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May segue em frente com menos 13 deputados

May venceu as eleições mas perdeu a maioria no Parlamento britânico. Em aliança com os unionistas do DUP vai formar governo. O Negócios continua a acompanhar as eleições britânicas ao minuto.

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Os eleitores britânicos já votam
As urnas abriram às 7:00 em Londres (a mesma hora em Lisboa) e só vão encerrar às 22:00. Será nestas 15 horas que os eleitores britânicos vão determinar através do voto a composição da próxima Câmara dos Comuns (câmara baixa) do Parlamento do Reino Unido. 

Logo após o encerramento das assembleias de voto serão divulgadas as primeiras projecções à boca das urnas. Será também a partir das 22:00 que começam a ser contabilizados os votos, contudo o conhecimento do vencedor dependerá de quão renhida for a disputa eleitoral. 

As sondagens apontam para um resultado próximo entre o Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May e o Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn. No entanto, nas eleições gerais de 2015 os estudos de opinião também antecipavam uma corrida renhida entre "tories" e o "labour" e, no final, o partido do então primeiro-ministro David Cameron acabou por alcançar uma surpreendente maioria.
Como funciona o sistema eleitoral?

O território do Reino Unido divide-se em 650 círculos eleitorais (com um número similar de eleitores). Cada circunscrição eleitoral elege um só candidato, que assegura depois lugar na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico, composta por 650 deputados). Por país, Inglaterra elege 533 deputados, Escócia 59, Irlanda do Norte 18 e o País de Gales 40.

A eleição é alcançada por maioria simples, pelo que somente o candidato mais votado em determinado círculo eleitoral garante assento no Parlamento.

Já os membros da Câmara Alta não são eleitos, mas nomeados pela rainha, devendo a monarca levar em linha de conta a opinião do primeiro-ministro em funções.

O partido vencedor é aquele que tiver maioria absoluta (mínimo de 326 mandatos). Se nenhum partido tiver maioria, a força com mais deputados, ou outra, pode tentar formar uma coligação ou governar com base em acordos de incidência parlamentar. Os mandatos são de cinco anos.

O "timing" pós-eleitoral
Concluídos os procedimentos eleitorais, está previsto que o "novo" Parlamento britânico regresse aos trabalhos no próximo dia 13 de Junho, altura em que os deputados votam para eleger o líder ("speaker") da Câmara dos Comuns, eleição que acontece sempre no primeiro plenário após eleições gerais.

Nos dias subsequentes os deputados fazem o respectivo juramento, sendo que expectável que o discurso da rainha seja proferido no dia 19 de Junho, durante a inauguração formal do Parlamento. 

Eleições marcadas pelo terrorismo
A campanha eleitoral para as eleições gerais desta quinta-feira ficou muito marcada pelos atentados terroristas em solo britânico. Londres primeiro, depois Manchester e novamente a capital inglesa, foram cenário de ataques terroristas, separados por menos de três meses. 

À ameaça terrorista e à insegurança somou-se uma profunda alteração no paradigma político britânico, em que o consenso liberal acabou substituído por uma coincidência de agendas nacionalistas e intervencionistas. 

No entanto, as sondagens não permitem concluir quem poderá beneficiar da centralidade assumida pelo terror e insegurança na antecâmara destas eleições. Há factores favoráveis a May e a Corbyn, assim como potencialmente desfavoráveis a ambos.
O Brexit como pano de fundo
Se é verdade que os ataques que tiveram lugar no Reino Unido centraram boa parte das atenções, o Brexit nunca deixou de estar sempre presente.

Desde logo porque foi a intenção de reforçar a maioria conservadora no Parlamento e, consequentemente, o mandato negocial de cara às conversações com Bruxelas para a concretização da saída da União Europeia que levou Theresa May a convocar eleições antecipadas. 

No entanto, conservadores e trabalhistas diferem pouco no que diz respeito à forma como deve concretizar-se o Brexit. Só liberais-democratas e Verdes defendem um novo referendo sobre o Brexit o que, tendo em conta uma eventual perda de maioria do Partido Conservador, poderá complicar a vida de Theresa May visto que nesse cenário não poderia contar com o apoio que formou governo com David Cameron depois das eleições de 2010. Liberais-democratas afastam qualquer hipótese de coligações. 


As propostas de May e Corbyn
Os ataques terroristas podem ter tirado algum protagonismo a outros temas, mas os eleitores britânicos deverão ter em mente as propostas económicas dos partidos na hora de escolherem em quem votar. Conheça algumas das principais ideias dos conservadores e dos trabalhistas.

Libra sobe para máximos de duas semanas

A libra está a negociar em alta face ao dólar pela quinta sessão consecutiva, no valor mais elevado das últimas duas semanas. A moeda britânica ganha 0,02% para 1,2963 dólares, um máximo de 25 de Maio. Em relação à moeda única europeia, a subida é de 0,19% para 1,1530 euros.

Já o Footsie valoriza 0,06% para 7.482,74 pontos, a subida mais tímida entre os principais índices bolsistas da Europa. Os ganhos estão a ser impulsionados sobretudo pela Tesco, Lloyds e Easyjet. 

Theresa May votou em Berkshire sem fazer declarações
Theresa May votou em Berkshire sem fazer declarações
A chefe do governo britânica, a conservadora Theresa May, votou esta quinta-feira, às 8:20 em Sonning, condado de Berkshire, sudeste de Inglaterra, para as eleições gerais no Reino Unido.

Theresa May votou na companhia do marido não tendo prestado qualquer declaração aos jornalistas presentes.
Jeremy Corbyn já votou nas legislativas em Londres
Jeremy Corbyn já votou nas legislativas em Londres
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, votou nas legislativas que decorrem esta quinta-feira no Reino Unido no bairro londrino de Holloway, ao norte da capital, às 9:45.

O dirigente da esquerda, que tinha um semblante relaxado e sorridente, estava sozinho e votou nesta jornada eleitoral que chamará às urnas um total de 46,9 milhões de britânicos recenseados.
Sondagem dá May com vantagem de oito pontos sobre Corbyn
O resultado de um estudo de opinião, divulgado hoje pela Ispos MORI no London Evening Standard, coloca a actual primeira-ministra conservadora e recandidata nas eleições, Theresa May, à frente do adversário trabalhista Jeremy Corbin.

A vantagem alargou-se em relação à sondagem de há cerca de uma semana. Agora, há oito pontos a separá-los, contra os cinco pontos da semana passada.

Assim, May é vista a recolher 44% dos votos, enquanto Corbyn terá 36%, uma queda de quatro pontos percentuais relativamente ao último estudo de opinião.

O inquérito abrangeu 1.291 pessoas, entre 6 e 7 de Junho.
As propostas de May e Corbyn para a economia britânica

Altercação entre fotógrafos depois de líder do Lib Dem votar
Uma das imagens que está a marcar a jornada eleitoral é uma altercação entre jornalistas que queriam posicionar-se o melhor possível para fotografar Tim Farron, líder dos liberais-democratas (Lib Dem), depois deste ter depositado o seu voto na urna. 
Falta pouco mais de duas horas para fecharem as urnas
Aproxima-se do fim o acto eleitoral que ainda decorre no Reino Unido, faltando nesta altura pouco mais de duas horas para o encerramento das urnas, definido para as 22:00 (hora de Londres e Lisboa). 

