Notícia
May segue em frente com menos 13 deputados
May venceu as eleições mas perdeu a maioria no Parlamento britânico. Em aliança com os unionistas do DUP vai formar governo. O Negócios continua a acompanhar as eleições britânicas ao minuto.
- Os eleitores britânicos já votam
- Como funciona o sistema eleitoral?
- O "timing" pós-eleitoral
- Eleições marcadas pelo terrorismo
- O Brexit como pano de fundo
- As propostas de May e Corbyn
- Libra sobe para máximos de duas semanas
- Theresa May votou em Berkshire sem fazer declarações
- Jeremy Corbyn já votou nas legislativas em Londres
- Sondagem dá May com vantagem de oito pontos sobre Corbyn
- As propostas de May e Corbyn para a economia britânica
- Altercação entre fotógrafos depois de líder do Lib Dem votar
- Falta pouco mais de duas horas para fecharem as urnas
- Projecções mais fidedignas do que as sondagens
- A economia de May e Corbyn
- Participação (em especial dos jovens) vai ser decisiva
- May à frente mas sem maioria
- Libra em queda
- Parlamento "pendurado"
- O auto-golo de Theresa May
- Começam a sair as primeiras páginas da imprensa britânica
- À cautela, não se canta vitória nem derrota
- No meio da incerteza, certa para a "vitória" de Corbyn
- George Osborne sugere que May deve demitir-se
- Alternativas para desbloquear um Parlamento "pendurado"
- Straw: Nem pensar que May pode disputar as próximas eleições
- Verdes confirmam que não apoiam governo conservador
- Sinn Féin mantém boicote ao parlamento britânico
- Terceiro abalo nos mercados em menos de um ano
- Labour admite governar mas sem coligação
- Com 36 de 650 circunscrições fechadas, trabalhistas à frente
- Vice-líder trabalhista diz que Boris Johnson já deve estar a "afiar a sua faca"
- Theresa May quer garantir estabilidade
- Novas projecções dão 321 assentos aos conservadores
- 221 assentos para os Tories
- Corbyn desafia May a dar lugar a governo trabalhista
- Mais primeiras páginas divulgadas
- Irlanda do Norte: DUP com 10 assentos e Sinn Féin com 7
- 5 ministros perderam assento
- Salmond e Robertson perdem os seus assentos na Escócia
- Participação mais alta desde 1997 numas eleições gerais
- Nunca houve tantas deputadas
- Confirma-se o 'parlamento suspenso'
- May fala às 10:00 e pode demitir-se
- Miliband: May não pode negociar o Brexit
- Citi espera que May se demita
- 'Hard' Brexit no caixote do lixo
- Conservadores perdem 3 assentos no País de Gales
- Nigel Farage alarmado
- SNP perde 21 assentos na Escócia
- Nigel Evans: demos um tiro na cabeça
- Atraso nas conversações sobre o Brexit?
- Ministros pedem a May para não desistir
- Já só faltam 5 círculos eleitorais
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- Kensington interrompe contagem
- Libra afunda para mínimos de Janeiro
- FTSE 100 abre em alta
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- Resultados surpreendem mas não põem 'Brexit' em causa
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- DUP: "Será difícil para May sobreviver"
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- May vai formar Governo
- Ainda não se sabe para quem vai o último deputado
- Parabéns, mas não há tempo a perder
- Sanders "encantado" com votação de Corbyn
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- Macron quer prosseguir esforços conjuntos contra o terrorismo
- Resultado final: Conservadores de May perderam 13 deputados
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Logo após o encerramento das assembleias de voto serão divulgadas as primeiras projecções à boca das urnas. Será também a partir das 22:00 que começam a ser contabilizados os votos, contudo o conhecimento do vencedor dependerá de quão renhida for a disputa eleitoral.
As sondagens apontam para um resultado próximo entre o Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May e o Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn. No entanto, nas eleições gerais de 2015 os estudos de opinião também antecipavam uma corrida renhida entre "tories" e o "labour" e, no final, o partido do então primeiro-ministro David Cameron acabou por alcançar uma surpreendente maioria.
O território do Reino Unido divide-se em 650 círculos eleitorais (com um número similar de eleitores). Cada circunscrição eleitoral elege um só candidato, que assegura depois lugar na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico, composta por 650 deputados). Por país, Inglaterra elege 533 deputados, Escócia 59, Irlanda do Norte 18 e o País de Gales 40.
A eleição é alcançada por maioria simples, pelo que somente o candidato mais votado em determinado círculo eleitoral garante assento no Parlamento.
Já os membros da Câmara Alta não são eleitos, mas nomeados pela rainha, devendo a monarca levar em linha de conta a opinião do primeiro-ministro em funções.
O partido vencedor é aquele que tiver maioria absoluta (mínimo de 326 mandatos). Se nenhum partido tiver maioria, a força com mais deputados, ou outra, pode tentar formar uma coligação ou governar com base em acordos de incidência parlamentar. Os mandatos são de cinco anos.
Nos dias subsequentes os deputados fazem o respectivo juramento, sendo que expectável que o discurso da rainha seja proferido no dia 19 de Junho, durante a inauguração formal do Parlamento.
À ameaça terrorista e à insegurança somou-se uma profunda alteração no paradigma político britânico, em que o consenso liberal acabou substituído por uma coincidência de agendas nacionalistas e intervencionistas.
No entanto, as sondagens não permitem concluir quem poderá beneficiar da centralidade assumida pelo terror e insegurança na antecâmara destas eleições. Há factores favoráveis a May e a Corbyn, assim como potencialmente desfavoráveis a ambos.
No entanto, conservadores e trabalhistas diferem pouco no que diz respeito à forma como deve concretizar-se o Brexit. Só liberais-democratas e Verdes defendem um novo referendo sobre o Brexit o que, tendo em conta uma eventual perda de maioria do Partido Conservador, poderá complicar a vida de Theresa May visto que nesse cenário não poderia contar com o apoio que formou governo com David Cameron depois das eleições de 2010. Liberais-democratas afastam qualquer hipótese de coligações.
A libra está a negociar em alta face ao dólar pela quinta sessão consecutiva, no valor mais elevado das últimas duas semanas. A moeda britânica ganha 0,02% para 1,2963 dólares, um máximo de 25 de Maio. Em relação à moeda única europeia, a subida é de 0,19% para 1,1530 euros.
Já o Footsie valoriza 0,06% para 7.482,74 pontos, a subida mais tímida entre os principais índices bolsistas da Europa. Os ganhos estão a ser impulsionados sobretudo pela Tesco, Lloyds e Easyjet.
Theresa May votou na companhia do marido não tendo prestado qualquer declaração aos jornalistas presentes.
O dirigente da esquerda, que tinha um semblante relaxado e sorridente, estava sozinho e votou nesta jornada eleitoral que chamará às urnas um total de 46,9 milhões de britânicos recenseados.
