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António Costa: Um político habituado a ganhar

Será desta que António Costa avança para a liderança do PS? Ao político de 52 anos, que acumula vitórias eleitorais nos últimos anos, falta ainda tentar o "assalto" à chefia do partido, a cerca de um ano de umas eleições legislativas que poderão tornar o secretário-geral do PS no próximo primeiro-ministro.

Bruno Simão/Negócios
27 de Maio de 2014 às 23:05
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António Costa, de origem goesa, é filho do publicitário e comunista Orlando da Costa e da jornalista Maria Antónia Palla. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, casou em 1987 com Fernanda Maria Gonçalves Tadeu com quem teve dois filhos.

Costa que cresceu num ambiente onde se respirava política disse ao Negócios, em 2009, ter "nascido de esquerda". Inscreve-se na JS no Verão Quente de 1975, logo após a crise no jornal "República" para onde fora trabalhar a mãe. Mas apesar de ainda ter exercido Direito, sempre foram as lides políticas que lhe captaram maior atenção.

Foi deputado municipal da Câmara de Lisboa nos anos 80, tendo sido eleito deputado à Assembleia da República em 1991. A vitória de António Guterres, em 1995, assinalaria uma fase na vida profissional de António Costa cuja diversidade de cargos se espalhou por quase todo o tipo de funções políticas possíveis.

A voz grave, à imagem de Manuel Alegre, associada a um discurso simples e incisivo contribuíram para fazer de António Costa um temível parlamentar.

No consulado guterrista foi secretário de Estado e ministro dos Assuntos Parlamentares para depois assumir a pasta da Justiça. A veia parlamentar seria outra vez testada, entre 2001 e 2004, durante o Governo PSD-CDS, quando assumiu a liderança da bancada parlamentar socialista. Já no Governo de José Sócrates foi ministro de Estado e da Administração Interna.

A derrota da sua candidatura à Câmara de Loures, em 1993, fica para a história por duas razões. A história do burro e do Ferrari e por ser, até hoje, a última derrota eleitoral de António Costa.

A senda de vitórias inicia-se em 2004, quando Sousa Franco (que falece em plena campanha) e António Costa conseguem a primeira vitória socialista, em eleições de âmbito nacional, contra o PSD e o CDS juntos.

Em 2004 e 2005 regressou às lides parlamentares, desta feita em Estrasburgo, onde viria a acumular o cargo de vice-presidente do Parlamento Europeu.

Já em 2007, Costa abandonou o Governo de Sócrates para concorrer às eleições intercalares para a Câmara de Lisboa. Venceu, para depois renovar o mandato em 2009 e 2013.

Costa manteve sempre uma atitude cautelosa. Não avançou quando, em 2011, Seguro foi eleito. Preferiu esperar para ver. O mesmo sucederia em Janeiro de 2013 quando simulou desafiar a liderança do actual secretário-geral para depois acabar tudo em bem. E agora, será a valer? 


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