Logo após fecharem as assembleias de voto, os votos começam a ser contados. Também às 22:00 são conhecidas as primeiras projecções à boca das urnas, cuja proximidade aos resultados finais dependerá de quão renhida for a disputa. 

Ao longo da noite vai sendo concluída a contagem dos votos em cada uma das 650 circunscrições eleitorais, sendo que o total só deverá estar fechado já ao início da manhã de sexta-feira. Contudo, os primeiros resultados serão conhecidos ainda antes da meia-noite, embora os resultados finais na maior parte dos círculos eleitorais só devam ser conhecidos entre a 01:00 e as 06:00 da madrugada. 
Projecções mais fidedignas do que as sondagens
Sendo certo que as sondagens no Reino Unido deixaram muito a desejar, vejam-se os estudos de opinião que antes das legislativas colocavam conservadores e trabalhistas praticamente empatados, tendo o resultado final garantido uma maioria a David Cameron, o histórico das projecções à boca das urnas mostra que estas costumam ser bastante precisas. 

Até hoje, segundo refere o Telegraph, nunca uma projecção à boca das urnas falhou em mais do que 20 mandatos a respectiva estimativa, pelo que as indicações que forem conhecidas a partir das 22:00 já deverão permitir aferir quem é o vencedor. 

A maior ou menor proximidade entre as duas principais forças, ou seja, entre Theresa May e Jeremy Corbyn, irá ditar se as primeiras projecções vão, ou não, permitir aferir se a primeira-ministra britânica vai conseguir o objectivo definido à partida para estas eleições de reforçar a maioria actualmente detida pelos "tories" em Westminster.  
A economia de May e Corbyn
A economia de May e Corbyn
O jornalista Nuno Aguiar diz-lhe quais são as principais propostas na área económica dos Conservadores e dos Trabalhistas.
Participação (em especial dos jovens) vai ser decisiva
O jornalista Ian Jones fez uma publicação no Twitter em que realça a importância que a participação eleitoral terá no resultado final, designadamente determinando se Theresa May consegue alcançar a pretendia maioria parlamentar. 

A afluência às urnas é tão mais determinante se for tida em conta a participação dos jovens (entre 18 e 34 anos de idade), eleitorado favorável ao trabalhista Jeremy Corbyn. As projecções mostram dois cenários que garantem a maioria aos "tories": no primeiro, se a participação eleitoral for idêntica aos 66,2% registados em 2015; e, no segundo, se a afluência às urnas dos jovens for, no máximo de 64%, e da restante população idêntica a 2015. 

Já num terceiro cenário em que a participação de todas as faixas etárias fosse de 78% (tal como foi a afluência dos maiores de 65 anos em 2015), os trabalhistas sobem e evitam a maioria dos conservadores.
 
May à frente mas sem maioria

Encerradas as assembleias de voto às 22:00 em Londres (a mesma hora em Lisboa), as primeiras projecções à boca das urnas dão a vitória ao Partido Conservador da actual primeira-ministra britânica, Theresa May.

A projecção divulgada pela BBC atribui a vitória a Theresa May com 314 assentos parlamentares, o que a confirmar-se significa que os "tories" perdem a inesperada maioria alcançada por David Cameron em 2015 (331).

Em segundo surge o Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, com 266 mandatos, uma importante subida face aos 232 assentos alcançados há dois anos. 

Seguem-se os nacionalistas escoceses (SNP) com 34 assentos, abaixo dos 56 de 2015, os liberais-democratas (Lib Dem) com 14 mandatos, que assim recuperaram face aos 8 de há dois anos. Os independentistas galeses (Plaid Cymru) conseguem 3 assentos e, por fim, os Verdes elegem 1 deputado.

Libra em queda

A libra esterlina afundou de imediato quando foram conhecidas as primeiras projecções, já que com 314 assentos Theresa May fica sem maioria absoluta (são necessários 326 assentos).

Na negociação fora de horas do mercado cambial londrino, a libra segue a cair 1,5% face ao dólar, para 1,28 libras, e a perder 1,2% face ao euro, a fixar-se abaixo de 1,14. 



Parlamento "pendurado"

Divulgadas as primeiras projecções, sucedem-se as reacções, leituras e criação de cenários vários. É que as projecções são propícias a isso mesmo.

Apesar da margem de erro contemplar a possibilidade de os conservadores poderem revalidar a maioria de 2015, mesmo que com menos mandatos, nesta altura o cenário mais provável é de um Parlamento sem maioria absoluta. O nome dado no Reino Unido é "hung parliament" (Parlamento 'suspenso' ou 'pendurado').

Isto porque as projecções mostram que nenhum partido alcançará o mínimo de 326 assentos que conferem maioria absoluta, surgem dois cenários no horizonte.

O primeiro passa pela negociação de uma coligação de governo que garanta um apoio maioritário na câmara baixa (Câmara dos Comuns). Contudo, neste momento parece irrealista imaginar a reedição da coligação entre Conservadores e Lib Dem que permitiu a David Cameron e a Nick Clegg governarem em maioria depois das eleições gerais de 2010.

Isto porque tanto o actual líder dos liberais-democratas, Tim Farron, como o ex-líder, Nick Clegg, excluíram durante a campanha eleitoral qualquer possibilidade de o Lib Dem se coligar, quer à esquerda quer à direita. Por outro lado, o Lib Dem defende um segundo referendo ao Brexit, uma posição aparentemente irreconciliável com o "hard Brexit" defendido por Theresa May e mesmo com o "soft Brexit" sustentado por alguns sectores dos trabalhistas.

O auto-golo de Theresa May

Uma das primeiras reacções às projecções à boca das urnas foi a do antigo futebolista Gary Lineker. Numa linguagem futebolística, Lineker resumiu o significado das projecções que apontam para uma vitória do Partido Conservador de Theresa May, sem a maioria absoluta conquistada em 2015: "Acho que Theresa May ganhou o auto-golo da época", escreveu o antigo internacional inglês no Twitter. 

A leitura de Lineker simplifica a estratégia aparentemente falhada da primeira-ministra britânica. Quando em meados de Abril anunciou eleições antecipadas - apesar de por diversas vezes ter reiterado que não convocaria eleições apesar de ter chegado à chefia do governo sem ter sido eleita, sucedendo a Cameron que se demitira na sequência da vitória do Brexit no referendo britânico - Theresa May liderava as sondagens com cerca de 20 pontos percentuais de vantagem para o então fragilizado Jeremy Corbyn, líder dos trabalhistas.

A intenção de May era não apenas reforçar a maioria conservadora no Parlamento, como legitimar nas urnas o mandato com vista ao "hard Brexit" que defende como estratégia negocial com Bruxelas. Se perder a maioria, Theresa May não apenas terá a governação dificultada como ficará mais fragilizada, interna e externamente, para negociar a saída da UE.  

Começam a sair as primeiras páginas da imprensa britânica
As primeiras páginas dos jornais britânicos começam a ser divulgadas e todas apontam para a perda de maioria absoluta de Theresa May.








À cautela, não se canta vitória nem derrota
Até ao momento escasseiam as reacções de políticos e líderes dos principais partidos, excepção feita a Tim Farron, líder do Lib Dem, que veio insistir na garantia de que os liberais-democratas não estão disponíveis para negociar qualquer tipo de coligação governamental. 