A vantagem alargou-se em relação à sondagem de há cerca de uma semana. Agora, há oito pontos a separá-los, contra os cinco pontos da semana passada.
Assim, May é vista a recolher 44% dos votos, enquanto Corbyn terá 36%, uma queda de quatro pontos percentuais relativamente ao último estudo de opinião.
O inquérito abrangeu 1.291 pessoas, entre 6 e 7 de Junho.
Logo após fecharem as assembleias de voto, os votos começam a ser contados. Também às 22:00 são conhecidas as primeiras projecções à boca das urnas, cuja proximidade aos resultados finais dependerá de quão renhida for a disputa.
Ao longo da noite vai sendo concluída a contagem dos votos em cada uma das 650 circunscrições eleitorais, sendo que o total só deverá estar fechado já ao início da manhã de sexta-feira. Contudo, os primeiros resultados serão conhecidos ainda antes da meia-noite, embora os resultados finais na maior parte dos círculos eleitorais só devam ser conhecidos entre a 01:00 e as 06:00 da madrugada.
Até hoje, segundo refere o Telegraph, nunca uma projecção à boca das urnas falhou em mais do que 20 mandatos a respectiva estimativa, pelo que as indicações que forem conhecidas a partir das 22:00 já deverão permitir aferir quem é o vencedor.
A maior ou menor proximidade entre as duas principais forças, ou seja, entre Theresa May e Jeremy Corbyn, irá ditar se as primeiras projecções vão, ou não, permitir aferir se a primeira-ministra britânica vai conseguir o objectivo definido à partida para estas eleições de reforçar a maioria actualmente detida pelos "tories" em Westminster.
A afluência às urnas é tão mais determinante se for tida em conta a participação dos jovens (entre 18 e 34 anos de idade), eleitorado favorável ao trabalhista Jeremy Corbyn. As projecções mostram dois cenários que garantem a maioria aos "tories": no primeiro, se a participação eleitoral for idêntica aos 66,2% registados em 2015; e, no segundo, se a afluência às urnas dos jovens for, no máximo de 64%, e da restante população idêntica a 2015.
Já num terceiro cenário em que a participação de todas as faixas etárias fosse de 78% (tal como foi a afluência dos maiores de 65 anos em 2015), os trabalhistas sobem e evitam a maioria dos conservadores.
For the first time, our results model (using latest poll averages) projects a hung parliament *if* turnout is 78% across all ages. #GE2017 pic.twitter.com/Wv7PzEufLY
— Ian Jones (@ian_a_jones) 2 de junho de 2017
Encerradas as assembleias de voto às 22:00 em Londres (a mesma hora em Lisboa), as primeiras projecções à boca das urnas dão a vitória ao Partido Conservador da actual primeira-ministra britânica, Theresa May.
A projecção divulgada pela BBC atribui a vitória a Theresa May com 314 assentos parlamentares, o que a confirmar-se significa que os "tories" perdem a inesperada maioria alcançada por David Cameron em 2015 (331).
Em segundo surge o Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, com 266 mandatos, uma importante subida face aos 232 assentos alcançados há dois anos.
Seguem-se os nacionalistas escoceses (SNP) com 34 assentos, abaixo dos 56 de 2015, os liberais-democratas (Lib Dem) com 14 mandatos, que assim recuperaram face aos 8 de há dois anos. Os independentistas galeses (Plaid Cymru) conseguem 3 assentos e, por fim, os Verdes elegem 1 deputado.
Exit poll projects Conservatives 12 seats short of a majorityhttps://t.co/jpy6wse1Rp#bbcelection #GE2017 pic.twitter.com/wyWlNvnBOG
— BBC Breaking News (@BBCBreaking) 8 de junho de 2017
A libra esterlina afundou de imediato quando foram conhecidas as primeiras projecções, já que com 314 assentos Theresa May fica sem maioria absoluta (são necessários 326 assentos).
Na negociação fora de horas do mercado cambial londrino, a libra segue a cair 1,5% face ao dólar, para 1,28 libras, e a perder 1,2% face ao euro, a fixar-se abaixo de 1,14.
Sterling down 1.5pct says @World_First pic.twitter.com/Wmb2mnutQ5
— Jill Treanor (@jilltreanor) 8 de junho de 2017
Divulgadas as primeiras projecções, sucedem-se as reacções, leituras e criação de cenários vários. É que as projecções são propícias a isso mesmo.
Apesar da margem de erro contemplar a possibilidade de os conservadores poderem revalidar a maioria de 2015, mesmo que com menos mandatos, nesta altura o cenário mais provável é de um Parlamento sem maioria absoluta. O nome dado no Reino Unido é "hung parliament" (Parlamento 'suspenso' ou 'pendurado').
Isto porque as projecções mostram que nenhum partido alcançará o mínimo de 326 assentos que conferem maioria absoluta, surgem dois cenários no horizonte.
O primeiro passa pela negociação de uma coligação de governo que garanta um apoio maioritário na câmara baixa (Câmara dos Comuns). Contudo, neste momento parece irrealista imaginar a reedição da coligação entre Conservadores e Lib Dem que permitiu a David Cameron e a Nick Clegg governarem em maioria depois das eleições gerais de 2010.
Isto porque tanto o actual líder dos liberais-democratas, Tim Farron, como o ex-líder, Nick Clegg, excluíram durante a campanha eleitoral qualquer possibilidade de o Lib Dem se coligar, quer à esquerda quer à direita. Por outro lado, o Lib Dem defende um segundo referendo ao Brexit, uma posição aparentemente irreconciliável com o "hard Brexit" defendido por Theresa May e mesmo com o "soft Brexit" sustentado por alguns sectores dos trabalhistas.
Uma das primeiras reacções às projecções à boca das urnas foi a do antigo futebolista Gary Lineker. Numa linguagem futebolística, Lineker resumiu o significado das projecções que apontam para uma vitória do Partido Conservador de Theresa May, sem a maioria absoluta conquistada em 2015: "Acho que Theresa May ganhou o auto-golo da época", escreveu o antigo internacional inglês no Twitter.
A leitura de Lineker simplifica a estratégia aparentemente falhada da primeira-ministra britânica. Quando em meados de Abril anunciou eleições antecipadas - apesar de por diversas vezes ter reiterado que não convocaria eleições apesar de ter chegado à chefia do governo sem ter sido eleita, sucedendo a Cameron que se demitira na sequência da vitória do Brexit no referendo britânico - Theresa May liderava as sondagens com cerca de 20 pontos percentuais de vantagem para o então fragilizado Jeremy Corbyn, líder dos trabalhistas.
A intenção de May era não apenas reforçar a maioria conservadora no Parlamento, como legitimar nas urnas o mandato com vista ao "hard Brexit" que defende como estratégia negocial com Bruxelas. Se perder a maioria, Theresa May não apenas terá a governação dificultada como ficará mais fragilizada, interna e externamente, para negociar a saída da UE.
I think Theresa May has won own goal of the season.
