou os jovens emigrarem, quando expulsou os jovens do país dizendo que deviam sair da sua zona de confronto".

"Acho que devemos agradecer ao PSD ter trazido a maior recordação desse passado. Venha mais vezes, apareça mais vezes na campanha", sugeriu.

27.02.2024

Montenegro diz que situações de imigração não integrada criam sentimento de insegurança

O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou esta terça-feira que situações de imigração não integrada, em condições instáveis e pouco dignas, criam um sentimento de insegurança que deve ser combatido, defendendo mais regulação e integração.

"É preciso regulação e é preciso que isso depois se expresse numa política de integração mais efetiva, para nomeadamente não criar zonas de insegurança, zonas onde as populações estão mais expostas a situações, enfim, que lhes dão um sentimento de insegurança que nós devemos obviar", defendeu o presidente do PSD, em declarações aos jornalistas em Elvas, no distrito de Portalegre.

Luís Montenegro, que falava durante uma visita à Cersul - Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul inserida na campanha da Aliança Democrática (AD), foi questionado se concorda com o ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho, que na segunda-feira associou a imigração à insegurança.

"Eu admito que há algumas realidades que não são benéficas, porque não tratam da dignidade das pessoas, se nós tivermos as pessoas acomodadas e exploradas como acontece em algumas zonas", respondeu.

Luís Montenegro deu como exemplo "um episódio fatal em que duas pessoas morreram em Lisboa" e se constatou que "mais ou menos vinte pessoas" viviam "num espaço exíguo".

"Esse tipo de situação acaba por traduzir-se numa instabilidade tal dessas pessoas que, aos olhos de todos, nós tememos pela nossa segurança. É normal que isso aconteça", considerou.

"Eu não estou a dizer que as pessoas vêm do estrangeiro para Portugal têm essa tendência para criar problemas, mas criam um sentimento, quando não são bem integradas, e esse sentimento tem de ser combatido, como é evidente", acrescentou.

27.02.2024

Inês Sousa Real diz que Passos Coelho aproxima AD da agenda do Chega

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou esta terça-feira que a entrada de Passos Coelho na campanha da Aliança Democrática (AD) aproxima esta coligação da agenda do partido Chega e lembrou o impacto dos seus governos.

"Passos Coelho vem aproximar a AD da agenda mais extremista da direita, em vez de trazer a social-democracia para o centro democrático", afirmou a líder do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), em declarações aos jornalistas no Aeroporto de Beja.

Ou seja, prosseguiu Inês Sousa Real, a AD, ao incluir na campanha para as eleições de 10 de março o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, está a apostar numa "agenda que, de alguma forma, procura aproximar-se daquela que tem sido a do Chega".

"São opções do Partido Social Democrata que o PAN não acompanha", vincou, defendendo que o país deve "ter uma política de imigração que seja de integração e não de fomento do medo e do ódio".

Pedro Passos Coelho discursou, na segunda-feira, num comício da AD em Faro e acusou o PS de ter aumentado a insegurança no país, que associou à imigração, e considerou que nas escolas ninguém deve "meter pela goela abaixo" dos alunos "aquilo que há de ser a sua vontade e a sua maneira de pensar".

Nas declarações aos jornalistas, a líder do PAN considerou que os portugueses não se podem esquecer do "impacto que a troika teve no país", durante a governação de Passos Coelho, realçando que "empresas fecharam portas e muitas famílias viram aumentadas as suas dificuldades".

"Essa política da insensibilidade, esses tempos em que nos foi exigido mais do que a própria União Europeia e o FMI [Fundo Monetário Internacional] exigiam tem que ficar lá atrás", sublinhou.

Assinalando que o PAN não se revê no "conservadorismo" da AD, Inês Sousa Real propôs aquilo que considerou ser "uma sociedade mais justa e mais empática", com "uma descida de impostos para que as famílias possam ter mais qualidade de vida".

"Não queremos uma agenda em que aquilo que nos é trazido é uma cultura do medo, da insegurança, e também uma política só de contas certas com alguns interesses económicos e não com as famílias", acrescentou.

27.02.2024

CDU exige redução do valor do passe para 20 euros e aponta à gratuitidade

A mobilidade esteve no centro das atenções do secretário-geral do PCP, esta terça-feira, numa arruada em Setúbal, onde exigiu a redução do valor do passe intermodal de 40 para 20 euros, com vista a tornar os transportes gratuitos no futuro.

"É preciso que dos 40 passem para os 20 euros o custo do passe, num caminho progressivo para a gratuitidade dos transportes", afirmou Paulo Raimundo, diante de cerca de meia centena de pessoas no final da iniciativa comunista pela cidade sadina, sublinhando: "Esta é uma grande reivindicação".

Lembrando as propostas já apresentadas anteriormente sobre esta matéria, o líder comunista apelou à população da cidade onde cresceu para o voto na CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV), ao reivindicar a redução do valor do passe para os 40 euros nos tempos da geringonça (2015-2019) como exemplo de uma conquista do partido.

"Também propusemos que a travessia deste magnífico rio azul fosse integrada no passe intermodal... o PS chumbou, como tinha chumbado as propostas lá atrás de redução para os 40 euros. Mas nós temos uma experiência adquirida: com a luta do nosso povo, dos utentes e a força que o povo nos der, o mesmo PS que rejeitou vai ser obrigado a vir aos 20 euros para o valor do passe e a incorporação da travessia do Sado no passe intermodal", garantiu.

Acompanhado pela cabeça de lista pelo distrito de Setúbal, Paula Santos, que liderou a bancada parlamentar na última legislatura, Paulo Raimundo salientou inclusivamente que foi o número de deputados alcançado em 2015 [17 deputados] que "obrigou o PS a vir a essa medida extraordinariamente importante para a vida das pessoas", indicando-a como "exemplo" da relevância do voto na CDU.

"Para continuar tudo na mesma temos a experiência da maioria absoluta do PS. Não é também para voltar aos tempos sombrios da troika. O que está em decisão no dia 10 de março é se temos mais ou menos força para impor aquilo que é preciso. Independentemente das nuvens que assombram a campanha, eu estou muito confiante que as pessoas vão dar um voto nos seus anseios e interesses, que é o mesmo que dar o voto na CDU", realçou.

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