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Seguro diz que primeiro-ministro deve explicações ao país sobre nomeação de Franquelim Alves

O secretário-geral do PS afirmou hoje, no Porto, que o primeiro-ministro "deve" explicações sobre a nomeação para o Governo de Franquelim Alves, e acusou Passos Coelho de querer "dar mais uma talhada", nas áreas sociais do Estado.

03 de Fevereiro de 2013 às 17:21
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Franquelim Alves foi sexta-feira empossado, pelo Presidente da República, como secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, depois de o PCP acusar o agora governante de omitir, no curriculum que apresentou, que foi administrador da Sociedade Lusa de Negócios/Banco Português de Negócios (SLN/BPN).


À margem da primeira sessão da Plataforma de Cidadania em Defesa e Afirmação da Região Norte, dedicada ao lema "Que Estado queremos", António José Seguro recusou-se a fazer declarações sobre a vida interna do PS.

 

Questionado sobre a nomeação de Franquelim Alves para secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, o líder socialista afirmou que "está a tardar" uma declaração de Pedro Passos Coelho sobre o assunto.

 

 "Eu acho que o primeiro-ministro deve uma explicação ao país", disse.

 

Confrontado com a notícia do jornal Expresso, que dá conta de que António Costa "encostou" Seguro à parede, o secretário-geral do PS recusou-se a comentar esta e "qualquer" notícia relativa à vida interna do partido.

 

"Entre outras razões, porque não quero que as minhas declarações sejam interpretadas como responsáveis por pôr em causa um processo de diálogo que está a decorrer no interior do PS", justificou.

 

Seguro preferiu salientar o que havia dito, minutos antes, no discurso que fez no encerramento dos trabalhos da iniciativa socialista, sobre a reforma do Estado, no qual apontou a "diferença" entre o actual Governo e o PS.

"O Governo governa para os mercados. Nós governamos para as pessoas. O debate sobre a reforma do Estado não é um debate sobre números, é um debate sobre pessoas", afirmou.

O secretário-geral socialista acusou ainda Pedro Passos Coelho de não ter feito "contas" do impacto social e económico de um corte de quatro mil milhões de euros, montante que o Governo pretende diminuir na despesa do Estado.

 

"Isto faz-se sem estudar, avaliar o impacto que vai ter na economia e no país? Isto não pode ser, não tem nenhum sentido", defendeu, acusando ainda o primeiro-ministro de se "preparar para dar mais uma talhada nas áreas sociais do Estado".

 

O líder do PS voltou a lembrar que o "caminho do empobrecimento" não é o "único possível", e afirmou que Pedro Passos Coelho "falhou" todos os objectivos que apontou.

 

"Se esta receita da austeridade, custe o que custar, está errada, porque é que eles insistem?", perguntou António José Seguro.

 

O "desenvolvimento económico, boa governação e justiça" são os eixos orientadores do "caminho" que o secretário-geral do PS entende ser de alternativa.

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