A garantia dada por Farron parece esvaziar um cenário que vinha sendo avançado nos últimos dias, entretanto reforçado imediatamente após as primeiras projecções, e que consiste na formação de uma coligação entre trabalhistas (266), nacionalistas escoceses (34) e liberais democratas (14), que segundo a projecção da BBC somam um total de 314 mandatos, precisamente o mesmo número projectado para os conservadores. 
No meio da incerteza, certa para a "vitória" de Corbyn

Quando em Abril foram antecipadas as eleições inicialmente previstas para 2020, Jeremy Corbyn aparecia como um candidato muito fragilizado. Eleito líder do Partido Trabalhista em 2015, Corbyn teve de enfrentar nestes dois anos uma grande divisão no seio do "labour", que provocou eleições internas em Setembro que voltou a vencer. 

Contudo, a distância nas sondagens relativamente a Theresa May (chegou a ser superior a 20 pontos percentuais) fazia antever uma enorme derrota de Corbyn, o que desencadeou um conjunto de movimentações internas com vista à sucessão do "esquerdista" que fez o partido regressar a uma posição ideológica anterior à terceira via de Tony Blair. 

Porém, as projecções apontam para um resultado positivo (266 assentos) para Jeremy Corbyn, que poderá evitar a reconquista de uma maioria por parte dos conservadores e melhorar o resultado conseguido em 2015 pelo "labour" (232 mandatos). 

George Osborne sugere que May deve demitir-se

George Osborne, ex-ministro das Finanças britânico, disse na ITV News que, em seu entender, Theresa May deverá demitir-se se as projecções à boca das urnas se revelarem acertadas.

Nas primeiras projecções, divulgadas às 22:00 (mesma hora em Lisboa) assim que encerraram as urnas, o partido Conservador de Theresa May terá conseguido 314 assentos. Se assim for, perde duplamente, já que não consegue a desejada maioria absoluta (conseguida a partir de 326 assentos) e fica numa posição pior do que aquela com que partiu para estas eleições gerais – neste cenário, com efeito, perde 17 assentos.

No entanto, é muito cedo para conclusões. Porque se May mantiver a maioria absoluta no Parlamento dificilmente deixará de continuar como primeira-ministra.  

Alternativas para desbloquear um Parlamento "pendurado"
Alternativas para desbloquear um Parlamento 'pendurado'

Perante a possibilidade de nenhum partido obter uma maioria absoluta, a revista Economist recorda que em tal caso cabe ao "governo incumbente" assegurar a governação enquanto não tiver uma maioria contrária na câmara baixa e até que surja uma "alternativa clara" no Parlamento.

Relativamente ao tipo de governo possível num cenário de inexistência de uma maioria parlamentar, existem três possibilidades.

A primeira consiste na formação de um partido uni-partidário e minoritário no Parlamento, suportado em sede parlamentar por outro ou outros partidos com base em medidas e políticas discutidas caso a caso.

Uma segunda hipótese consiste num acordo inter-partidário de governo, em que um determinado partido forma um executivo apoiado no parlamento por outra(s) força(s) com que tenha chegado a acordo. Por sua vez, o partido ou partidos que apoiem a solução governativa encontrada comprometem-se a votar favoravelmente a proposta de governo e a votar contra eventuais moções de desconfiança, vendo, em troca, algumas das suas propostas incluídas no programa de governo.

A terceira alternativa assenta numa coligação governativa tradicional, suportada no Parlamento pelos deputados dos partidos que a integram, como é exemplo a coligação entre Conservadores e liberais-democratas formalizada em 2010.

De realçar ainda que o sistema eleitoral estabelecido pela monarquia parlamentarista britânica não retira impede que um partido que não tenha sido o mais votado forme governo. Ou seja, tal como aconteceu em Portugal depois das legislativas de 2015, o governo pode ser formado pelo partido que não venceu o antecedente acto eleitoral, importando apenas a solução com o mais alargado suporte parlamentar.

Straw: Nem pensar que May pode disputar as próximas eleições
Straw: Nem pensar que May pode disputar as próximas eleições

Jack Straw, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, considera que não há qualquer hipótese de Theresa May poder disputar as próximas eleições.

"[May] está já enfraquecida devido à campanha eleitoral. Se tiver de formar um governo minoritário, nem pensar que poderá disputar as próximas eleições; terá de haver uma mudança de líder [do partido Conservador] ", afirmou, citado pelo The Telegraph.

Verdes confirmam que não apoiam governo conservador
Através do Twitter, a líder dos Verdes, Caroline Lucas, reiterou que o seu partido "nunca irá apoiar um governo 'torie'". Não sendo propriamente uma novidade este posicionamento do partido, fica assim a garantia de que os conservadores não poderão esperar conseguir garantir o suporte dos Verdes à formação de um novo executivo. 

Os Verdes, assim como o Lib Dem, rejeitam a abordagem dos conservadores e dos próprios trabalhistas em relação à saídad da UE. Tal como liberais-democratas, também os Verdes querem que seja realizado um novo referendo sobre a permanência no projecto europeu. 
Sinn Féin mantém boicote ao parlamento britânico

Gerry Adams, dirigente do Sinn Féin, partido de esquerda da Irlanda do Norte, declarou que o boicote aos trabalhos parlamentares se mantém e que o partido não ocupará os assentos que obtiver nestas eleições.

Em 2015, recorde-se, o Sinn Féin elegeu quatro deputados. Por não aceitar a soberania britânica, não exerce os seus lugares, pelo que não participa nos trabalhos do parlamento. 

Em declarações à UTV, Gerry Adams declarou que é ainda "muito cedo para previsões", mas que o Brexit será a grande questão que daqui surgirá. "May quis um mandato para um Brexit duro e falhou", referiu na sua conta oficial do Twitter.

Terceiro abalo nos mercados em menos de um ano

23 de Junho de 2016, 8 de Novembro do ano passado e 8 de Junho de 2017, três datas separadas por menos de um ano e que geraram grande incerteza nos mercados. Primeiro foi o referendo britânico à saída da UE, seguiu-se a vitória de Donald Trump nas presidenciais americanas e, agora, as eleições gerais antecipadas no Reino Unido.

Nos primeiros dois casos, as sondagens apontavam (embora não com margens substanciais) para resultados contrários ao que veio a verificar-se e, nas eleições desta quinta-feira, as projecções também antecipam uma vitória de May sem maioria, o que contraria a generalidade dos estudos de opinião que apontavam para uma maioria dos conservadores.

Citado pelo Financial Times, Geoffrey Yu, chefe do Gabinete de investimento do UBS no Reino Unido, admite que "a noite ainda é uma criança", mas já vai notando ser "evidente que os mercados não estavam posicionados para isto", referindo-se à expectativa de vitória de May sem maioria absoluta.
O que significa "mais incerteza", diz Yu. Um dos efeitos desta incerteza foi a imediata desvalorização da libra após a divulgação das primeiras projecções à boca das urnas, sendo que a divisa britânica está ainda distante do mínimo contra o dólar registado no pós-Brexit. 

Labour admite governar mas sem coligação
O Partido Trabalhista, através da responsável do partido para os Negócios Estrangeiros, Emily Thornberry, já veio colocar de parte a possibilidade de o labour formar uma qualquer coligação de governo.

Contudo, Emily Thornberry sinalizou a hipótese de trabalhistas governarem em minoria. No entender desta responsável trabalhista, tudo indica que a estratégia de Theresa May foi um tiro que saiu pela culatra, já que não só não deverá reforçar a maioria como pretendido como deverá ficar sem ela. Assim, resta uma solução, "ir-se embora", defende Thornberry. 

