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PS volta a subir e PSD continua em queda

A última sondagem da Aximage confirma duas tendências verificadas nos últimos meses: os socialistas continuam a crescer nas intenções de voto, enquanto social-democratas prosseguem ciclo de perdas. Já o BE cresce perto de um ponto percentual e consolida a terceira posição.

Miguel Baltazar
13 de Janeiro de 2017 às 17:01
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O PS continua a ganhar terreno para o PSD, dispondo de uma vantagem que se situa agora nos 16 pontos percentuais. A sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã mostra que, em Janeiro, as intenções de voto nos socialistas cresceram 1,6 pontos percentuais face ao mês anterior para um total de 41,7%.

 

Em sentido inverso, o PSD regista a maior queda entre os principais partidos do especto político nacional, com os social-democratas a recuarem 2,3 pontos percentuais para 25,1% das intenções de voto. Trata-se mesmo da maior queda do partido liderado por Passos Coelho desde a quebra de 2,6 pontos registada entre Março e Abril do ano passado.

 

Pelo seu lado, o Bloco de Esquerda recupera alguma da margem perdida com um crescimento de quase um ponto para 9,1%, o que permite aos bloquistas consolidarem-se como a terceira força política.

 

Já a CDU (coligação entre PCP e Verdes) perde terreno para o Bloco e vê o CDS aproximar-se. A coligação liderada por Jerónimo de Sousa cede meio ponto para os 6,9%, com os centristas a crescerem ligeiramente para os 6,8%. O estudo da Aximage aponta ainda para uma diminuição da abstenção, que cai dos 35,7% registados em Dezembro para 33,5% no presente mês.

 

Apesar da ligeira subida dos centristas, esta sondagem reforça também a vantagem do PS para os dois partidos da direita que governaram coligados. Se em Dezembro PSD e CDS somavam 34,1% face aos 40,1% então registados pelo PS (uma diferença de seis pontos), em Janeiro a distância entre uma eventual reedição da coligação (31,9%) de direita e os socialistas (41,7%) aumentou para os 9,8 pontos percentuais.

 

Este estudo revela ainda que as expectativas em relação ao actual Governo chefiado por António Costa aumentaram pelo terceiro mês consecutivo, com 41,2% dos inquiridos pela Aximage a considerar que a governação deste Executivo é "melhor do que esperava" e 46,3% a considerarem ser "igual ao que esperava". Apenas 11% dos entrevistados consideram que o desempenho do Governo é "pior do que esperava".

 

Costa é o líder com melhor nota e Centeno considerado o melhor ministro

 

O estudo da Aximage revela ainda que António Costa, secretário-geral do PS, é o líder político que recolhe melhor nota por parte dos inquiridos. O também primeiro-ministro obtém uma avaliação de 15 (escala de 0 a 20). Os outros líderes partidários à esquerda também conseguem nota positiva, enquanto os dois presidentes dos partidos mais à direita têm negativa.

 

Catarina Martins, coordenadora do BE, recebe um 12,2 e Jerónimo de Sousa, secretário-geral comunista, consegue um 10,9. Já a líder do CDS, Assunção Cristas, obtém uma nota de 9,3 enquanto Passos Coelho não vai além de um 5,3.

 

Numa disputa a dois entre António Costa e Passos Coelho, o líder do PS volta a ganhar vantagem sobre o presidente do PSD como aquele que recolhe maior confiança para desempenhar o cargo de primeiro-ministro. 64,3% dos entrevistados têm mais confiança em Costa e 23,7% depositam maior confiança em Passos.

 

Registo ainda para Mário Centeno, uma vez que o ministro das Finanças é não só o governante – exceptuando o primeiro-ministro – com maior notoriedade como é também considerado pelos inquiridos pela Aximage como o melhor ministro. Centeno parece assim passar incólume ao longo e mediático processo em torno da administração da Caixa Geral de Depósitos. O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, é considerado o pior ministro.

 

Marcelo é quase unanimemente avaliado de forma positiva

 

O desempenho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nos últimos 30 dias é avaliado positivamente por praticamente todos os entrevistados pela Aximage. 92,9% consideram que Marcelo tem actuado "bem", 3% dizem que o desempenho tem sido "assim-assim" e também 3% consideram que tem actuado "mal". 

FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efectivas: 287 a homens e 316 a mulheres; 61 no Interior Norte Centro, 79 no Litoral Norte, 106 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 167 na Área Metropolitana de Lisboa e 78 no Sul e Ilhas; 95 em aldeias, 166 em vilas e 342 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 6 a 9 de Janeiro de 2017, com uma taxa de resposta de 79,4%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

 

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