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"Sim" à independência da Escócia sobe mas ainda é minoritário

A possibilidade de uma Escócia independente continuar a usar a libra britânica emergiu como uma questão-chave num debate que tenderá a ficar cada vez mais acalorado à medida que se aproxima a data do referendo, marcado para 18 de Setembro.

Bloomberg
Negócios 20 de Fevereiro de 2014 às 19:38
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O apoio à independência da Escócia subiu, ainda que se mantenha minoritário, após os três principais partidos políticos da britânicos terem alertado os escoceses de que não será possível ao novel Estado independente manter a libra esterlina como sua moeda.

De acordo com uma sondagem publicada no “Scottish Daily Mail” nesta quinta-feira, 38% dos inquiridos dizerem ser a favor de uma Escócia independente, acima dos 32% que assim respondiam em Janeiro.

 

Já a proporção dos que defendem a manutenção de mais de três séculos de ligação à Inglaterra caiu de 52% para 47%. Os indecisos são 16%.

 

Na semana passada, ministro britânico das Finanças, George Osborne, disse que não existe qualquer obrigatoriedade legal do Reino Unido partilhar a moeda do país com uma Escócia independente, caso os seus habitantes votem pela separação num referendo.

"Não há qualquer razão legal para o resto do Reino Unido precisar de partilhar a sua moeda com a Escócia", disse o ministro das Finanças durante um discurso que marcou a mais forte intervenção sobre o tema até à data, acrescentando que "se a Escócia abandonar o Reino Unido, abandona a libra esterlina".

 

O Partido Nacional Escocês tem defendido que uma Escócia independente poderia, ainda assim, manter a moeda e tornar-se parte de uma moeda comum com os restantes países, como actualmente acontece, mas o governante britânico respondeu que aquilo que o partido oferece é "nada mais que confusão, asserções loucas e ameaças vazias".

 

Também o presidente da Comissão Europeia avisou que se a resposta da maioria for “sim será “extremamente difícil, se não impossível” que uma Escócia independente permaneça na União Europeia. Durão Barroso alertou para a dificuldade em conseguir com que todos os Estados-membros aprovassem um pedido da Escócia para aderir à União. “Claro que seria extremamente difícil conseguir a aprovação de todos os Estados-membros perante um novo membro que saia de um Estado que já pertence” à UE, disse, dando o exemplo do Kosovo que a Espanha não reconheceu como Estado independente.

 

A possibilidade de uma Escócia independente continuar a usar a libra britânica emergiu como uma questão-chave num debate que tenderá a ficar cada vez mais acalorado à medida que se aproxima a data do referendo, marcado para 18 de Setembro. Nos planos do Partido Nacional Escocês (SNP), o novo país continuaria a usar a libra, a rainha Elisabete II continuaria como chefe de Estado e manter-se-ia ainda como membro de pleno direito da União Europeia.

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