Notícia
Rajoy quer continuar a tentar formar Governo
O ainda chefe de Governo afirmou querer trabalhar para "preservar e manter" o acordo político assinado com o Cidadãos (Ciudadanos), apesar de esta sexta-feira ter falhado pela segunda vez a votação para primeiro-ministro.
03 de Setembro de 2016 às 19:24
O líder do Partido Popular espanhol, Mariano Rajoy, defendeu este sábado que tem o direito de continuar a tentar formar Governo com base no acordo assinado com os Ciudadanos, comprometendo-se a trabalhar para o "preservar e manter".
A garantia foi dada por Rajoy na reunião do comité executivo do Partido Popular (PP, direita), que se realizou este sábado, 3 de Setembro, um dia depois de ter fracassado a segunda votação de investidura no parlamento, tendo 180 deputados votado contra e 170 a favor, o mesmo número da votação de quarta-feira.
O actual chefe do Governo em funções e líder do PP teve os mesmos apoios da primeira volta: 137 deputados do PP, 32 do partido de centro-direita Ciudadanos e um do partido regional Coligação Canária. O resto da assembleia votou contra, entre eles os 85 do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e os 71 da coligação da esquerda radical Unidos Podemos.
Em conferência de imprensa realizada após o comité executivo do PP, a secretária-geral do Partido, Maria Dolores de Cospedal, afirmou que Mariano Rajoy contactou, após a votação falhada no parlamento, o presidente dos Ciudadanos, Albert Rivera. A secretária-geral do partido adiantou que a reunião decorreu num clima de "unidade, força, coragem e integridade", considerando que o Partido Popular tem a "legitimidade dos votos" que saíram das eleições de 26 de Junho para continuar a tentar formar Governo.
Já o presidente dos Ciudadanos disse que se deve "tentar de tudo" para evitar terceiras eleições em Espanha e apelou ao PP e PSOE para trabalharem, porque "nada está acima dos espanhóis". Albert Rivera afirmou que uma terceira eleição "não é uma opção" e salientou que vai "tentar tudo" para as evitar.
Por sua vez, o secretário-geral do PSOE, Pedro Sanchez, disse hoje que Espanha necessita "com urgência" de um governo "limpo de suspeitas de corrupção, social, justo e credível". "A nossa palavra foi de que não iríamos permitir que ele (Mariano Rajoy) fosse primeiro-ministro e vamos cumprir", afirmou Pedro Sanchez, num encontro com militantes na Corunha. O secretário-geral do PSOE adiantou que vai contactar, na próxima semana, os líderes do Podemos, Pablo Iglesias, e dos Ciudadanos.
O deputado da coligação da esquerda radical Unidos Podemos Miguel Ángel Bustamante avançou que, depois do "fracasso" da segunda votação de investidura de Mariano Rajoy, é "o momento" do líder do PSOE formar um Governo "progressista", algo para o qual a sua formação será "flexível".
Miguel Ángel Bustamante afirmou aos jornalistas que Pedro Sanchez deve agora formar um Governo "alternativo" contra "a corrupção" de Rajoy. "Ontem foi a crónica de uma morte anunciada", acrescentou o deputado, considerando que há "números e alternativas" para formar um Governo.
Já o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero considerou hoje que a realização de terceiras eleições colocaria em causa a confiança dos cidadãos nos políticos e defendeu um pacto entre as partes para desbloquear a falta de Governo, iniciativa que os eleitores apreciariam.
"Antes de se convocar eleições pela terceira vez, temos que convocar a responsabilidade dos partidos e eu tenho a convicção absoluta de que os cidadãos vão apoiar uma saída diferente do eleitoral", disse Zapatero, sublinhando que a repetição de eleições seria "muito grave".
A garantia foi dada por Rajoy na reunião do comité executivo do Partido Popular (PP, direita), que se realizou este sábado, 3 de Setembro, um dia depois de ter fracassado a segunda votação de investidura no parlamento, tendo 180 deputados votado contra e 170 a favor, o mesmo número da votação de quarta-feira.
Em conferência de imprensa realizada após o comité executivo do PP, a secretária-geral do Partido, Maria Dolores de Cospedal, afirmou que Mariano Rajoy contactou, após a votação falhada no parlamento, o presidente dos Ciudadanos, Albert Rivera. A secretária-geral do partido adiantou que a reunião decorreu num clima de "unidade, força, coragem e integridade", considerando que o Partido Popular tem a "legitimidade dos votos" que saíram das eleições de 26 de Junho para continuar a tentar formar Governo.
Já o presidente dos Ciudadanos disse que se deve "tentar de tudo" para evitar terceiras eleições em Espanha e apelou ao PP e PSOE para trabalharem, porque "nada está acima dos espanhóis". Albert Rivera afirmou que uma terceira eleição "não é uma opção" e salientou que vai "tentar tudo" para as evitar.
Por sua vez, o secretário-geral do PSOE, Pedro Sanchez, disse hoje que Espanha necessita "com urgência" de um governo "limpo de suspeitas de corrupção, social, justo e credível". "A nossa palavra foi de que não iríamos permitir que ele (Mariano Rajoy) fosse primeiro-ministro e vamos cumprir", afirmou Pedro Sanchez, num encontro com militantes na Corunha. O secretário-geral do PSOE adiantou que vai contactar, na próxima semana, os líderes do Podemos, Pablo Iglesias, e dos Ciudadanos.
O deputado da coligação da esquerda radical Unidos Podemos Miguel Ángel Bustamante avançou que, depois do "fracasso" da segunda votação de investidura de Mariano Rajoy, é "o momento" do líder do PSOE formar um Governo "progressista", algo para o qual a sua formação será "flexível".
Miguel Ángel Bustamante afirmou aos jornalistas que Pedro Sanchez deve agora formar um Governo "alternativo" contra "a corrupção" de Rajoy. "Ontem foi a crónica de uma morte anunciada", acrescentou o deputado, considerando que há "números e alternativas" para formar um Governo.
Já o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero considerou hoje que a realização de terceiras eleições colocaria em causa a confiança dos cidadãos nos políticos e defendeu um pacto entre as partes para desbloquear a falta de Governo, iniciativa que os eleitores apreciariam.
"Antes de se convocar eleições pela terceira vez, temos que convocar a responsabilidade dos partidos e eu tenho a convicção absoluta de que os cidadãos vão apoiar uma saída diferente do eleitoral", disse Zapatero, sublinhando que a repetição de eleições seria "muito grave".