O labour junta-se assim Lib Dem na rejeição à formação de coligações. Também os Verdes parecem rejeitar tal hipótese, pelo menos uma eventual coligação com conservadores. Dos principais partidos, apenas os nacionalistas escoceses (SNP) se mostram disponíveis para coligações.
Com 36 de 650 circunscrições fechadas, trabalhistas à frente
Com 36 de 650 circunscrições fechadas, trabalhistas à frente
Quando está concluída a contabilização dos votos em 36 dos 650 círculos eleitorais, o Partido Trabalhista segue na frente com 22 mandatos garantidos. O Partido Conservador venceu em 10 circunscrições e os nacionalistas escoceses num. 

Há que realçar, ainda assim, que a maior parte dos mandatos já atribuídos dizem respeito a circunscrições tradicionalmente favoráveis aos trabalhistas, designadamente no norte de Inglaterra.
Vice-líder trabalhista diz que Boris Johnson já deve estar a "afiar a sua faca"

Tom Watson, vice-líder do Partido Trabalhista, disse em entrevista à BBC que já consegue ver "Boris Johnson a afiar a sua faca" no sentido de concorrer à liderança do Partido Conservador contra Theresa May.

Theresa May quer garantir estabilidade

A primeira-ministra já falou e disse que pretende manter-se em funções para garantir "um período de estabilidade".

"Nesta altura, mais do que nunca, este país precisa de um período de estabilidade. E se, conforme tudo indica e se isso estiver correcto, o Partido Conservador tiver sido o que obteve mais assentos, e provavelmente mais votos, então cabe-nos garantir que teremos esse período de estabilidade e será precisamente isso que faremos", declarou May, citada pelo The Guardian.

Ao falar de um período de estabilidade, e ao sublinhar que os conservadores ganharam mais assentos no Parlamento, May estava a declarar o direito do Partido Conservador de tentar formar um governo minoritário, salienta o The Guardian.

Mas, refere o jornal britânico, "o aspecto verdadeiramente impressionante foi o facto de May ter falado em termos do que o Partido Conservador fará, em vez de dizer o que fará ela a título pessoal". É como se a primeira-ministra não tivesse ainda tomado decisões finais, mas estivesse a preparar-se mentalmente para abrir caminho a um sucessor, acrescentou.

Novas projecções dão 321 assentos aos conservadores

As previsões mais recentes da Press Association apontam para uma subida dos Tories face às primeiras projecções, com os conservadores a conseguirem 321 deputados (precisam, contudo, de 326 para a maioria absoluta), contra 314 nas projecções às 22:00.

Já para o Labour apontam para 260 assentos (contra 266 estimados assim que fecharam as urnas).

221 assentos para os Tories

Às 04:07 (mesma hora em Lisboa), com 501 das 650 circunscrições fechadas, os conservadores já conseguiram passar à frente dos trabalhistas, contando com 221 assentos, contra 219 deputados para o partido de Corbyn.

Corbyn desafia May a dar lugar a governo trabalhista

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, convidou Theresa May, a dar lugar a um governo do Labour.

"Se há uma mensagem do resultado desta noite é o seguinte: a primeira-ministra convocou a eleição porque ela queria um mandato. Mas o mandato que tem é perda de assentos, é perda de votos, é perda de apoio e perda de confiança. Penso que é suficiente para se ir embora e dar lugar a um governo que seja representativo das pessoas deste país", afirmou em Islington, citado pela Lusa, após o anúncio da sua reeleição para deputado.

Mais primeiras páginas divulgadas
Com o decorrer da noite, vão surgindo mais primeiras páginas da imprensa britânica, com uma clara referência a um "tiro no pé" por parte de May ao ter convocado eleições antecipadas.


Irlanda do Norte: DUP com 10 assentos e Sinn Féin com 7

Na Irlanda do Norte já saíram os resultados finais, com o Sinn Féin a reconquistar as circunscrições de Fermanagh e South Tyrone aos unionistas do Ulster.

O resultado total é de 10 assentos para o DUP (Partido Unionista Democrático, que ganha assim mais dois deputados) e de 7 para o Sinn Féin (que conquista assim mais 3) – este último, recorde-se, continua a boicotar Westminster, pois não participa nos trabalhos parlamentares.

Este resultado deixa o DUP numa posição bastante fortalecida em termos de, potencialmente, poder ajudar a formar o próximo governo, frisa o The Guardian.

A Irlanda do Norte conta com 18 assentos no parlamento britânico. O 18.º foi para a independente Sylvia Hermon. Os partidos SDLP e UUP saem do mapa de Westminster.

5 ministros perderam assento
5 ministros perderam assento

Neste momento, um total de cinco ministros de Theresa May já perderam os seus assentos, salienta o The Telegraph:

Ben Gummer, ministro do gabinete da primeira-ministra e tesoureiro-mor

Jane Ellison, secretária de Estado do Tesouro responsável pelas Finanças

James Wharton, secretário de Estado, Ministério do Desenvolvimento Internacional

Gavin Barwell, ministro-Adjunto da Habitação e do Planeamento, responsável por Londres

Rob Wilson, secretário de Estado da Sociedade Civil

Salmond e Robertson perdem os seus assentos na Escócia

O ex-primeiro-ministro escocês Alex Salmond perdeu o seu assento em Gordon, naquele que foi um dos maiores choques da recente história eleitoral, como lhe chama o The Guardian.

Salmond, que foi também líder do Partido Nacional Escocês (SNP), perdeu para o conservador Colin Clark.

Com uma carreira de 30 anos no governo nacional escocês (em Holyrood) e no parlamento britânico (em Westminster), Salmond era uma das figuras mais duradouras da política moderna da Escócia.

Falando sobre a sua derrota, disse que a sua carreira parlamentar foi "o privilégio da minha vida". "Estou grato por esses tempos", afirmou, citado pelo The Guardian.

O jornal britânico refere que apesar de o SNP estar a caminho de ter o maior número de assentos escoceses, esta derrota de Salmond foi um duro golpe. Também Angus Robertson perdeu o seu assento no círculo de Moray.

Nicola Sturgeon depara-se assim com a maior decisão política da sua carreira, numa altura em a actual primeira-ministra escocesa que tem de absorver este choque das derrotas de Salmond, seu mentor e ex-líder, e Robertson, seu vice no SNP.

"Com os resultados nacionais a apontarem para um parlamento ‘suspenso’, Nicola Sturgeon irá deparar-se com fortes pressões para deixar cair a pretensão de realizar um segundo referendo pela independência, para poder assim integrar uma aliança anti-Tory com os trabalhistas e os liberais democratas em Westminster", diz o mesmo jornal.

Temos um 'parlamento suspenso' [hung parliament] quando nenhum dos partidos consegue maioria absoluta.

Participação mais alta desde 1997 numas eleições gerais

Quando faltam apenas 27 assentos para preencher, a participação nestas eleições está em 68,6%, a mais alta numas legislativas britânicas desde 1997.

Nunca houve tantas deputadas
Nunca houve tantas deputadas

Até ao momento, foram eleitas 192 deputadas – um máximo de sempre, segundo a Press Association. Havia 191 mulheres no último parlamento, representando 29,4% dos deputados.

Confirma-se o 'parlamento suspenso'

Está confirmado o ‘parlamento suspenso’ (hung parliament), situação que se verifica quando nenhum partido obtém maioria absoluta. O Partido Conservador terá ganho, mas é já uma certeza que não vai conseguir os 326 assentos necessários, dos 650 existentes, para ter maioria absoluta.

