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Puigdemont e quatro ex-conselheiros entregam-se à polícia belga

O presidente deposto da comunidade autónoma da Catalunha, Carles Puigdemont, e quatro dos seus ex-conselheiros regionais apresentaram-se voluntariamente num posto de polícia em Bruxelas. Ficaram sob custódia e vão ser ouvidos esta tarde por um juiz de instrução, à porta fechada.

Reuters
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O ex-presidente catalão Carles Puigdemont e quatro seus ex-conselheiros - Antoni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puig e Meritxell Serret -  apresentaram-se voluntariamente num posto de polícia em Bruxelas, acompanhados dos seus advogados, avançou o El País. Ficaram sob custódia e serão ouvidos esta tarde por um juiz de instrução.


O Ministério Público de Bruxelas tinha ordenado esta manhã a detenção do presidente deposto da comunidade autónoma da Catalunha, Carles Puigdemont, e dos seus ex-conselheiros regionais que o acompanhavam na capital belga.

 

A decisão foi tomada antes de o Ministério Público nomear um juiz de instrução para recolher as suas declarações e decidir sobre o mandado europeu de detenção emitido na sexta-feira por Carmen Lamela, juíza da Audiência Nacional, avançou a agência Efe e confirmou ao El País o magistrado Gilles Dejemeppe.

Gilles Dejemeppe, que é também porta-voz do Ministério Público de Bruxelas, afirmou entretanto que tinha já acordado com os advogados a sua entrega e que "os cinco cumpriram o acordado".

 

As audiências de Carles Puigdemont e daqueles seus quatro ex-conselheiros decorrerão "à porta fechada" esta tarde, perante o juiz do tribunal de instrução belga, acrescentou Dejemeppe. O Ministério Público divulgará posteriormente um comunicado de imprensa.

O juiz dispõe de 24 horas para decidir se dá início ao processo de extradição para Espanha, anunciou a Procuradoria belga em conferência de imprensa.


Na quinta-feira, 2 de Novembro, a Procuradoria-Geral espanhola solicitou a prisão preventiva "incondicional" de todos os membros do governo da Generalitat demitidos pelo Executivo de Mariano Rajoy na sequência da declaração unilateral de independência (DUI) da Catalunha. A excepção foi o ex-conselheiro (ex-ministro) Santi Vila, membro do PDeCAt que se demitiu na véspera da proclamação de independência. 


Nesse dia, depois de intimados a depor na Audiência Nacional, estiveram em Madrid os seis ex-conselheiros da Generalitat que não se exilaram na Bélgica, mas só Santi Villa respondeu às questões colocadas pelos procuradores, com os restantes a limitarem-se a responder às perguntas dos seus advogados. 

No dia seguinte, foi emitido o mandato europeu de detenção para Puigdemont e os restantes ex-conselheiros do ex-presidente catalão que se encontravam em Bruxelas.

Puigdemont declarou no dia 31 de Outubro que permanecia na Bélgica por "questão de segurança", considerando não existirem condições para regressar a Barcelona. Afirmou ainda que tinha aceite o desafio de concorrer às eleições na Catalunha agendadas para o próximo dia 21 de Dezembro. O seu partido, o PDeCAT, já tinha confirmado que iria às urnas e aposta em Puigdemont como o seu candidato.



(notícia actualizada às 13:54)

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