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Soros diz que Administração Trump é "um perigo para o mundo"

O investidor George Soros comentou na quinta-feira, em Davos, que o presidente norte-americano está a abrir caminho a uma guerra nuclear com a Coreia do Norte e previu que a oposição que Trump está a gerar acabará por ditar a sua queda.

Reuters
26 de Janeiro de 2018 às 01:37
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George Soros falou no Fórum Económico Mundial de Davos esta quinta-feira, 25 de Janeiro, e foi muito crítico quanto ao presidente norte-americano. Segundo o multimilionário, as atitudes de Donald Trump podem estar a abrir caminho a uma guerra nuclear com a Coreia do Norte. Mas é também esse seu posicionamento que levará a que seja derrubado pela crescente oposição que está a gerar em todo o mundo, prognosticou.

O investidor, que ganhou mil milhões de dólares a apostar na queda da libra em 1992, sendo conhecido como o homem que bateu o Banco de Inglaterra, disse considerar que "a Administração Trump é um perigo para o mundo". No entanto, acrescentou, "vejo isso como um fenómeno puramente temporário que irá desaparecer em 2020 ou até mais cedo".

 

Soros, actualmente com 87 anos e chairman da gestora Soros Fund Management, declarou ainda, citado pelo Politico, que "Trump gostaria de estabelecer um Estado mafioso nos EUA", com a supressão dos direitos individuais, "mas é algo que não conseguirá fazer". Isto porque "a Constituição e as instituições, bem como a dinâmica sociedade norte-americana, não o permitirão", disse, citado pelo Daily Wire.

 

O investidor, que é um apoiante do Partido Democrata, sendo seu grande financiador, afirmou que Donald Trump está a tentar criar um regime ditatorial nos Estados Unidos, algo a que todos devem prestar atenção. "Não só está em causa a sobrevivência da sociedade aberta como também a sobrevivência de toda a nossa civilização", defendeu.

 

No seu entender, os Estados Unidos devem aceitar a Coreia do Norte como uma potência nuclear e cooperarem com a China no sentido de formarem uma aliança mais bem equipada para confrontar Pyongyang.

 

Neste sentido, Soros criticou também o líder norte-coreano, Kim Jong Un, dizendo que tanto ele como Trump estão dispostos a correr o risco de dar início a uma guerra nuclear só para se manterem no poder.

 

Soros deu igualmente uma "alfinetada" ao presidente russo, Vladimir Putin, referindo-se-lhe como um ditador. "A Rússia é um Estado mafioso", declarou, citado pela Bloomberg.

 

Sobre a União Europeia, George Soros sugeriu que a melhor solução para os seus problemas passa por uma abordagem "a várias velocidades". "O problema dos refugiados é um problema europeu que precisa de uma solução europeia", apontou Soros, que também um dia viveu essa condição ao sair da Hungria para os EUA após a Segunda Guerra Mundial - mas ressalvando que, nessa altura, foi "muito mais bem tratado" do que os refugiados de hoje em dia.

 

O investidor, que nasceu na Hungria e que mais tarde se nacionalizou americano, perdeu cerca de mil milhões de dólares com a escalada bolsista de Wall Street que se seguiu à vitória de Trump, de acordo com o The Wall Street Journal. Citado pela CNBC, disse esta quinta-feira que continuará a recorrer à sua fundação e aos milhares de milhões de dólares à sua disposição para "proteger as conquistas democráticas do passado".

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