Com efeito, com 307 assentos e com apenas 18 por definir, os Tories já não conseguem os 326 deputados.

May fala às 10:00 e pode demitir-se

O Coffee House, blog do The Spectator, diz que Theresa May vai falar às 10:00 e que poderá anunciar a sua demissão.

Miliband: May não pode negociar o Brexit

Ed Miliband, ex-líder dos trabalhistas, diz que a autoridade de Theresa May foi destruída e que esta não poderá negociar o Brexit.

Citi espera que May se demita
Citi espera que May se demita

Analistas do banco Citi, citados pela BBC, dizem esperar que Theresa May se demita hoje do cargo de primeira-ministra.

Segundo os mesmos analistas, o parlamento suspenso torna mais provável do que nunca um ‘soft’ Brexit (uma saída suave da União Europeia, o que significa ficar no mercado único) e um Brexit caótico, em simultâneo.

'Hard' Brexit no caixote do lixo

George Osborne, ex-ministro das Finanças britânico, disse na ITV News que "o ‘hard’ Brexit [Brexit duro] foi parar ao caixote do lixo esta noite".

"Theresa May vai provavelmente ser uma das pessoas a ocupar o cargo de primeiro-ministro por menos tempo na nossa história", declarou.

Conservadores perdem 3 assentos no País de Gales

Os resultados finais do País de Gales já saíram e o partido de Theresa May perdeu três deputados, sublinha o The Guardian.

Nigel Farage alarmado

Diz o The Guardian que Nigel Farage, ex-líder do partido britânico anti-europeísta Ukip, está alarmado com a possibilidade de o Brexit "ir por água abaixo". No seu entender, o ministro responsável pelas negociações do Brexit, David Davis, está a fazer cedências.

"O artigo 50.º [que desencadeia a saída de um Estado-membro da União Europeia] foi accionado e estávamos a seguir o nosso caminho. May pôs tudo isto em risco. Até mesmo David Davis está agora a fazer concessões relativamente ao Brexit", afirmou Farage na sua conta do Twitter.

SNP perde 21 assentos na Escócia

O Partido Nacional Escocês (SNP) conseguiu a maioria dos assentos (35), mas sofreu um forte revés ao perder 21 deputados. Já os conservadores, com 13 deputados, registaram um ganho de 12. Os trabalhistas conquistaram 6 assentos, ficando com um total de 7, ao passo que os liberais democratas passaram de 1 para 4 deputados.

"Com os resultados nacionais a apontarem para um parlamento ‘pendurado’, Nicola Sturgeon [primeira-ministra da Escócia, do nacionalista SNP] irá deparar-se com fortes pressões para deixar cair a pretensão de realizar um segundo referendo pela independência, para poder assim integrar uma aliança anti-Tory com os trabalhistas e os liberais democratas em Westminster", frisa o The Guardian.

Eis os resultados finais na Escócia sistematizados pela Press Association:

Nigel Evans: demos um tiro na cabeça

O deputado conservador Nigel Evans comentou, em declarações à BBC, que o seu partido não deu um tiro no pé, mas sim um tiro na cabeça.

Atraso nas conversações sobre o Brexit?

O comissário europeu do Orçamento, Guenther Oettinger, disse não estar certo se as negociações sobre o Brexit - com início previsto para daqui a 10 dias - poderão começar a tempo e horas, dada a situação de parlamento suspenso no Reino Unido.

Em declarações à rádio alemã Deutschlandfunk, citadas pela BBC, disse que um fraco negociador britânico poderá dar origem a um resultado medíocre.

Ministros pedem a May para não desistir

O editor de política da ITV News, Robert Peston, diz que os ministros de May lhe estão a pedir para não se demitir, recordando-a que nas eleições gerais de 2010 David Cameron teve apenas 36% dos votos, quando May conseguiu 43%.

Nas eleições de 2010, recorde-se, o partido conservador de Cameron obteve 306 assentos. Deu-se assim também uma situação de parlamento suspenso por nenhum partido ter conseguido a maioria na Câmara dos Comuns. 

Já só faltam 5 círculos eleitorais

Só já falta apurar os resultados de cinco circunscrições: Kensington, St. Ives, St. Austell & Newquay, Cornwall North e Cornwall South East.

De cada círculo eleitoral sai um deputado. Os conservadores estão neste momento com 314 assentos e os trabalhistas com 261.

Eleito o primeiro deputado britânico sikh

Tan Dhesi foi eleito deputado pelos trabalhistas, sendo o primeiro membro da comunidade sikh, e que usa turbante, a integrar o parlamento britânico, sublinha um jornalista da BBC.

Kensington interrompe contagem

Os responsáveis pela contagem de votos no círculo eleitoral de Kensignton estão exaustos, pelo que lhes foi dito que fossem para casa descansar, avança o The Guardian.

Com o resultado "por um fio" entre a conservadora Victoria Borwick e a trabalhista Emma Dent Coad, a contagem foi suspensa sem resultados e retomará esta sexta-feira ao final do dia ou talvez no sábado, refere o mesmo jornal.

Libra afunda para mínimos de Janeiro

A moeda do Reino Unido mantém a tendência do after-hours e está agora a desvalorizar quase 2% face ao dólar e ao euro, negociando no valor mais baixo desde Janeiro contra a divisa europeia.

Depois de relatos de que Theresa May poderia anunciar esta manhã a sua demissão, surgem novas informações que apontam no sentido de a primeira-ministra querer permanecer, podendo tentar formar governo com os unionistas da Irlanda do Norte - mas toda esta incerteza está a deixar os mercados bastante nervosos, num contexto de 'parlamento suspenso', que cria grande instabilidade política.

FTSE 100 abre em alta

O índice bolsista britânico de referência, o FTSE 100, abriu inesperadamente em alta, a subir mais de 1% para 7.528,32 pontos. O índice está a ser impulsionado pelas empresas exportadoras, que beneficiam com o facto de a libra estar a descer perto de 2% para mínimos de Janeiro. Nas praças europeias a tendência também é de ganhos.


No entanto, o FTSE 250 – que é composto por empresas de menor dimensão – segue a perder perto de 0,5% para 19.649,95 pontos.

Ninguém correu a procurar refúgio. Ouro e iene caem

Joshua Mahony, do departamento de negociação da IG, salienta o facto de tradicionais valores-refúgio em tempos de incerteza, como o ouro e o iene, estarem a desvalorizar.

"Algo que pressentimos como uma catástrofe… afinal ninguém parece importar-se com isso, a não ser o Reino Unido", refere o mesmo operador, citado pela jornalista Jill Treanor do The Guardian.

As imagens da noite eleitoral
As imagens da noite eleitoral
BBC diz que May não se demite
A BBC está a noticiar que Theresa May não se pretende demitir. Fechada dentro do n.º 10 de Downing Street, a primeira-ministra está a estudar como poderá negociar com o DUP uma solução governativa. A televisão britânica explica que o receio entre os conservadores é que uma nova liderança no partido exija novas eleições, algo que não seria desejável neste momento para os tories. A situação é "fluída", mas o cenário mais provável é May ficar.

Resultados surpreendem mas não põem 'Brexit' em causa
O primeiro-ministro francês afirmou hoje que os resultados das eleições legislativas no Reino Unido, em que os conservadores perderam a maioria absoluta, constituem uma "surpresa", mas não colocam "em causa" a posição dos britânicos relativamente ao 'Brexit'.