— Gary Lineker (@GaryLineker) 8 de junho de 2017
THE TIMES: May's big gamble fails #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/CgL0IHKNoq
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
MIRROR: Hanging by a thread #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/fXoBy5Yl8m
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
GUARDIAN: Exit poll shock for May #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/5bsMShnJJj
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
I: Shock poll leaves Britain hanging #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/vn8TcYau61
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
Here's first @EveningNews front page of the night. An early prediction from @labourlewis #norfolkvotes @hendopolis #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/FH0DdLcjZK
— David Powles (@David_Powles) 8 de junho de 2017
TELEGRAPH: Shock for May as exit polls point to hung parliament #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/g6KVetBDDa
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
MAIL: Britain on a knife edge #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/JL0lZ1Rp87
— Neil Henderson (@hendopolis) 8 de junho de 2017
A garantia dada por Farron parece esvaziar um cenário que vinha sendo avançado nos últimos dias, entretanto reforçado imediatamente após as primeiras projecções, e que consiste na formação de uma coligação entre trabalhistas (266), nacionalistas escoceses (34) e liberais democratas (14), que segundo a projecção da BBC somam um total de 314 mandatos, precisamente o mesmo número projectado para os conservadores.
Quando em Abril foram antecipadas as eleições inicialmente previstas para 2020, Jeremy Corbyn aparecia como um candidato muito fragilizado. Eleito líder do Partido Trabalhista em 2015, Corbyn teve de enfrentar nestes dois anos uma grande divisão no seio do "labour", que provocou eleições internas em Setembro que voltou a vencer.
Contudo, a distância nas sondagens relativamente a Theresa May (chegou a ser superior a 20 pontos percentuais) fazia antever uma enorme derrota de Corbyn, o que desencadeou um conjunto de movimentações internas com vista à sucessão do "esquerdista" que fez o partido regressar a uma posição ideológica anterior à terceira via de Tony Blair.
Porém, as projecções apontam para um resultado positivo (266 assentos) para Jeremy Corbyn, que poderá evitar a reconquista de uma maioria por parte dos conservadores e melhorar o resultado conseguido em 2015 pelo "labour" (232 mandatos).
George Osborne, ex-ministro das Finanças britânico, disse na ITV News que, em seu entender, Theresa May deverá demitir-se se as projecções à boca das urnas se revelarem acertadas.
Nas primeiras projecções, divulgadas às 22:00 (mesma hora em Lisboa) assim que encerraram as urnas, o partido Conservador de Theresa May terá conseguido 314 assentos. Se assim for, perde duplamente, já que não consegue a desejada maioria absoluta (conseguida a partir de 326 assentos) e fica numa posição pior do que aquela com que partiu para estas eleições gerais – neste cenário, com efeito, perde 17 assentos.
No entanto, é muito cedo para conclusões. Porque se May mantiver a maioria absoluta no Parlamento dificilmente deixará de continuar como primeira-ministra.
Perante a possibilidade de nenhum partido obter uma maioria absoluta, a revista Economist recorda que em tal caso cabe ao "governo incumbente" assegurar a governação enquanto não tiver uma maioria contrária na câmara baixa e até que surja uma "alternativa clara" no Parlamento.
Relativamente ao tipo de governo possível num cenário de inexistência de uma maioria parlamentar, existem três possibilidades.
A primeira consiste na formação de um partido uni-partidário e minoritário no Parlamento, suportado em sede parlamentar por outro ou outros partidos com base em medidas e políticas discutidas caso a caso.
Uma segunda hipótese consiste num acordo inter-partidário de governo, em que um determinado partido forma um executivo apoiado no parlamento por outra(s) força(s) com que tenha chegado a acordo. Por sua vez, o partido ou partidos que apoiem a solução governativa encontrada comprometem-se a votar favoravelmente a proposta de governo e a votar contra eventuais moções de desconfiança, vendo, em troca, algumas das suas propostas incluídas no programa de governo.
A terceira alternativa assenta numa coligação governativa tradicional, suportada no Parlamento pelos deputados dos partidos que a integram, como é exemplo a coligação entre Conservadores e liberais-democratas formalizada em 2010.
De realçar ainda que o sistema eleitoral estabelecido pela monarquia parlamentarista britânica não retira impede que um partido que não tenha sido o mais votado forme governo. Ou seja, tal como aconteceu em Portugal depois das legislativas de 2015, o governo pode ser formado pelo partido que não venceu o antecedente acto eleitoral, importando apenas a solução com o mais alargado suporte parlamentar.
Jack Straw, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, considera que não há qualquer hipótese de Theresa May poder disputar as próximas eleições.
"[May] está já enfraquecida devido à campanha eleitoral. Se tiver de formar um governo minoritário, nem pensar que poderá disputar as próximas eleições; terá de haver uma mudança de líder [do partido Conservador] ", afirmou, citado pelo The Telegraph.
Os Verdes, assim como o Lib Dem, rejeitam a abordagem dos conservadores e dos próprios trabalhistas em relação à saídad da UE. Tal como liberais-democratas, também os Verdes querem que seja realizado um novo referendo sobre a permanência no projecto europeu.
Hardly dare hope this is right. To be clear, Greens will *never* support a Tory government #HopeoverHate https://t.co/A980ND0fww
— Caroline Lucas (@CarolineLucas) 8 de junho de 2017
Gerry Adams, dirigente do Sinn Féin, partido de esquerda da Irlanda do Norte, declarou que o boicote aos trabalhos parlamentares se mantém e que o partido não ocupará os assentos que obtiver nestas eleições.
Em 2015, recorde-se, o Sinn Féin elegeu quatro deputados. Por não aceitar a soberania britânica, não exerce os seus lugares, pelo que não participa nos trabalhos do parlamento.
Em declarações à UTV, Gerry Adams declarou que é ainda "muito cedo para previsões", mas que o Brexit será a grande questão que daqui surgirá. "May quis um mandato para um Brexit duro e falhou", referiu na sua conta oficial do Twitter.
Just about to go on to UTV. Too early 4 predictions. Brexit is big issue coming out of this. May sought mandate 4 hard Brexit and failed pic.twitter.com/CnOa56Cxe9
— Gerry Adams (@GerryAdamsSF) 8 de junho de 2017
23 de Junho de 2016, 8 de Novembro do ano passado e 8 de Junho de 2017, três datas separadas por menos de um ano e que geraram grande incerteza nos mercados. Primeiro foi o referendo britânico à saída da UE, seguiu-se a vitória de Donald Trump nas presidenciais americanas e, agora, as eleições gerais antecipadas no Reino Unido.
Nos primeiros dois casos, as sondagens apontavam (embora não com margens substanciais) para resultados contrários ao que veio a verificar-se e, nas eleições desta quinta-feira, as projecções também antecipam uma vitória de May sem maioria, o que contraria a generalidade dos estudos de opinião que apontavam para uma maioria dos conservadores.
