Notícia
Rui Rio diz que prefere baixar impostos do que ter grandes 'superavits'
O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta sexta-feira que será mais importante para Portugal baixar a carga fiscal do que ter grandes 'superavits', embora defenda que se deve lutar para conseguir pequenos excedentes orçamentais nas contas públicas.
06 de Abril de 2018 às 12:13
Numa conferência na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), com o tema "Portugal depois do ajustamento", Rui Rio voltou a defender a importância dos acordos de regime entre os partidos, dizendo que essa foi uma das razões porque quis liderar o PSD.
Na sua intervenção marcadamente económica, Rio defendeu que o objectivo no futuro deve ser reduzir a dívida pública e caminhar para "pequenos 'superavits' orçamentais", para que o país continue num caminho de credibilização externa.
"E se de repente há uma conjuntura económica que até permite um orçamento português com 3% de 'superavit'? Eu diria: Não quero, baixo a carga fiscal. Prefiro baixar os impostos e ficar com um 'superavit' de 0,5%", sustentou, considerando que "esse toquezinho positivo" já será suficiente.
Em termos políticos, o presidente do PSD voltou a defender que só com acordos interpartidários Portugal conseguirá fazer as reformas estruturais de que necessita para ultrapassar os estrangulamentos.
"Não faz sentido ser líder de um partido da oposição que não seja para pôr Portugal em primeiro lugar, essa é que uma regra de ouro para mim", afirmou.
Rio salientou que, aos 60 anos, se sente "confortável" como líder do PSD para pôr em prática essa disponibilidade para acordos de regime "em nome de Portugal".
"Se é apenas para questões de táctica partidária, eu sinceramente não me sinto confortável", afirmou, dizendo que "enquanto for presidente será assim", estejam os outros partidos também disponíveis para entendimentos.
Em matéria de acordos estruturais de médio e longo prazo, o presidente do PSD apontou as áreas de que tem falado habitualmente como a segurança social, a natalidade, o desenvolvimento do interior, a justiça ou o sistema político.
"Aquilo que se alterou no xadrez político de há um mês e meio para cá é a disponibilidade do maior partido da oposição para colaborar nestas reformas estruturais", afirmou, referindo-se ao período desde que lidera o PSD.
Começando por explicar a forma como Portugal chegou a uma situação que o levou a pedir ajuda externa, Rio sublinhou que é importante que haja esta memória para que "pelo menos nesta e na próxima geração" não sejam cometidos os mesmos erros.
Lamentando que na segunda metade da década de 90 se tenha perdido "uma oportunidade histórica" para trazer a dívida pública portuguesa para patamares muito baixos, apontou como exemplo de "má despesa pública" a construção de dez estádios de futebol no Euro2004.
Sobre a situação actual do país, Rui Rio reconheceu que, à excepção do valor absoluto da dívida pública "que continua a crescer", "todos os outros números estão melhores do que estavam antes da intervenção da troika e têm vindo a melhorar".
Como crítica ao executivo, o líder do PSD pediu ao Governo que promova políticas públicas que favoreçam o investimento público, defendendo que deve ser este, a par com as exportações, a base para o crescimento económico.
"Políticas públicas a que não temos assistido no quadro do actual Governo de Portugal. Em primeiro lugar, porque o PS não está muito empenhado nisso e também porque está condicionado pelos dois partidos muito à esquerda que não são amigos de investimento privado", criticou.
O presidente do PSD referiu ainda a promoção da poupança como um objectivo, salientando que as taxas médias actualmente estão aos níveis da década de 60, quando "Portugal era um país pobre".
Na sua intervenção marcadamente económica, Rio defendeu que o objectivo no futuro deve ser reduzir a dívida pública e caminhar para "pequenos 'superavits' orçamentais", para que o país continue num caminho de credibilização externa.
Em termos políticos, o presidente do PSD voltou a defender que só com acordos interpartidários Portugal conseguirá fazer as reformas estruturais de que necessita para ultrapassar os estrangulamentos.
"Não faz sentido ser líder de um partido da oposição que não seja para pôr Portugal em primeiro lugar, essa é que uma regra de ouro para mim", afirmou.
Rio salientou que, aos 60 anos, se sente "confortável" como líder do PSD para pôr em prática essa disponibilidade para acordos de regime "em nome de Portugal".
"Se é apenas para questões de táctica partidária, eu sinceramente não me sinto confortável", afirmou, dizendo que "enquanto for presidente será assim", estejam os outros partidos também disponíveis para entendimentos.
Em matéria de acordos estruturais de médio e longo prazo, o presidente do PSD apontou as áreas de que tem falado habitualmente como a segurança social, a natalidade, o desenvolvimento do interior, a justiça ou o sistema político.
"Aquilo que se alterou no xadrez político de há um mês e meio para cá é a disponibilidade do maior partido da oposição para colaborar nestas reformas estruturais", afirmou, referindo-se ao período desde que lidera o PSD.
Começando por explicar a forma como Portugal chegou a uma situação que o levou a pedir ajuda externa, Rio sublinhou que é importante que haja esta memória para que "pelo menos nesta e na próxima geração" não sejam cometidos os mesmos erros.
Lamentando que na segunda metade da década de 90 se tenha perdido "uma oportunidade histórica" para trazer a dívida pública portuguesa para patamares muito baixos, apontou como exemplo de "má despesa pública" a construção de dez estádios de futebol no Euro2004.
Sobre a situação actual do país, Rui Rio reconheceu que, à excepção do valor absoluto da dívida pública "que continua a crescer", "todos os outros números estão melhores do que estavam antes da intervenção da troika e têm vindo a melhorar".
Como crítica ao executivo, o líder do PSD pediu ao Governo que promova políticas públicas que favoreçam o investimento público, defendendo que deve ser este, a par com as exportações, a base para o crescimento económico.
"Políticas públicas a que não temos assistido no quadro do actual Governo de Portugal. Em primeiro lugar, porque o PS não está muito empenhado nisso e também porque está condicionado pelos dois partidos muito à esquerda que não são amigos de investimento privado", criticou.
O presidente do PSD referiu ainda a promoção da poupança como um objectivo, salientando que as taxas médias actualmente estão aos níveis da década de 60, quando "Portugal era um país pobre".