"Os britânicos expressaram-se, votaram, deram uma maioria ao partido conservador, mas essa maioria é relativa, o que constitui, em muitos aspetos, uma surpresa", declarou Edouard Philippe à rádio Europe 1.

No entanto, "eu não acho que leio o resultado desse escrutínio como colocando em causa aquilo que foi a posição expressa de forma soberana pelos britânicos sobre o 'Brexit'", disse.
Corbyn: “Estamos preparados para servir o país”
Numa entrevista à BBC, Jeremy Corbyn garantiu estar preparado para tentar formar Governo. "Estamos preparados para servir o país", afirmou. "Todos conseguem ver o aumento do nosso apoio, devido à forma como conduzimos a eleição e devido ao programa que apresentámos."

O líder trabalhista também voltou a pedir a demissão de Theresa May. "Foi uma decisão dela convocar esta eleição, era o nome dela que estava lá; ela disse que o estava a fazer para ter um governo mais forte e mais estável. Bom, esta manhã não parece ser um governo forte, não parece um governo estável, não parece um governo que tenha qualquer tipo de programa."

Sobre o seu próprio resultado, Corbyn notou que os trabalhistas ganharam lugares no Parlamento por todo o país e que o partido e quem o apoiou "devem estar orgulhosos daquilo que alcançaram".
DUP: "Será difícil para May sobreviver"
Se alguns pensavam que o DUP (Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte) poderia ser a tábua de salvação de Theresa May nesta manhã difícil pós-eleições, as coisas podem não ser assim tão simples. Há minutos, a líder do partido, Arlene Foster teve palavras duras para a primeira-ministra. "Será difícil para ela sobreviver, dado que no início da campanha, que parece ter sido há muito tempo, assumia-se que ela voltaria com mais 100 [deputados] em termos de maioria", afirmou à BBC. 

"Agora, na posição em que estamos hoje, será uma noite muito difícil para ela."

Foster disse que ainda é demasiado cedo para dizer o que pretendem fazer em relação às negociações com os conservadores no sentido de formar um governo maioritário. "Haverá contactos durante o fim-de-semana, mas ainda é demasiado cedo para decidir o que vamos fazer."
May sem maioria não abala bolsas mas afunda a libra
May sem maioria não abala bolsas mas afunda a libra

As bolsas europeias estão a reagir de forma positiva à vitória, sem maioria absoluta, de Theresa May nas eleições. Os juros estão em queda ligeira enquanto a libra já atingiu mínimos desde a eleição de Trump. Veja aqui como estão a reagir os mercados ao rescaldo das eleições no Reino Unido.

 

O que mudou no Parlamento britânico
Como estava e como ficou o Parlamento do Reino Unido?

Olha a pressão da UE a chegar...
O resultado da eleição britânica parece enfraquecer a posição negocial do Reino Unido no processo de saída da União Europeia. Com um parlamento dividido, o governo (qual?) pode precisar de mais tempo para começar a discutir os termos do Brexit com a União Europeia.

Pelos vistos, isso não incomoda a UE. Desde que as negociações terminem no prazo de dois anos que está definido. Donald Tusk, presidente do conselho europeu, e Michel Barnier, responsável comunitário pelas negociações do Brexit:
 
Schulz dá os parabéns a Corbyn
Martin Schulz, principal adversário de Angela Merkel nas eleições alemãs deste ano, já deu os parabéns a Jeremy Corbyn pelo resultado eleitoral alcançado e disse esperar que este escrutínio marque o fim do posicionamento anti-europeu de Theresa May.
May vai pedir à rainha Isabel II permissão para formar governo
Dentro de algumas horas (12h30), Theresa May irá deslocar-se ao Palácio de Buckingham para pedir autorização à rainha Isabel II para formar governo. A confirmação foi dada por Downing Street.

Os conservadores perderam 12 lugares no parlamento, deixando-os com uma maioria ainda mais frágil. Estão a oito lugares da maioria.

May chegou a acordo com o DUP para formar Governo
Theresa May chegou a acordo com o DUP para formar Governo, noticia o Guardian. Depois de serem conhecidos os resultados da eleição, os conservadores iniciaram conversas com o Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte. O Guardian escreve que os conservadores decidiram avançar por este caminho perante o risco de Jeremy Corbyn ser primeiro-ministro. 

"Queremos que haja um governo. Temos trabalhado bem com a May. A alternativa é intolerável. Enquanto Corbyn liderar o Partido Trabalhista, vamos garantir que o primeiro-ministro é conservador", diz uma fonte do DUP ao Guardian.

Nuttal demite-se da liderança do Ukip

Paul Nuttall demitiu-se esta manhã de líder do Ukip, depois de não ter sido capaz de ganhar um único lugar no parlamento britânico. "Tem de começar uma nova era, com um novo líder", afirmou.

A saída de Nuttall permitirá eleger um novo líder no congresso do partido em Setembro, o terceiro acto eleitoral nos independentistas no espaço de um ano.

Syriza compara perda de votos de May com situação em Portugal

O partido que governa na Grécia, a formação de extrema-esquerda Syriza, apelida o resultado eleitoral de May como uma "grande derrota" que põe em causa as políticas austeritárias.

"Esta tendência de questionar as políticas de forte austeridade está agora a consolidar-se em todo o mundo. (...) Vimo-lo nos EUA com Bernie Sanders, na Europa - primeiro no Sul, com o Syriza, depois em Portugal e em Espanha. E em França com Mélenchon," afirmou Dimitris Tzanakopoulos, representante do partido, citado pelo Guardian.

Merkel não comenta resultados
Merkel não comenta resultados
O governo alemão recusou comentar os resultados da eleição desta quinta-feira.

"É claro que o governo seguiu com muita atenção a eleição, como sempre faz em relação a parceiros tão próximos e importantes, mas não comentamos o resultado enquanto o processo de formação de Governo se desenrola," disse uma porta-voz do governo germânico.

Sobre as negociações do Brexit, o executivo de Merkel diz que nada mudou, pedindo que as conversações comece o mais depressa possível porque o prazo de dois anos para finalizá-las já se iniciou.
Juncker pronto a começar negociações "amanhã às 9 e meia da manhã"

A manhã de pressão da União Europeia para que o Reino Unido acelere o início das negociações do Brexit traz mais uma voz, desta vez a do líder do executivo comunitário. 

Jean-Claude Juncker quer que as conversações comecem tão breve quanto possível e diz estar pronto para o fazer "amanhã de manhã às 9 e meia."

Afinal, quem são os futuros parceiros de May
Afinal, quem são os futuros parceiros de May
Conservadores nos costumes, cépticos nas alterações climáticas, querem devolver o "orgulho" à Irlanda do Norte e reconstruir o território com novas infra-estruturas. É assim o DUP, o partido com que os Conservadores se deverão aliar.

A curiosidade em torno do Democratic Unionist Party fez disparar as pesquisas pelo partido no Google nas últimas horas e o um elevado número de acessos tem tornado difícil entrar no seu site, mydup.com.


Liberais-democratas negam acordo a May e diz que entendimento com DUP é "coligação do caos"

O líder dos liberais-democratas, Tim Farron, excluiu qualquer hipótese de coligação ou acordo de governo com os conservadores, apelidando o executivo que Theresa May se prepara para formar com o apoio dos unionistas da Irlanda do Norte como sendo um "coligação de caos".