Citado pelo Financial Times, Geoffrey Yu, chefe do Gabinete de investimento do UBS no Reino Unido, admite que "a noite ainda é uma criança", mas já vai notando ser "evidente que os mercados não estavam posicionados para isto", referindo-se à expectativa de vitória de May sem maioria absoluta.
O que significa "mais incerteza", diz Yu. Um dos efeitos desta incerteza foi a imediata desvalorização da libra após a divulgação das primeiras projecções à boca das urnas, sendo que a divisa britânica está ainda distante do mínimo contra o dólar registado no pós-Brexit.
Contudo, Emily Thornberry sinalizou a hipótese de trabalhistas governarem em minoria. No entender desta responsável trabalhista, tudo indica que a estratégia de Theresa May foi um tiro que saiu pela culatra, já que não só não deverá reforçar a maioria como pretendido como deverá ficar sem ela. Assim, resta uma solução, "ir-se embora", defende Thornberry.
O labour junta-se assim Lib Dem na rejeição à formação de coligações. Também os Verdes parecem rejeitar tal hipótese, pelo menos uma eventual coligação com conservadores. Dos principais partidos, apenas os nacionalistas escoceses (SNP) se mostram disponíveis para coligações.
Há que realçar, ainda assim, que a maior parte dos mandatos já atribuídos dizem respeito a circunscrições tradicionalmente favoráveis aos trabalhistas, designadamente no norte de Inglaterra.
Tom Watson, vice-líder do Partido Trabalhista, disse em entrevista à BBC que já consegue ver "Boris Johnson a afiar a sua faca" no sentido de concorrer à liderança do Partido Conservador contra Theresa May.
A primeira-ministra já falou e disse que pretende manter-se em funções para garantir "um período de estabilidade".
"Nesta altura, mais do que nunca, este país precisa de um período de estabilidade. E se, conforme tudo indica e se isso estiver correcto, o Partido Conservador tiver sido o que obteve mais assentos, e provavelmente mais votos, então cabe-nos garantir que teremos esse período de estabilidade e será precisamente isso que faremos", declarou May, citada pelo The Guardian.
Ao falar de um período de estabilidade, e ao sublinhar que os conservadores ganharam mais assentos no Parlamento, May estava a declarar o direito do Partido Conservador de tentar formar um governo minoritário, salienta o The Guardian.
Mas, refere o jornal britânico, "o aspecto verdadeiramente impressionante foi o facto de May ter falado em termos do que o Partido Conservador fará, em vez de dizer o que fará ela a título pessoal". É como se a primeira-ministra não tivesse ainda tomado decisões finais, mas estivesse a preparar-se mentalmente para abrir caminho a um sucessor, acrescentou.
As previsões mais recentes da Press Association apontam para uma subida dos Tories face às primeiras projecções, com os conservadores a conseguirem 321 deputados (precisam, contudo, de 326 para a maioria absoluta), contra 314 nas projecções às 22:00.
Já para o Labour apontam para 260 assentos (contra 266 estimados assim que fecharam as urnas).
The @PA forecast at 4am: Con 321, Lab 260, SNP 33, Lib Dem 14, DUP 10, SF 6, Plaid 3, Green 1, UUP 1, Ind 1. #GE2017
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
Às 04:07 (mesma hora em Lisboa), com 501 das 650 circunscrições fechadas, os conservadores já conseguiram passar à frente dos trabalhistas, contando com 221 assentos, contra 219 deputados para o partido de Corbyn.
The Conservatives have now overtaken Labour in number of MPs elected. #GE2017 pic.twitter.com/M5zl7Y4gf8
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, convidou Theresa May, a dar lugar a um governo do Labour.
"Se há uma mensagem do resultado desta noite é o seguinte: a primeira-ministra convocou a eleição porque ela queria um mandato. Mas o mandato que tem é perda de assentos, é perda de votos, é perda de apoio e perda de confiança. Penso que é suficiente para se ir embora e dar lugar a um governo que seja representativo das pessoas deste país", afirmou em Islington, citado pela Lusa, após o anúncio da sua reeleição para deputado.
3am edition front page: Theresa Dismay #GE2017 pic.twitter.com/8QvFeeU5mc
— Sun Politics (@SunPolitics) 9 de junho de 2017
MAIL 3 AM UPDATED: Gamble that backfired #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/IqIH6Fmk32
— Neil Henderson (@hendopolis) 9 de junho de 2017
TELEGRAPH 2AM: May's gamble backfires #tomorrowspaperstoday pic.twitter.com/vextSIRUlm
— Neil Henderson (@hendopolis) 9 de junho de 2017
Na Irlanda do Norte já saíram os resultados finais, com o Sinn Féin a reconquistar as circunscrições de Fermanagh e South Tyrone aos unionistas do Ulster.
O resultado total é de 10 assentos para o DUP (Partido Unionista Democrático, que ganha assim mais dois deputados) e de 7 para o Sinn Féin (que conquista assim mais 3) – este último, recorde-se, continua a boicotar Westminster, pois não participa nos trabalhos parlamentares.
Este resultado deixa o DUP numa posição bastante fortalecida em termos de, potencialmente, poder ajudar a formar o próximo governo, frisa o The Guardian.
A Irlanda do Norte conta com 18 assentos no parlamento britânico. O 18.º foi para a independente Sylvia Hermon. Os partidos SDLP e UUP saem do mapa de Westminster.
All the results are in from N Ireland. SDLP & UUP wiped out. DUP on 10, up 2; Sinn Fein on 7, up 3; plus Independent Sylvia Hermon. #GE2017
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
Neste momento, um total de cinco ministros de Theresa May já perderam os seus assentos, salienta o The Telegraph:
Ben Gummer, ministro do gabinete da primeira-ministra e tesoureiro-mor
Jane Ellison, secretária de Estado do Tesouro responsável pelas Finanças
James Wharton, secretário de Estado, Ministério do Desenvolvimento Internacional
Gavin Barwell, ministro-Adjunto da Habitação e do Planeamento, responsável por Londres
Rob Wilson, secretário de Estado da Sociedade Civil
FIVE of Theresa May's ministers have lost their seats:
— Laura Hughes (@Laura_K_Hughes) 9 de junho de 2017
Ben Gummer
Jane Ellison
James Wharton
Gavin Barwell
Rob Wilson
via @edwardmalnick
O ex-primeiro-ministro escocês Alex Salmond perdeu o seu assento em Gordon, naquele que foi um dos maiores choques da recente história eleitoral, como lhe chama o The Guardian.
Salmond, que foi também líder do Partido Nacional Escocês (SNP), perdeu para o conservador Colin Clark.
Com uma carreira de 30 anos no governo nacional escocês (em Holyrood) e no parlamento britânico (em Westminster), Salmond era uma das figuras mais duradouras da política moderna da Escócia.
Falando sobre a sua derrota, disse que a sua carreira parlamentar foi "o privilégio da minha vida". "Estou grato por esses tempos", afirmou, citado pelo The Guardian.
