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Ucrânia: Parlamento destitui Yanukovich e convoca eleições. Timochenko libertada
Hoje não é a violência que marca a actualidade na Ucrânia, mas sim as movimentações políticas. Yanukovich foi destituído e a líder da oposição, Iulia Timochenko, foi libertada da prisão.
O parlamento ucraniano destituiu hoje o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, por "abandono das suas funções constitucionais" e convocou eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de Maio.
Anteriormente, Yanukovich disse que não ter intenção de se demitir nem de abandonar o país, tendo classificado de "ilegítimo" o parlamento ucraniano.
"Não estou a deixar o país para qualquer lugar. Não pretendo renunciar ao cargo. Sou o presidente legitimamente eleito", disse Viktor Ianukovich, durante um discurso emitido numa televisão local de Kharkiv, no leste da Ucrânia.
Outro facto relevante aconteceu esta tarde. A líder da oposição ucraniana, Iulia Timochenko, condenada a sete anos de prisão em 2011 por abuso de poder, foi hoje libertada, segundo a agência France Press.
Quando saiu de carro do hospital prisão em Kharkiv, no leste da Ucrânia, Timochenko acenou aos jornalistas e às centenas de apoiantes que gritavam "Iulia livre".
O seu aliado político, Arseniy Yatsenyuk, disse à agência de notícias russa Interfax que Timochenko vai agora para a Praça da Independência, em Kiev, que está ocupada por manifestantes contra o governo desde novembro.
A crise política na Ucrânia iniciou-se há três meses, depois de Ianukovich suspender os preparativos para um acordo com a União Europeia, e agravou-se em finais de janeiro, quando se registaram as primeiras mortes, com a aprovação de leis limitando a liberdade de manifestação.