Notícia
PSD quer rigor e transparência para que TAP não seja um "Novo Banco com asas"
O PSD apelou hoje ao Governo para que use os recursos públicos na TAP com "rigor, moralidade e transparência" para que a companhia aérea não se transforme num "Novo Banco com asas".
10 de Dezembro de 2020 às 19:00
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República no final de uma reunião com o Governo sobre o plano de reestruturação da TAP, o líder parlamentar do PSD, Adão Silva, afirmou que o Governo espera ter o documento concluído com Bruxelas em fevereiro do próximo ano e apelou a que seja depois divulgado com detalhe aos portugueses.
"Não pode haver opacidade nestas matérias, para opacidade já chegou o contrato com o Novo Banco, que os portugueses não conhecem. O PSD não aceita que a TAP se transforme numa espécie de Novo Banco com asas, esperamos que haja aqui rigor, transparência e moralidade", afirmou.
Adão Silva apontou que o plano "embrionário" que foi apresentado aos sociais-democratas prevê um investimento público de 3,2 mil milhões de euros até 2024.
"É muito dinheiro, exige-se que haja rigor, transparência e moralidade para que os portugueses percebam que valeu a pena fazer este esforço, este sacrifício em nome do sucesso de uma empresa e de Portugal", afirmou.
Questionado se o PSD apresentou ao Governo algumas das suas ideias para o futuro da companhia aérea, Adão Silva afirmou que ainda não existe um plano em detalhe e que só depois de o executivo o apresentar publicamente os sociais-democratas poderão dar os seus contributos.
"Nós estamos expectantes, diria até que estamos pessimistas. Otimistas não estamos, porque estamos confrontados com a necessidade de resgatar uma empresa em falência", afirmou.
Adão Silva reiterou a posição que já tinha sido hoje expressa pelo presidente do PSD, Rui Rio, de que só valerá a pena salvar a TAP se a empresa for rentável no futuro.
"Se é para voltarmos ao mesmo, a meter dinheiros públicos numa espécie de saco sem fundo, é melhor pararmos com isto", afirmou.
Ainda assim, o líder parlamentar do PSD disse esperar que "o plano tenha sucesso e recupere a TAP com um valor realista".
"E que no fim de todo este percurso não venha o Governo, qualquer que ele seja, dizer que as contas estavam erradas e era preciso mais dinheiro", disse.
O Governo está a discutir o plano de reestruturação da TAP com os partidos com assento parlamentar, em reuniões fechadas no parlamento entre quarta-feira e hoje, depois de ter estado reunido na noite de terça-feira em conselho de ministros extraordinário.
A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até hoje é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.
"Não pode haver opacidade nestas matérias, para opacidade já chegou o contrato com o Novo Banco, que os portugueses não conhecem. O PSD não aceita que a TAP se transforme numa espécie de Novo Banco com asas, esperamos que haja aqui rigor, transparência e moralidade", afirmou.
"É muito dinheiro, exige-se que haja rigor, transparência e moralidade para que os portugueses percebam que valeu a pena fazer este esforço, este sacrifício em nome do sucesso de uma empresa e de Portugal", afirmou.
Questionado se o PSD apresentou ao Governo algumas das suas ideias para o futuro da companhia aérea, Adão Silva afirmou que ainda não existe um plano em detalhe e que só depois de o executivo o apresentar publicamente os sociais-democratas poderão dar os seus contributos.
"Nós estamos expectantes, diria até que estamos pessimistas. Otimistas não estamos, porque estamos confrontados com a necessidade de resgatar uma empresa em falência", afirmou.
Adão Silva reiterou a posição que já tinha sido hoje expressa pelo presidente do PSD, Rui Rio, de que só valerá a pena salvar a TAP se a empresa for rentável no futuro.
"Se é para voltarmos ao mesmo, a meter dinheiros públicos numa espécie de saco sem fundo, é melhor pararmos com isto", afirmou.
Ainda assim, o líder parlamentar do PSD disse esperar que "o plano tenha sucesso e recupere a TAP com um valor realista".
"E que no fim de todo este percurso não venha o Governo, qualquer que ele seja, dizer que as contas estavam erradas e era preciso mais dinheiro", disse.
O Governo está a discutir o plano de reestruturação da TAP com os partidos com assento parlamentar, em reuniões fechadas no parlamento entre quarta-feira e hoje, depois de ter estado reunido na noite de terça-feira em conselho de ministros extraordinário.
A apresentação do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia até hoje é uma exigência da Comissão Europeia, pela concessão de um empréstimo do Estado de até 1.200 milhões de euros, para fazer face às dificuldades da companhia, decorrentes do impacto da pandemia de covid-19 no setor da aviação.
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.