O jornal britânico refere que apesar de o SNP estar a caminho de ter o maior número de assentos escoceses, esta derrota de Salmond foi um duro golpe. Também Angus Robertson perdeu o seu assento no círculo de Moray.
Nicola Sturgeon depara-se assim com a maior decisão política da sua carreira, numa altura em a actual primeira-ministra escocesa que tem de absorver este choque das derrotas de Salmond, seu mentor e ex-líder, e Robertson, seu vice no SNP.
"Com os resultados nacionais a apontarem para um parlamento ‘suspenso’, Nicola Sturgeon irá deparar-se com fortes pressões para deixar cair a pretensão de realizar um segundo referendo pela independência, para poder assim integrar uma aliança anti-Tory com os trabalhistas e os liberais democratas em Westminster", diz o mesmo jornal.
Temos um 'parlamento suspenso' [hung parliament] quando nenhum dos partidos consegue maioria absoluta.
Quando faltam apenas 27 assentos para preencher, a participação nestas eleições está em 68,6%, a mais alta numas legislativas britânicas desde 1997.
With just 27 seats left to declare, turnout is running at 68.6% - the highest for a UK general election since 1997. #GE2017
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
Até ao momento, foram eleitas 192 deputadas – um máximo de sempre, segundo a Press Association. Havia 191 mulheres no último parlamento, representando 29,4% dos deputados.
Está confirmado o ‘parlamento suspenso’ (hung parliament), situação que se verifica quando nenhum partido obtém maioria absoluta. O Partido Conservador terá ganho, mas é já uma certeza que não vai conseguir os 326 assentos necessários, dos 650 existentes, para ter maioria absoluta.
Com efeito, com 307 assentos e com apenas 18 por definir, os Tories já não conseguem os 326 deputados.
Here's how things look at 6am, with 18 seats still to declare. It's a hung parliament. #GE2017 pic.twitter.com/kswYegC8so
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
O Coffee House, blog do The Spectator, diz que Theresa May vai falar às 10:00 e que poderá anunciar a sua demissão.
Theresa May to give a speech at 10am amid reports she will resign:https://t.co/ZdyrWpwDUy
— Coffee House (@SpecCoffeeHouse) 9 de junho de 2017
Ed Miliband, ex-líder dos trabalhistas, diz que a autoridade de Theresa May foi destruída e que esta não poderá negociar o Brexit.
We know Theresa May can't now negotiate Brexit for Britain because she told us losing majority would destroy her authority---and it has.
— Ed Miliband (@Ed_Miliband) 9 de junho de 2017
Analistas do banco Citi, citados pela BBC, dizem esperar que Theresa May se demita hoje do cargo de primeira-ministra.
Segundo os mesmos analistas, o parlamento suspenso torna mais provável do que nunca um ‘soft’ Brexit (uma saída suave da União Europeia, o que significa ficar no mercado único) e um Brexit caótico, em simultâneo.
George Osborne, ex-ministro das Finanças britânico, disse na ITV News que "o ‘hard’ Brexit [Brexit duro] foi parar ao caixote do lixo esta noite".
"Theresa May vai provavelmente ser uma das pessoas a ocupar o cargo de primeiro-ministro por menos tempo na nossa história", declarou.
Os resultados finais do País de Gales já saíram e o partido de Theresa May perdeu três deputados, sublinha o The Guardian.
So... this is the final picture in Wales on an utterly extraordinary night #GE2017 https://t.co/xWycs8vnv0 pic.twitter.com/YOrxx4ZYgD
— WalesOnline (@WalesOnline) 9 de junho de 2017
Diz o The Guardian que Nigel Farage, ex-líder do partido britânico anti-europeísta Ukip, está alarmado com a possibilidade de o Brexit "ir por água abaixo". No seu entender, o ministro responsável pelas negociações do Brexit, David Davis, está a fazer cedências.
"O artigo 50.º [que desencadeia a saída de um Estado-membro da União Europeia] foi accionado e estávamos a seguir o nosso caminho. May pôs tudo isto em risco. Até mesmo David Davis está agora a fazer concessões relativamente ao Brexit", afirmou Farage na sua conta do Twitter.
Article 50 had been triggered and we were on our way. May has put all this in jeopardy. Even David Davis is now making Brexit concessions.
— Nigel Farage (@Nigel_Farage) 9 de junho de 2017
O Partido Nacional Escocês (SNP) conseguiu a maioria dos assentos (35), mas sofreu um forte revés ao perder 21 deputados. Já os conservadores, com 13 deputados, registaram um ganho de 12. Os trabalhistas conquistaram 6 assentos, ficando com um total de 7, ao passo que os liberais democratas passaram de 1 para 4 deputados.
"Com os resultados nacionais a apontarem para um parlamento ‘pendurado’, Nicola Sturgeon [primeira-ministra da Escócia, do nacionalista SNP] irá deparar-se com fortes pressões para deixar cair a pretensão de realizar um segundo referendo pela independência, para poder assim integrar uma aliança anti-Tory com os trabalhistas e os liberais democratas em Westminster", frisa o The Guardian.
Eis os resultados finais na Escócia sistematizados pela Press Association:
Full set of results from Scotland:
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
SNP 35 (-21); Con 13 (+12); Lab 7 (+6); Lib Dems 4 (+3). #GE2017
Scotland, then and now. #GE2017 pic.twitter.com/fhQZzdvtFh
— Ian Jones (@ian_a_jones) 9 de junho de 2017
O deputado conservador Nigel Evans comentou, em declarações à BBC, que o seu partido não deu um tiro no pé, mas sim um tiro na cabeça.
Conservative MP Nigel Evans tells @bbc5live: "we didn't shoot ourselves in the foot, we shot ourselves in the head." #bbcelection
— Chris Mason (@ChrisMasonBBC) 9 de junho de 2017
O comissário europeu do Orçamento, Guenther Oettinger, disse não estar certo se as negociações sobre o Brexit - com início previsto para daqui a 10 dias - poderão começar a tempo e horas, dada a situação de parlamento suspenso no Reino Unido.
Em declarações à rádio alemã Deutschlandfunk, citadas pela BBC, disse que um fraco negociador britânico poderá dar origem a um resultado medíocre.
O editor de política da ITV News, Robert Peston, diz que os ministros de May lhe estão a pedir para não se demitir, recordando-a que nas eleições gerais de 2010 David Cameron teve apenas 36% dos votos, quando May conseguiu 43%.
Nas eleições de 2010, recorde-se, o partido conservador de Cameron obteve 306 assentos. Deu-se assim também uma situação de parlamento suspenso por nenhum partido ter conseguido a maioria na Câmara dos Comuns.
I think there's good chance @theresa_may will not stand down. Ministers urging her not to, citing her 43% share of vote, up from Cam's 36%
— Robert Peston (@Peston) 9 de junho de 2017
Só já falta apurar os resultados de cinco circunscrições: Kensington, St. Ives, St. Austell & Newquay, Cornwall North e Cornwall South East.
