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Rangel estende a passadeira de Belém a Rio

O eurodeputado do PSD contesta que o ex-autarca portuense só tenha "perfil de fazedor" e elogia a sua "capacidade de estabelecer compromissos e atingir consensos", que será exigida ao futuro Presidente da República.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Maio de 2015 às 19:42
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Paulo Rangel traçou esta quinta-feira, 14 de Maio, um retrato político que coloca Rui Rio na órbita do Palácio de Belém. Contrariando uma das principais barreiras apontadas ao avanço do ex-autarca portuense nas eleições presidenciais de 2016, rejeitou que Rui Rio apenas tenha um "perfil executivo, de fazedor", considerando antes que ele tem "o carisma dos grandes líderes políticos e dos grandes inspiradores nacionais".

 

Na apresentação do livro "Raízes de Aço", em que o psiquiatra Carlos Mota Cardoso faz um retrato biográfico e intimista de Rui Rio, o eurodeputado do PSD garantiu que o putativo candidato responde também a algumas exigências que se colocarão ao futuro Presidente da República devido à previsível fragmentação parlamentar na próxima legislatura. "Tem capacidade de estabelecer compromissos e de atingir consensos na prevalência do interesse geral, em detrimento do privado", referiu.

 

As dezenas de pessoas que assistiram à sessão num lotado auditório da Fundação Eng. António de Almeida ouviram Paulo Rangel considerar que o ex-presidente da Câmara do Porto "é intransigente na primazia do interesse público" e "combate os poderes fácticos, nunca os poderes políticos legítimos". Lembrando algumas polémicas que se prolongaram pelos três mandatos autárquicos, nomeadamente com os agentes culturais e o FC Porto, Rangel sustentou que Rio "é capaz de ceder e conceder", mas na "sede própria da política, onde maiorias e minorias" advêm da vontade dos cidadãos.

 

E se Paulo Rangel terminou a apresentação convicto de que o visado no livro "é e continuará a ser uma das grandes referências da maioria dos portugueses", o próprio autor do livro deu-lhe um empurrão com as duas mãos para se antecipar a Marcelo Rebelo de Sousa - apontado como o principal rival nas preferências da coligação - e descer ao Palácio de Belém.

 

"O seu perfil ético, a capacidade de decidir pelo sim ou pelo não, e nunca pelo 'nim', a força da sua palavra também o apetrecham para a liderança do Estado. E Portugal precisa urgentemente de um banho completo de ética e de honra. Quem além dele tem características tão nítidas para ser um modelo neste sentido?", questionou o psiquiatra Carlos Mota Cardoso. 

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