"A ausência de um acordo é melhor do que um mau acordo," afirmou o responsável que pediu a May que se demita.

Farron defendeu ainda que o governo que sai destas eleições é "mais fraco e menos estável quando o nos preparamos para embarcar nas negociações mais complexas da nossa história." Ainda referindo-se ao Brexit, pediu que as negociações com Bruxelas sejam suspensas até que May explique o que procura conseguir.

"Theresa May desencadeou a eleição na expectativa que fosse uma coroação," acrescentou, apontando o dedo à candidata conservadora pela sua "arrogância e vaidade" e considerando que sai diminuída das eleições: "Devia estar envergonhada". 

Nas eleições em que reforçaram a presença no parlamento - mais três posições, para 12 membros no total -, Farron prestou homenagem ao anterior líder do partido, Nick Clegg, que não foi eleito.

"É um herói para mim," afirmou, reconhecendo que o partido pagou um preço alto na coligação com os conservadores em 2010. "O país estava à beira do precipício. Por causa de Nick Clegg sobreviveu e floresceu," disse.

Theresa May já vai a caminho de Buckingham Palace
A candidata conservadora Theresa May já está a caminho do palácio de Buckingham, onde pedirá autorização à rainha para formar governo.

Aqui, um vídeo de Vincent McAviney, da LBC, na altura em que o carro de May segue a alta velocidade do número 10 de Downing Street para o palácio real.

Theresa May chega a Buckingham Palace

A candidata do partido conservador, o mais votado nas eleições de ontem mas que perdeu a maioria no parlamento, está prestes a reunir-se com a rainha Isabel II, a quem pedirá autorização para formar governo.

Theresa May levará consigo um acordo com os unionistas da Irlanda do Norte, do DUP, que conquistaram dez lugares no parlamento e deverão garantir uma maioria suficiente para viabilizar as propostas do executivo.

May: basta eu perder seis lugares para Corbyn ser primeiro-ministro

Nos dias que antecederam as eleições, Theresa May sublinhou por três vezes que bastava perder seis lugares no parlamento para Jeremy Corbyn ser o futuro primeiro-ministro do Reino Unido. Veja o vídeo do Channel 4 com as três frases da conservadora:

 

UE negoceia 'Brexit' com qualquer Governo ou parlamento britânicos
UE negoceia 'Brexit' com qualquer Governo ou parlamento britânicos
O ministro dos Negócios Estrangeiros português garantiu hoje que a União Europeia negociará a saída do Reino Unido ('Brexit') com qualquer Governo ou parlamento britânicos e estimou que o processo não sofrerá "atrasos substanciais".

"Como ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo português, de um dos 27 Estados-membros que vão começar a negociar as condições da saída com o Reino Unido, [digo] que nós negociamos com toda a boa-fé, defendendo os interesses europeus, mas procurando acautelar a relação futura mutuamente benéfica com o Reino Unido, [e fazemo-lo] com qualquer Governo britânico, com qualquer composição do parlamento britânico", afirmou à Lusa Augusto Santos Silva.


"Nós, os europeus, não precisávamos que a senhora Theresa May tivesse uma maioria reforçada para negociar o 'Brexit'. Nem sequer precisávamos que a senhora Theresa May continuasse primeira-ministra. Isso não é um assunto nosso", considerou Santos Silva, que se escusou a comentar se a líder do Partido Conservador britânico ficou fragilizada na negociação com a União Europeia, após perder a maioria absoluta nas eleições antecipadas que convocou.
PS quer papel mais activo dos trabalhistas nas relações RU/UE

O PS felicita o Partido Trabalhista inglês e o seu líder Jeremy Corbyn pelo resultado alcançado nas eleições que se realizaram quinta-feira no Reino Unido. O PS destaca o facto de Corbyn ter impedido a "renovação da maioria conservadora", bem como o facto de as "propostas trabalhistas para o combate às desigualdades e uma sociedade mais justa" terem conseguido um "vasto acolhimento" entre os eleitores britânicos. Os socialistas liderados por António Costa defendem que "estas eleições demonstram a necessidade de uma nova atitude nas negociações sobre a relação futura entre o Reino Unido (RU) e a União Europeia (UE) onde o Partido Trabalhista deverá participar activamente e com responsabilidade".

Segundo referendo à independência na Escócia perde força

A líder do partido nacionalista escocês (SNP), Nicola Sturgeon - que perdeu 19 lugares no parlamento na eleição de ontem - admitiu que o resultado eleitoral teve um impacto nos seus planos de convocar um segundo referendo à independência, sinalizando um adiamento desta pretensão. 

May termina reunião com a rainha
O encontro da líder dos conservadores com a rainha Isabel II já terminou. Ambas estiveram reunidas durante cerca de 20 minutos. A primeira-ministra fala daqui a pouco frente ao número 10 de Downing Street
May vai formar Governo
May vai formar Governo
A líder dos conservadores chegou às 12:51 a Downing Street depois de cerca de 20 minutos reunida com a rainha.

"Vou formar governo", afirmou Theresa May, colocando a tónica no combate ao terrorismo - depois dos atentados de Manchester e de Londres - e nas negociações para o Brexit, mantendo a intenção de iniciar negociações dentro de dez dias.

Além disso, confirmou o acordo com os unionistas do DUP - 10 parlamentares que asseguram a maioria perdida no parlamento com estas eleições, colocando o horizonte dos cinco anos de mandato para" construir um país em que ninguém nem nenhuma comunidade fique para trás."

Theresa May insistiu na necessidade de obter um acordo com sucesso para a saída da União Europeia
"que funcione, para todos, assegurando uma nova parceria com a União Europeia que garanta a nossa prosperidade no longo prazo. Foi nisso que as pessoas votaram em Junho [no referendo]. É isso que entregaremos," defendeu.

"O que o país precisa mais é de certeza. E tendo assegurado a maioria dos votos e o maior número de assentos no parlamento, é claro que apenas os conservadores e os unionistas têm legitimidade e possibilidade para dar essa certeza ao liderar uma maioria na casa dos comuns," afirmou.

"Vamos continuar a trabalhar com os nosso amigos e aliados e com o DUP em particular. Os nossos dois partidos tiveram uma relação forte ao longo de vários anos. Dá-me a confiança de acreditar que vamos conseguir trabalhar juntos no interesse do Reino Unido," disse.

"Agora, vamos ao trabalho," incitou.
Ainda não se sabe para quem vai o último deputado

O resultado da contagem até agora - de acordo com o The Guardian - coloca os conservadores com 318 lugares no parlamento e os trabalhistas com 261 deputados. Mas falta apurar um deputado, que pode vir a ser eleito por trabalhistas ou conservadores.

Em Kensington, a contagem ainda não conseguiu apurar para qual dos dois partidos irá este lugar no parlamento. A BBC refere que os votos serão recontados não antes das seis da tarde, enquanto o Huffington Post já dava como certo que o partido de Jeremy Corbyn tinha conquistado este parlamentar.

Vá para onde for, o partido democrático Unionista - com 10 parlamentares - é a chave para o governo que Theresa May acaba de anunciar, garantindo, com a soma aos - para já - 318 de Theresa May, 328 lugares, mais dois assentos do que é necessário para garantir a maioria.