De cada círculo eleitoral sai um deputado. Os conservadores estão neste momento com 314 assentos e os trabalhistas com 261.
Tan Dhesi foi eleito deputado pelos trabalhistas, sendo o primeiro membro da comunidade sikh, e que usa turbante, a integrar o parlamento britânico, sublinha um jornalista da BBC.
Tan Dhesi becomes Britain's first turban-wearing Sikh MP #BBCelection #GE2017 pic.twitter.com/jgkBElkEzP
— Richard Collings (@richardcoll1) 9 de junho de 2017
Os responsáveis pela contagem de votos no círculo eleitoral de Kensignton estão exaustos, pelo que lhes foi dito que fossem para casa descansar, avança o The Guardian.
Com o resultado "por um fio" entre a conservadora Victoria Borwick e a trabalhista Emma Dent Coad, a contagem foi suspensa sem resultados e retomará esta sexta-feira ao final do dia ou talvez no sábado, refere o mesmo jornal.
A moeda do Reino Unido mantém a tendência do after-hours e está agora a desvalorizar quase 2% face ao dólar e ao euro, negociando no valor mais baixo desde Janeiro contra a divisa europeia.
Depois de relatos de que Theresa May poderia anunciar esta manhã a sua demissão, surgem novas informações que apontam no sentido de a primeira-ministra querer permanecer, podendo tentar formar governo com os unionistas da Irlanda do Norte - mas toda esta incerteza está a deixar os mercados bastante nervosos, num contexto de 'parlamento suspenso', que cria grande instabilidade política.
Pound Sterling making session lows as Theresa May said to have no intention of resigning following UK election debacle. pic.twitter.com/Z5JoSt33Sg
— Holger Zschaepitz (@Schuldensuehner) 9 de junho de 2017
O índice bolsista britânico de referência, o FTSE 100, abriu inesperadamente em alta, a subir mais de 1% para 7.528,32 pontos. O índice está a ser impulsionado pelas empresas exportadoras, que beneficiam com o facto de a libra estar a descer perto de 2% para mínimos de Janeiro. Nas praças europeias a tendência também é de ganhos.
No entanto, o FTSE 250 – que é composto por empresas de menor dimensão – segue a perder perto de 0,5% para 19.649,95 pontos.
Joshua Mahony, do departamento de negociação da IG, salienta o facto de tradicionais valores-refúgio em tempos de incerteza, como o ouro e o iene, estarem a desvalorizar.
"Algo que pressentimos como uma catástrofe… afinal ninguém parece importar-se com isso, a não ser o Reino Unido", refere o mesmo operador, citado pela jornalista Jill Treanor do The Guardian.
Gold is falling, yen is down "Something that felt like something of catastrophe ... no one seems to care apart from the UK" - @JMahony_IG
— Jill Treanor (@jilltreanor) 9 de junho de 2017
Have heard from senior Tory who has spoken to May - she is not going anywhere, sense they are rallying round but v fluid
— Laura Kuenssberg (@bbclaurak) June 9, 2017
"Os britânicos expressaram-se, votaram, deram uma maioria ao partido conservador, mas essa maioria é relativa, o que constitui, em muitos aspetos, uma surpresa", declarou Edouard Philippe à rádio Europe 1.
No entanto, "eu não acho que leio o resultado desse escrutínio como colocando em causa aquilo que foi a posição expressa de forma soberana pelos britânicos sobre o 'Brexit'", disse.
O líder trabalhista também voltou a pedir a demissão de Theresa May. "Foi uma decisão dela convocar esta eleição, era o nome dela que estava lá; ela disse que o estava a fazer para ter um governo mais forte e mais estável. Bom, esta manhã não parece ser um governo forte, não parece um governo estável, não parece um governo que tenha qualquer tipo de programa."
Sobre o seu próprio resultado, Corbyn notou que os trabalhistas ganharam lugares no Parlamento por todo o país e que o partido e quem o apoiou "devem estar orgulhosos daquilo que alcançaram".
"Agora, na posição em que estamos hoje, será uma noite muito difícil para ela."
Foster disse que ainda é demasiado cedo para dizer o que pretendem fazer em relação às negociações com os conservadores no sentido de formar um governo maioritário. "Haverá contactos durante o fim-de-semana, mas ainda é demasiado cedo para decidir o que vamos fazer."
As bolsas europeias estão a reagir de forma positiva à vitória, sem maioria absoluta, de Theresa May nas eleições. Os juros estão em queda ligeira enquanto a libra já atingiu mínimos desde a eleição de Trump. Veja aqui como estão a reagir os mercados ao rescaldo das eleições no Reino Unido.
From the Dept. of Lowered Expectations, Tories & their most likely coalition partners, DUP, crossed the 326 line https://t.co/ytgst1ceap pic.twitter.com/pe6t8MnRWU
— WSJ Graphics (@WSJGraphics) June 9, 2017
Pelos vistos, isso não incomoda a UE. Desde que as negociações terminem no prazo de dois anos que está definido. Donald Tusk, presidente do conselho europeu, e Michel Barnier, responsável comunitário pelas negociações do Brexit:
We don't know when Brexit talks start. We know when they must end. Do your best to avoid a "no deal" as result of "no negotiations". #GE2017
— Donald Tusk (@eucopresident) June 9, 2017
#Brexit negotiations should start when UK is ready; timetable and EU positions are clear. Let's put our minds together on striking a deal
— Michel Barnier (@MichelBarnier) June 9, 2017
#Breaking Theresa May to visit Buckingham Palace at 12.30pm to seek permission from Queen to form government, Downing Street spokesman says pic.twitter.com/zJLhHgSa5A
— Press Association (@PA) June 9, 2017
Os conservadores perderam 12 lugares no parlamento, deixando-os com uma maioria ainda mais frágil. Estão a oito lugares da maioria.
"Queremos que haja um governo. Temos trabalhado bem com a May. A alternativa é intolerável. Enquanto Corbyn liderar o Partido Trabalhista, vamos garantir que o primeiro-ministro é conservador", diz uma fonte do DUP ao Guardian.
Paul Nuttall demitiu-se esta manhã de líder do Ukip, depois de não ter sido capaz de ganhar um único lugar no parlamento britânico. "Tem de começar uma nova era, com um novo líder", afirmou.
A saída de Nuttall permitirá eleger um novo líder no congresso do partido em Setembro, o terceiro acto eleitoral nos independentistas no espaço de um ano.
O partido que governa na Grécia, a formação de extrema-esquerda Syriza, apelida o resultado eleitoral de May como uma "grande derrota" que põe em causa as políticas austeritárias.
"Esta tendência de questionar as políticas de forte austeridade está agora a consolidar-se em todo o mundo. (...) Vimo-lo nos EUA com Bernie Sanders, na Europa - primeiro no Sul, com o Syriza, depois em Portugal e em Espanha. E em França com Mélenchon," afirmou Dimitris Tzanakopoulos, representante do partido, citado pelo Guardian.
