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Rui Rio mais desejado no País do que no PSD

Uma sondagem da Aximage mostra que 60,3% dos portugueses considera que Rui Rio é o melhor líder para o PSD. Passos recolhe a preferência de apenas 16,5%. Mas junto do eleitorado social-democrata a vantagem de Rio sobre Passos é de apenas 3 pontos percentuais.

José Rebelo
09 de Dezembro de 2016 às 08:00
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Um mês depois de Rui Rio ter admitido que "poderá" ser alternativa a Passos Coelho na liderança do PSD, o ex-autarca portuense é o nome preferido para líder dos social-democratas de mais de 60% dos eleitores portugueses.

 

A sondagem da Aximage para o Negócios e Correio da Manhã mostra que, simpatias partidárias à parte, 60,3% dos inquiridos considera que Rui Rio é a melhor opção para liderar o PSD, enquanto o actual presidente social-democrata, Passos Coelho, recolhe a preferência de apenas 16,5%. Quem surge próximo de Passos é o ex-líder do partido, Santana Lopes, que alcança a simpatia de 10,8% dos portugueses.

 

Já o presidente da bancada parlamentar laranja, Luís Montenegro, também apontado como hipotético sucessor do ex-primeiro-ministro, fica-se pelos 6,5%. 5,9% dos inquiridos não tem opinião.

 

A vantagem de Rio sobre Passos cai quando considerados somente os portugueses que assumem votar à direita e desce consideravelmente se forem tidos em conta apenas os questionados cuja intenção de voto, no presente mês de Dezembro, recai sobre o PSD.

 

Junto dos portugueses que em Dezembro de 2016 assumem votar no PSD ou no CDS, Rui Rio consegue 47,5% das preferências e Passos Coelho 37,9%. Já o deputado Luís Montenegro (10,1%) beneficia de maior simpatia junto do eleitorado de direita do que o actual presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (2,6%).

 

Considerando apenas os inquiridos que votariam PSD, Rio e Passos surgem separados por 2,9 pontos percentuais. Rui Rio recolhe 43,6% das preferências daqueles que votariam PSD e Passos Coelho chega aos 40,7%. Para estes eleitores é uma vez mais Luís Montenegro (10,6%) a levar vantagem sobre Santana Lopes (3,2%).

 

Quanto à preferência dos eleitores centristas, Rui Rio é claramente a escolha, com 62,9% do eleitorado centrista a preferir o antigo autarca. O actual líder laranja consegue 27%, Montenegro 8,2% e Santana Lopes fica-se por 0%. Santana ganha vantagem sobre Montenegro no eleitorado que não vota à direita.

Recorde-se que no início de Novembro, em entrevista concedida ao DN, Rui Rio afirmou que se até 2018 (ano do Congresso laranja) o PSD "não conseguir descolar", é provável que apareça uma alternativa a Passos. Rio assumiu então que o próprio "poderá" representar essa alternativa. Desde então foi já noticiada a participação do antigo presidente da câmara do Porto em diversos almoços e jantares do PSD, o que poderá indiciar que está a preparar a corrida à sucessão do actual líder. Além do "se", resta também ainda saber o "quando".

PSD deve escolher novo líder antes das autárquicas de 2017

 

Apesar de o próximo Congresso do PSD só dever realizar-se em Fevereiro ou Março de 2018, 45,1% dos portugueses questionados pela Aximage considera que os social-democratas devem mudar de líder antes ainda das autárquicas que deverão realizar-se em Setembro, ou Outubro, do próximo ano.

 

Contudo, a diferença para quem defende que o PSD deve aguardar pelas autárquicas (42,4%) antes de pensar em trocar de líder é muito reduzida, inferior a 3 pontos percentuais. Sendo que quem defende a escolha de um novo líder quer que a mesma aconteça o quanto antes.

 

Todavia, entre o eleitorado do PSD prevalece a ideia de que o partido deve aguardar pela realização das eleições locais de 2017 antes de avançar com a renovação da liderança, com 52,6% favoráveis a esta opção e 32,5% que prefeririam que os social-democratas antecipassem a escolha de um novo presidente.



FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 605 entrevistas efectivas: 282 a homens e 323 a mulheres; 58 no Interior Norte Centro, 83 no Litoral Norte, 106 na Área Metropolitana do Porto, 120 no Litoral Centro, 163 na Área Metropolitana de Lisboa e 75 no Sul e Ilhas; 98 em aldeias, 171 em vilas e 336 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 2 a 4 de Dezembro de 2016, com uma taxa de resposta de 83,9%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 605 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

 

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