Notícia
Torrent propõe Jordi Sànchez para candidato à investidura do governo catalão
O número dois da lista do Juntos pela Catalunha não deve conseguir reunir os apoios necessários para ser investido como chefe de governo.
O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent (na foto), propôs a candidatura de Jordi Sànchez à investidura como chefe do governo regional, apesar de este não reunir apoios suficientes para chegar ao cargo.
Segundo o El Mundo, citado pela Sábado, Torrent anunciou a sua decisão depois de consultar todos os grupos parlamentares e após o ex-presidente do governo regional catalão e líder do Juntos pela Catalunha, Carles Puigdemont, ter renunciado à investidura. A decisão, anunciada num vídeo nas redes sociais, surgiu depois de o parlamento catalão ter votado uma moção que considerava a sua destituição "ilegal e ilegítima".
Para o seu lugar, Puigdemont indicou o número dois da lista do Juntos pela Catalunha, Jordi Sánchez, que está detido preventivamente, acusado do crime de sediação. Um nome agora igualmente defendido por Torrent, que defendeu a sua decisão com o facto de Sànchez ser "quem conta com mais apoios".
Ainda assim, de acordo com o mesmo jornal, a Candidatura de Unidade Popular (CUP) recusa-se a eleger o antigo presidente da Assembleia Nacional Catalã, que não foi sequer autorizado a estar presente na cerimónia de investidura. E a lei espanhola obriga a que esteja presente fisicamente para poder ser eleito.
A lista Juntos pela Catalunha de Carles Puigdemont, que está exilado na Bélgica, foi a mais votada do bloco independentista nas eleições de 21 de Dezembro último e que, no seu conjunto, tem 70 dos 135 deputados regionais eleitos.