"É claro que o governo seguiu com muita atenção a eleição, como sempre faz em relação a parceiros tão próximos e importantes, mas não comentamos o resultado enquanto o processo de formação de Governo se desenrola," disse uma porta-voz do governo germânico.
Sobre as negociações do Brexit, o executivo de Merkel diz que nada mudou, pedindo que as conversações comece o mais depressa possível porque o prazo de dois anos para finalizá-las já se iniciou.
A manhã de pressão da União Europeia para que o Reino Unido acelere o início das negociações do Brexit traz mais uma voz, desta vez a do líder do executivo comunitário.
Jean-Claude Juncker quer que as conversações comecem tão breve quanto possível e diz estar pronto para o fazer "amanhã de manhã às 9 e meia."
A curiosidade em torno do Democratic Unionist Party fez disparar as pesquisas pelo partido no Google nas últimas horas e o um elevado número de acessos tem tornado difícil entrar no seu site, mydup.com.
O líder dos liberais-democratas, Tim Farron, excluiu qualquer hipótese de coligação ou acordo de governo com os conservadores, apelidando o executivo que Theresa May se prepara para formar com o apoio dos unionistas da Irlanda do Norte como sendo um "coligação de caos".
"A ausência de um acordo é melhor do que um mau acordo," afirmou o responsável que pediu a May que se demita.
Farron defendeu ainda que o governo que sai destas eleições é "mais fraco e menos estável quando o nos preparamos para embarcar nas negociações mais complexas da nossa história." Ainda referindo-se ao Brexit, pediu que as negociações com Bruxelas sejam suspensas até que May explique o que procura conseguir.
"Theresa May desencadeou a eleição na expectativa que fosse uma coroação," acrescentou, apontando o dedo à candidata conservadora pela sua "arrogância e vaidade" e considerando que sai diminuída das eleições: "Devia estar envergonhada".
Nas eleições em que reforçaram a presença no parlamento - mais três posições, para 12 membros no total -, Farron prestou homenagem ao anterior líder do partido, Nick Clegg, que não foi eleito.
"É um herói para mim," afirmou, reconhecendo que o partido pagou um preço alto na coligação com os conservadores em 2010. "O país estava à beira do precipício. Por causa de Nick Clegg sobreviveu e floresceu," disse.
Aqui, um vídeo de Vincent McAviney, da LBC, na altura em que o carro de May segue a alta velocidade do número 10 de Downing Street para o palácio real.
VIDEO: Theresa May speeds past me to Buckingham Palace to meet with HM Queen to ask to form a minirity Government. @LBC #GE2017 pic.twitter.com/zd9Qw04uLH
— Vincent McAviney (@Vinny_LBC) 9 de junho de 2017
A candidata do partido conservador, o mais votado nas eleições de ontem mas que perdeu a maioria no parlamento, está prestes a reunir-se com a rainha Isabel II, a quem pedirá autorização para formar governo.
Theresa May levará consigo um acordo com os unionistas da Irlanda do Norte, do DUP, que conquistaram dez lugares no parlamento e deverão garantir uma maioria suficiente para viabilizar as propostas do executivo.
Nos dias que antecederam as eleições, Theresa May sublinhou por três vezes que bastava perder seis lugares no parlamento para Jeremy Corbyn ser o futuro primeiro-ministro do Reino Unido. Veja o vídeo do Channel 4 com as três frases da conservadora:
Theresa May promised again and again that if she lost six seats, Jeremy Corbyn would be PM. Last night she lost at least 12. pic.twitter.com/I3FSLu6AEt
— Channel 4 News (@Channel4News) 9 de junho de 2017
"Como ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo português, de um dos 27 Estados-membros que vão começar a negociar as condições da saída com o Reino Unido, [digo] que nós negociamos com toda a boa-fé, defendendo os interesses europeus, mas procurando acautelar a relação futura mutuamente benéfica com o Reino Unido, [e fazemo-lo] com qualquer Governo britânico, com qualquer composição do parlamento britânico", afirmou à Lusa Augusto Santos Silva.
"Nós, os europeus, não precisávamos que a senhora Theresa May tivesse uma maioria reforçada para negociar o 'Brexit'. Nem sequer precisávamos que a senhora Theresa May continuasse primeira-ministra. Isso não é um assunto nosso", considerou Santos Silva, que se escusou a comentar se a líder do Partido Conservador britânico ficou fragilizada na negociação com a União Europeia, após perder a maioria absoluta nas eleições antecipadas que convocou.
O PS felicita o Partido Trabalhista inglês e o seu líder Jeremy Corbyn pelo resultado alcançado nas eleições que se realizaram quinta-feira no Reino Unido. O PS destaca o facto de Corbyn ter impedido a "renovação da maioria conservadora", bem como o facto de as "propostas trabalhistas para o combate às desigualdades e uma sociedade mais justa" terem conseguido um "vasto acolhimento" entre os eleitores britânicos. Os socialistas liderados por António Costa defendem que "estas eleições demonstram a necessidade de uma nova atitude nas negociações sobre a relação futura entre o Reino Unido (RU) e a União Europeia (UE) onde o Partido Trabalhista deverá participar activamente e com responsabilidade".
A líder do partido nacionalista escocês (SNP), Nicola Sturgeon - que perdeu 19 lugares no parlamento na eleição de ontem - admitiu que o resultado eleitoral teve um impacto nos seus planos de convocar um segundo referendo à independência, sinalizando um adiamento desta pretensão.
"Vou formar governo", afirmou Theresa May, colocando a tónica no combate ao terrorismo - depois dos atentados de Manchester e de Londres - e nas negociações para o Brexit, mantendo a intenção de iniciar negociações dentro de dez dias.
Além disso, confirmou o acordo com os unionistas do DUP - 10 parlamentares que asseguram a maioria perdida no parlamento com estas eleições, colocando o horizonte dos cinco anos de mandato para" construir um país em que ninguém nem nenhuma comunidade fique para trás."
Theresa May insistiu na necessidade de obter um acordo com sucesso para a saída da União Europeia
"que funcione, para todos, assegurando uma nova parceria com a União Europeia que garanta a nossa prosperidade no longo prazo. Foi nisso que as pessoas votaram em Junho [no referendo]. É isso que entregaremos," defendeu.
"O que o país precisa mais é de certeza. E tendo assegurado a maioria dos votos e o maior número de assentos no parlamento, é claro que apenas os conservadores e os unionistas têm legitimidade e possibilidade para dar essa certeza ao liderar uma maioria na casa dos comuns," afirmou.
"Vamos continuar a trabalhar com os nosso amigos e aliados e com o DUP em particular. Os nossos dois partidos tiveram uma relação forte ao longo de vários anos. Dá-me a confiança de acreditar que vamos conseguir trabalhar juntos no interesse do Reino Unido," disse.
"Agora, vamos ao trabalho," incitou.
O resultado da contagem até agora - de acordo com o The Guardian - coloca os conservadores com 318 lugares no parlamento e os trabalhistas com 261 deputados. Mas falta apurar um deputado, que pode vir a ser eleito por trabalhistas ou conservadores.
