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UE “não discutirá nada relativamente à dívida” até às eleições na Alemanha

António Costa não espera que haja qualquer avanço na União Europeia em questões que se prendam com um alívio da dívida pública nacional até Outubro do próximo ano. É nessa altura que a Alemanha vai a votos, e até lá o primeiro-ministro não antevê novidades.

Erid Vidal/Reuters
05 de Dezembro de 2016 às 22:37
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A União Europeia não vai tomar qualquer posição sobre um eventual alívio dos juros da dívida pública até às eleições na Alemanha, agendadas para Outubro de 2017. Essa é a convicção de António Costa, transmitida esta noite em entrevista à RTP. O primeiro-ministro disse que a União Europeia "não pode continuar a ignorar" este tema. Mas enquanto as regras não forem ajustadas, Portugal deve cumpri-las.

 

"Creio que não é preciso ser um grande analista político para perceber que, havendo eleições na Alemanha em Outubro de 2017, até lá a União Europeia não discutirá nada relativamente à divida", antecipa António Costa. Mas o problema existe. "Mais tarde ou mais cedo, infelizmente mais tarde do que cedo, é óbvio que a União Europeia não pode continuar a ignorar um problema que afecta o conjunto da Zona Euro e que exige uma resposta europeia integrada", acrescentou.

 

E se Bruxelas não se chega à frente, deve ser Portugal a avançar sozinho? Costa acha que não. "Seria inútil e contraproducente fazê-lo", sentenciou. Costa não tem dúvidas de que as "regras da União Europeia devem ser ajustadas", em particular "para dar prioridade à convergência económica" mas também para "permitir recuperar do empobrecimento e da estagnação prolongada em que estamos desde a adesão ao euro". E essas regras também devem considerar "o elevado nível de endividamento que assimetricamente se foi desenvolvendo".

 

Apesar de querer mudanças, Costa defende que "enquanto [as regras] não forem mudadas, devemos cumprir as regras", porque "é assim que podemos ter participação activa e leal na União Europeia"

 

Costa lembrou que o Governo "assentou num triplo compromisso: com os eleitores, com os parceiros parlamentares e com a União Europeia". E diz que "tem sido possível conjugar o cumprimento destes três compromissos". E tal como acontece com "aquilo que acordámos com o PEV, PCP e BE", Costa diz que o Governo se esforça por honrar os compromissos com Bruxelas.

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