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PS e PCP não pedem audições na comissão de inquérito à ida de Domingues para a CGD

Socialistas e comunistas optaram por não pedir documentação nem audições na segunda comissão de inquérito à Caixa.

Miguel Baltazar/Negócios
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O PS e o PCP decidiram não entregar nenhum pedido de audições e documentação na comissão parlamentar de inquérito à passagem de António Domingues pela presidência da Caixa Geral de Depósitos (CGD). 

"Não vamos apresentar nenhum requerimento. Quem propôs a comissão foi o PSD e o CDS, sabemos de antemão, pela comunicação social, as audições que vão ser propostas. Se virmos que é importante pedir alguma audição ou algum meio de prova, assim o faremos. Mas neste momento não temos intenção de apresentar requerimentos", disse ao Negócios o coordenador do PS para esta comissão, João Paulo Correia.

O PCP adoptou a mesma estratégia. O PCP não irá, para já, requerer qualquer audiência ou documentação, mas não põe de parte a hipótese de o fazer no decorrer dos trabalhos da comissão.

"Sempre dissemos que não havia matéria para inquérito, que esta comissão era um número político do PSD e do CDS", justificou o coordenador do PCP na comissão, o deputado Miguel Tiago, citado pela Lusa.

No entanto, se alguma dúvida surgir durante os trabalhos da comissão, o PCP não afasta usar a possibilidade de solicitar alguma audição ou pedir documentos.

O prazo para entrega de pedidos de audiência e de documentação terminava esta terça-feira. O Bloco de Esquerda e o PSD e CDS já entregaram os requerimentos onde explicam quem querem ouvir e a que documentação querem ter acesso.

A segunda comissão de inquérito foi imposta pelo PSD e CDS que querem esclarecer as condições em que António Domingues foi contratado para presidente da Caixa. 

Na primeira comissão da Caixa, estes dois partidos pediram acesso às comunicações, entre elas SMS, trocadas entre Centeno e Domingues para clarificar se houve acordo entre os dois para que o ex-líder da Caixa estivesse dispensado de entregar declaração de património no TC. Este pedido foi travado pelos partidos da esquerda, levando os da direita a impor uma segunda comissão com o objecto centrado na passagem de Domingues pela Caixa.

O presidente da nova comissão de inquérito, José Pedro Aguiar Branco, não quer que esta seja a comissão dos SMS mas já abriu a porta a que o acesso a este tipo de comunicações seja possível, apesar de no passado o Parlamento ter recusado a consulta de SMS. 

António Domingues assumiu funções a 31 de Agosto e saiu do banco em finais de Dezembro de 2016.

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