Em Kensington, a contagem ainda não conseguiu apurar para qual dos dois partidos irá este lugar no parlamento. A BBC refere que os votos serão recontados não antes das seis da tarde, enquanto o Huffington Post já dava como certo que o partido de Jeremy Corbyn tinha conquistado este parlamentar.
Vá para onde for, o partido democrático Unionista - com 10 parlamentares - é a chave para o governo que Theresa May acaba de anunciar, garantindo, com a soma aos - para já - 318 de Theresa May, 328 lugares, mais dois assentos do que é necessário para garantir a maioria.
Congratulations @theresa_may. Our responsibility now is to secure least disruptive #Brexit. No time to lose. https://t.co/bOOzzwr82k
— Donald Tusk (@eucopresident) 9 de junho de 2017
A mensagem foi publicada há pouco no Twitter:
I am delighted to see Labour do so well. I congratulate @jeremycorbyn for running a very effective campaign.
— Bernie Sanders (@BernieSanders) 9 de junho de 2017
All over the world, people are rising up against austerity and massive levels of income and wealth inequality.
— Bernie Sanders (@BernieSanders) 9 de junho de 2017
People in the U.K., the U.S. and elsewhere want governments that represent all the people, not just the 1%.
— Bernie Sanders (@BernieSanders) 9 de junho de 2017
Em declarações à agência Lusa sobre o resultado das eleições do Reino Unido - na sequência das quais a primeira-ministra já anunciou a intenção de o partido Conservador formar governo minoritário com apoio dos unionistas da Irlanda do Norte -- o coordenador do CDS-PP na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, Pedro Mota Soares, começou por assinalar "a rapidez com que, na sequência de uma eleição, a partir do partido que ganhou, se consegue ter uma solução de Governo".
"O que é muito importante para a Europa é que o Reino Unido tenha um Governo e que com esse Governo se possa começar efetivamente a fazer a negociação do 'Brexit'. E isso é possível a partir de hoje", destacou.
"A primeira-ministra falou comigo esta manhã e vamos iniciar conversações com os conservadores para explorar como poderá ser possível trazer estabilidade à nossa nação neste momento de grande desafio," afirma Arlene Foster (na foto).
I have spoken with the PM. We will enter discussions with the Conservatives to explore how we can help bring stability to our nation. pic.twitter.com/sTjTwJDbKU
— Arlene Foster (@DUPleader) 9 de junho de 2017
Na publicação, a responsável considera "históricos" os resultados da eleição de ontem - onde teve dez deputados eleitos no seu melhor resultado de sempre -, garantindo a defesa dos interesses da Irlanda do Norte.
"Aqueles que querem separar-nos da União que amamos e de que tanto beneficiamos enviaram uma mensagem clara e inequívoca," escreve Foster, que considera a União a "estrela-guia" do partido.
As eleições de quinta-feira no Reino Unido resultaram na eleição de um número recorde de mulheres - 206 - para a Câmara dos Comuns, mas ainda representam menos de um terço do total de deputados, refere a Lusa.
Na anterior câmara baixa, eleita em 2015, havia 191 mulheres, menos que as 196 eleitas nas legislativas de 2010, segundo a imprensa britânica.
As legislativas de quinta-feira, antecipadas três anos, custaram a maioria ao Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May, que não conseguiu eleger os 326 deputados necessários para a maioria absoluta. Declarados 649 dos 650 lugares na Câmara dos Comuns, os conservadores elegeram 318, menos 12 dos que tinha no anterior parlamento.
"Como somos o partido que ganhou mais assentos e votos somos o único partido em posição para formar um governo. (...) Penso que o importante nas negociações do Brexit (...) é que tenhamos a certeza de um governo que possa levar em diante um plano nessas negociações."
Numa mensagem gravada, citada por meios de comunicação social, Theresa May anuncia que vai escolher brevemente os membros do seu executivo.
Phillip Hammond (na foto) vai manter-se como ministro das Finanças no governo de Theresa May e Boris Johnson ficará, como até aqui, na pasta dos Negócios Estrangeiros.
Também David Davis, o ministro com a pasta do Brexit, foi confirmado no lugar esta tarde por downing Street.
O The Sun refere ainda que Michael Fallon se manterá na Defesa.
Os investidores em acções não aparentaram mostrar muita preocupação com os resultados das eleições britânicas. O índice europeu Stoxx 600 subiu 0,32%, interrompendo uma sequências de quatro descidas. E o próprio índice de referência da bolsa londrina valorizou 1,04%, beneficiado pelo efeito positivo da descida da libra nas exportadoras e pela recuperação das cotadas do sector mineiro.
A libra ressentiu-se com os resultados das eleições britânicas. A divisa perde 1,71% face à nota verde para 1,2735 dólares. Já esteve a descer 2,47% durante a sessão, o nível mais baixo em dois meses. Os conservadores perderam a maioria absoluta numa altura em que procuravam um mandato mais forte para negociarem os termos da saída da União Europeia, cenário que cria uma maior incerteza política.
Uma vez que Trump não elaborou a sua declaração, a imprensa norte-americana tem estado intrigada, sem perceber bem o que queria o republicano dizer com "surpreendentes".
O Partido Trabalhista conquistou o assento em Kensington, que era o único círculo eleitoral que faltava apurar. A trabalhista Emma Dent Coad acabou, pois, por levar a melhor sobre a conservadora Victoria Borwick.
O resultado final é, assim, de 318 deputados para os conservadores e 262 para os trabalhistas.
O presidente francês, Emmanuel Macron, telefonou a Theresa May para lhe dar os parabéns por se manter como primeira-ministra do Reino Unido, salienta o The Guardiam.
Macron disse ainda a May que quer prosseguir os esforços dos dois países no combate ao terrorismo.
Elysée: France's #Macron has called May "to congratulate her" on continued role as PM. Said wanted to pursue joint work on anti-terrorism
— Angelique Chrisafis (@achrisafis) 9 de junho de 2017
O Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, conseguiu 318 assentos nestas eleições legislativas antecipadas. O objectivo de May era reforçar o seu mandato com vista a um Brexit ‘duro’, pelo que esperava obter pelo menos os 326 lugares necessários na Câmara dos Comuns para garantir a maioria absoluta. Não foi o que aconteceu, mas a primeira-ministra não se demitiu, apesar de sair fragilizada.
Feitas as contas, agora que todos os círculos eleitorais estão apurados, os Tories ganharam 20 deputados mas perderam 33, pelo que o saldo é de uma perda de 13 assentos.
Em contrapartida, os trabalhistas ganharam 32 deputados (perderam assentos em 5 circunscrições, mas conquistaram lugares em 37), tendo ficado com um total de 262 no parlamento britânico.
Termina aqui a cobertura, ao minuto, das eleições legislativas no Reino Unido. Continue a acompanhar-nos em http://www.jornaldenegocios.pt/