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PS continua a liderar apesar de cair há quatro meses consecutivos
Ao fim de quatro meses consecutivos em queda, o PS permanece na frente das intenções de voto com uma vantagem de 1,2 pontos para os dois partidos que compõem a actual maioria governativa, PSD e CDS. Quem mais sobe é mesmo a abstenção que chega aos 40,4%.
O PS permanece à frente das intenções de voto com 36,7% apesar de estar em perda há quatro meses consecutivos, acumulando uma queda de 3,5 pontos face aos 40,2% registados em Outubro.
De acordo com o barómetro mensal da Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, apesar da queda de 0,2 pontos em Fevereiro, os socialistas continuam à frente de uma eventual coligação que venha a ser formada pelo PSD e CDS. O PSD caiu ligeiros 0,7 pontos para os 30,2%, enquanto o CDS avançou 0,6 pontos para os 5,3%. Juntos, os partidos que compõem o actual Executivo ficam a 1,2 pontos do partido liderado pelo autarca lisboeta António Costa.
Ainda assim, a subida do partido de Paulo Portas em Fevereiro permite aos centristas recuperar a quarta posição "roubada" em Janeiro pelo PDR de Marinho e Pinto. O partido do ex-bastonário da Ordem dos Advogados, depois de esta semana o Tribunal Constitucional ter aceite o seu registo oficial, mantém os 5,2% já verificados em Janeiro.
Já a CDU reforça o seu papel enquanto terceiro maior partido do panorama político nacional, subindo 1,5 pontos para os 9,2%. Comportamentos opostos para o Bloco de Esquerda e para o Livre. Na primeira sondagem da Aximage desde a vitória do Syriza nas legislativas gregas, os bloquistas, que se consideram o partido-irmão luso daquela força partidária, garantem uma pequena subida (0,3 pontos) para os 3,8%. Em sentido inverso, o partido liderado pelo ex-eurodeputado do BE, Rui Tavares, cai meio ponto para os 2,5%.
A maior subida cabe, no entanto, à abstenção que sobe 7,5 pontos para os 40,4%, atingindo uma expressão que supera as intenções de voto de qualquer um dos partidos políticos portugueses.
Costa perde terreno para Passos na recolha de confiança para primeiro-ministro
Na comparação da Aximage relativa à personalidade que recolhe a preferência dos portugueses para desempenhar o cargo de primeiro-ministro, o actual secretário-geral do PS, António Costa, tem vindo a perder terreno, há já quatro meses consecutivos, para o actual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Se no primeiro mês em que foi avaliado Costa terá beneficiado da vitória de Setembro nas primárias socialistas, garantindo uma subida superior a 16 pontos que lhe permitiu ultrapassar Passos Coelho, que em Setembro recolhia a preferência dos portugueses face ao antigo líder socialista António José Seguro, os últimos meses têm mostrado uma recuperação de Passos Coelho.
Em Outubro passado, Costa alcançou um pico de 56,2% da preferência dos inquiridos pela Aximage, disparando para uma vantagem de 25,1 pontos sobre Passos, mas desde então caiu quatro meses seguidos para os 44,6% verificados em Fevereiro. Já o actual primeiro-ministro, talvez beneficiando da conjuntura económica mais favorável, tem conquistado terreno alcançando agora 36,1% das preferências para ocupar São Bento.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 608 entrevistas efectivas: 279 a homens e 329 a mulheres; 101 no Interior Centro Norte, 167 no Litoral Centro Norte, 97 no Sul e Ilhas, 166 em Lisboa e Setúbal e 77 no Grande Porto; 159 em aldeias, 211 em vilas e 238 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 4 a 8 de Fevereiro de 2015, com uma taxa de resposta de 83,9%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 608 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.