Parabéns, mas não há tempo a perder
O presidente do Conselho Europeu já felicitou Theresa May pela indigitação para formar governo. Através de uma mensagem no Twitter, Donald Tusk diz que a responsabilidade de Reino Unido e União Europeia é garantir que o Brexit seja o menos destrutivo possível. "Não há tempo a perder," insiste, referindo-se à urgência de iniciar as conversações para a saída de Londres da "família" dos 28.

Sanders "encantado" com votação de Corbyn
O democrata norte-americano Bernie Sanders, que perdeu para Hillary Clinton a nomeação para as presidenciais de Novembro do ano passado, disse-se "encantado" com a votação obtida pelos trabalhistas de Jeremy Corbyn e considerou que os 261 deputados conquistados significam que "o povo está a insurgir-se contra a austeridade (...) e a desigualdade".

A mensagem foi publicada há pouco no Twitter:

CDS: "É muito importante haver Governo para negociar o 'Brexit'"
O CDS-PP destacou hoje ser "muito importante para a Europa" que o Reino Unido tenha já um Governo que "possa começar efetivamente a fazer a negociação do 'Brexit'", destacando a terceira vitória consecutiva do partido Conservador.

Em declarações à agência Lusa sobre o resultado das eleições do Reino Unido - na sequência das quais a primeira-ministra já anunciou a intenção de o partido Conservador formar governo minoritário com apoio dos unionistas da Irlanda do Norte -- o coordenador do CDS-PP na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, Pedro Mota Soares, começou por assinalar "a rapidez com que, na sequência de uma eleição, a partir do partido que ganhou, se consegue ter uma solução de Governo".

"O que é muito importante para a Europa é que o Reino Unido tenha um Governo e que com esse Governo se possa começar efetivamente a fazer a negociação do 'Brexit'. E isso é possível a partir de hoje", destacou.
Unionistas anunciam início das negociações com May
Unionistas anunciam início das negociações com May
A líder do DUP, o partido unionista da Irlanda do Norte que deverá viabilizar o governo de Theresa May, anunciou no Twitter que já falou com a primeira-ministra e que as conversas com os conservadores devem começar em breve.

"A primeira-ministra falou comigo esta manhã e vamos iniciar conversações com os conservadores para explorar como poderá ser possível trazer estabilidade à nossa nação neste momento de grande desafio," afirma Arlene Foster (na foto).


Na publicação, a responsável considera "históricos" os resultados da eleição de ontem - onde teve dez deputados eleitos no seu melhor resultado de sempre -, garantindo a defesa dos interesses da Irlanda do Norte.

"Aqueles que querem separar-nos da União que amamos e de que tanto beneficiamos enviaram uma mensagem clara e inequívoca," escreve Foster, que considera a União a "estrela-guia" do partido.



Número recorde de 206 mulheres eleitas deputadas

As eleições de quinta-feira no Reino Unido resultaram na eleição de um número recorde de mulheres - 206 - para a Câmara dos Comuns, mas ainda representam menos de um terço do total de deputados, refere a Lusa.

 

Na anterior câmara baixa, eleita em 2015, havia 191 mulheres, menos que as 196 eleitas nas legislativas de 2010, segundo a imprensa britânica.

 

As legislativas de quinta-feira, antecipadas três anos, custaram a maioria ao Partido Conservador da primeira-ministra Theresa May, que não conseguiu eleger os 326 deputados necessários para a maioria absoluta. Declarados 649 dos 650 lugares na Câmara dos Comuns, os conservadores elegeram 318, menos 12 dos que tinha no anterior parlamento.

 

May promete reflectir sobre resultados dos conservadores
A primeira-ministra britânica diz que está a reflectir sobre os resultados da eleição desta quinta-feira - em que perdeu a maioria no parlamento - mas que os conservadores são os únicos capazes de formar um governo para conseguir um Brexit bem-sucedido para o país.

"Como somos o partido que ganhou mais assentos e votos somos o único partido em posição para formar um governo. (...) Penso que o importante nas negociações do Brexit (...) é que tenhamos a certeza de um governo que possa levar em diante um plano nessas negociações."

Numa mensagem gravada, citada por meios de comunicação social, Theresa May anuncia que vai escolher brevemente os membros do seu executivo.
Hammond, Boris e Davis mantêm-se no governo
Hammond, Boris e Davis mantêm-se no governo

Phillip Hammond (na foto) vai manter-se como ministro das Finanças no governo de Theresa May e Boris Johnson ficará, como até aqui, na pasta dos Negócios Estrangeiros.

Também David Davis, o ministro com a pasta do Brexit, foi confirmado no lugar esta tarde por downing Street. 

O The Sun refere ainda que Michael Fallon se manterá na Defesa.

Bolsas sobem, libra recua
Bolsas sobem, libra recua

Os investidores em acções não aparentaram mostrar muita preocupação com os resultados das eleições britânicas. O índice europeu Stoxx 600 subiu 0,32%, interrompendo uma sequências de quatro descidas. E o próprio índice de referência da bolsa londrina valorizou 1,04%, beneficiado pelo efeito positivo da descida da libra nas exportadoras e pela recuperação das cotadas do sector mineiro.

A libra ressentiu-se com os resultados das eleições britânicas. A divisa perde 1,71% face à nota verde para 1,2735 dólares. Já esteve a descer 2,47% durante a sessão, o nível mais baixo em dois meses. Os conservadores perderam a maioria absoluta numa altura em que procuravam um mandato mais forte para negociarem os termos da saída da União Europeia, cenário que cria uma maior incerteza política.

Trump considera "surpreendentes" os resultados
O presidente norte-americano disse, a propósito das eleições legislativas britânicas, que os resultados foram "surpreendentes", refere a CNBC.

Uma vez que Trump não elaborou a sua declaração, a imprensa norte-americana tem estado intrigada, sem perceber bem o que queria o republicano dizer com "surpreendentes".
Em Kensington, o assento é para os trabalhistas

O Partido Trabalhista conquistou o assento em Kensington, que era o único círculo eleitoral que faltava apurar. A trabalhista Emma Dent Coad acabou, pois, por levar a melhor sobre a conservadora Victoria Borwick.

O resultado final é, assim, de 318 deputados para os conservadores e 262 para os trabalhistas. 

Macron quer prosseguir esforços conjuntos contra o terrorismo

O presidente francês, Emmanuel Macron, telefonou a Theresa May para lhe dar os parabéns por se manter como primeira-ministra do Reino Unido, salienta o The Guardiam.

Macron disse ainda a May que quer prosseguir os esforços dos dois países no combate ao terrorismo.

Resultado final: Conservadores de May perderam 13 deputados
Resultado final: Conservadores de May perderam 13 deputados

O Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, conseguiu 318 assentos nestas eleições legislativas antecipadas. O objectivo de May era reforçar o seu mandato com vista a um Brexit ‘duro’, pelo que esperava obter pelo menos os 326 lugares necessários na Câmara dos Comuns para garantir a maioria absoluta. Não foi o que aconteceu, mas a primeira-ministra não se demitiu, apesar de sair fragilizada.

Feitas as contas, agora que todos os círculos eleitorais estão apurados, os Tories ganharam 20 deputados mas perderam 33, pelo que o saldo é de uma perda de 13 assentos.

Em contrapartida, os trabalhistas ganharam 32 deputados (perderam assentos em 5 circunscrições, mas conquistaram lugares em 37), tendo ficado com um total de 262 no parlamento britânico.

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Termina aqui a cobertura, ao minuto, das eleições legislativas no Reino Unido. Continue a acompanhar-nos em http://www.jornaldenegocios.pt/

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