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Buffett acaba com especulação: não apoia Kamala Harris nem Donald Trump
O célebre investidor, conhecido como "Oráculo de Omaha", anunciou que não apoia nem irá apoiar publicamente qualquer candidato às presidenciais de 5 de novembro.
Warren Buffett pôs os "pontos nos is" esta quarta-feira. Depois de muita especulação sobre qual dos candidatos presidenciais apoiaria, o célebre investidor e presidente da Berkshire Hathaway anunciou que não dará o seu apoio público a qualquer um deles – ou seja, nem ao republicano Donald Trump nem à democrata Kamala Harris.
A menos de duas semanas das eleições de 5 de novembro, Buffett pôs assim fim às muitas informações falsas que circulavam.
Numa declaração publicada no website da Berkshire, o multimilionário e célebre investidor – conhecido como "Oráculo de Omaha", em alusão à cidade onde tem sede a empresa a que preside – pôs termo a muita especulação online, não só relativamente ao seu apoio político nas presidenciais como também no que diz respeito a produtos de investimento que têm sido promovidos através do uso do seu nome.
"À luz do crescente uso das redes sociais, tem havido inúmeros anúncios fraudulentos relativamente à promoção de produtos de investimento pelo sr. Buffett e também ao seu aval e apoio a candidatos políticos", refere a declaração de "web fraud". "O sr. Buffett não patrocina atualmente, nem patrocinará mais tarde, produtos de investimento – nem dará o seu aval e apoio a candidatos políticos", remata o anúncio.
No passado, Buffett deu o seu aval candidatos democratas, tendo por exemplo dado o seu apoio a Hillary Clinton nas presidenciais de 2016 contra Donald Trump. Daí que se esperasse que o investidor de 94 anos se pronunciasse a favor de Kamala Harris, mas veio agora dizer que não irá fazê-lo – pelo menos publicamente.
Warren Buffet, recorde-se, construiu a Berkshire Hathaway ao longo de várias décadas, a partir de uma fabricante têxtil que tinha entrado em processo de falência, transformando-a numa poderosa empresa com uma enorme diversificação das áreas de negócio, desde os seguros à energia, passando pelos bens de consumo e pelo fabrico de doçaria.
O multimilionário alcançou estes resultados através de uma filosofia de gestão que se foca na importância dos resultados financeiros trimestrais e que dá autonomia aos diretores das subsidiárias da Berkshire.