Notícia
Sondagem: Popularidade de Marcelo está em queda acentuada
A popularidade do Presidente da República está em queda há oito meses. Em janeiro esta tendência reforçou-se e Marcelo obteve a sua pior nota de sempre, 15,9. Na intenção de voto legislativo o PS regista uma subida ligeira e o PSD volta a cair.
A popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa está a cair há oito meses consecutivos segundo o barómetro político da Aximage, elaborado para o Negócios e o Correio da Manhã. Numa classificação de um a 20, o chefe de Estado surge em janeiro com a nota de 15,9, a pior de sempre.
Em maio de 2018, mês em que iniciou o ciclo de declínio na avaliação ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa registava uma nota de 18,3.
Esta nota ainda não incorpora a avaliação da polémica em que Marcelo Rebelo de Sousa se viu envolvido quando telefonou em direto para apresentadora Cristina Ferreira, quando esta estreou o seu programa na SIC na passada segunda-feira.
No barómetro político de janeiro existem ainda duas outras quedas a registar, a da intenção de voto no PSD, que baixa de 24,7% para 24,1%. E o líder social-democrata, de um a 20, mantém a nota de 6,4, a mais baixa entre os líderes dos principais partidos políticos.
Neste particular, o destaque vai para António Costa, que recupera a posição de líder partidário com melhor avaliação, estatuto que tinha perdido em dezembro para Catarina Martins e Jerónimo de Sousa.
O primeiro-ministro surge agora com uma nota de 10,2, Catarina Martins regista 9,8 e Jerónimo de Sousa 9,6. Assunção Cristas, líder do CDS, é classificada com um 7,7.
Na intenção de voto, o PS continua a liderar destacado, tendo registado mesmo uma subida face a dezembro, passando dos 37% para 37,7%. O CDS e o PCP são os outros partidos que obtêm uma melhoria no período em análise. O primeiro passa dos 8,7% para 9,4% e o segundo dos 6,3% para 7,2%. Em sentido contrário estão o PSD, que baixa de 24,7% para 24,1% e o Bloco de Esquerda, que cai dos 10% para 8,8%.
Quanto à avaliação dos ministros, Mário Centeno, que dirige as Finanças, lidera destacado, sendo indicado como o melhor por 44% dos inquiridos. Muito longe, no segundo lugar, surge o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, com 6,9%.
FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 608 entrevistas efetivas: 283 a homens e 325 a mulheres; 56 no Interior Norte Centro, 84 no Litoral Norte, 104 na Área Metropolitana do Porto, 109 no Litoral Centro, 174 na Área Metropolitana de Lisboa e 81 no Sul e Ilhas; 100 em aldeias, 164 em vilas e 344 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 4 a7 de janeiro de 2019, com uma taxa de resposta de 76,4%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 608 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro"-a95%-de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.