Pela voz do deputado António Gameiro, o PS referiu-se ao guião da reforma do Estado, apresentado ao final da tarde pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, fazendo notar que “há ali uma agenda escondida” que passa pela “privatização da administração pública e pela entrega da escola e da saúde aos privados”.

O “documento com 112 páginas” surge, para os socialistas, “sem nenhuma perspectiva de quando se concretizarão [as medidas da reforma do Estado]”. “Este Governo demonstrou que não vai fazer reforma nenhuma”, concluiu o deputado.

António Gameiro quis ressalvar que “o PS está sempre disposto para conversar sobre temas que interessam aos portugueses”, mas voltou a repetir a ideia de que o guião apresentado por Paulo Portas não deverá contar com grande colaboração dos socialistas quando acrescentou, em relação ao contributo do PS, que “não sobre intenções vagas para daqui a oito anos”.

Questionado sobre a introdução da regra de ouro na Constituição da República, Gameiro lembrou que o secretário-geral do PS referiu que esta “era para ser incluída na lei de enquadramento orçamental”.