Notícia
PS diz que Passos Coelho "decidiu ser piegas"
O porta-voz do Partido Socialista considerou, em declarações à Lusa, que o discurso deste domingo de Pedro Passos Coelho mostra que o líder social-democrata "decidiu ser piegas" e não percebe que há liberdade para falar, mas também para criticar.
03 de Setembro de 2017 às 16:15
"Passos decidiu ser piegas porque não compreende a liberdade; existe para falar e o antigo Presidente da República e Paulo Rangel têm toda a liberdade para falar, mas também há liberdade para criticar, a liberdade é dos dois lados", disse o deputado João Galamba.
Na reacção ao discurso do líder social-democrata no encerramento da Universidade de Verão do PSD, Galamba elencou a resposta em mais dois pontos: o discurso sobre cortes no orçamento público e sobre a recusa em negociar consensos sobre o quadro comunitário de apoio entre 2021 e 2027.
"Parece que Passos Coelho não gosta e preferia que os seus convidados na Universidade de Verão pudessem falar e opinar livremente sem haver a liberdade para criticar aquilo que dizem", disse Galamba.
Sobre o tema dos cortes nos serviços públicos, o porta-voz do PS comentou: "Passos parece baralhado quanto à ideia de cortes, porque o único Governo que fez cortes nos serviços públicos foi o do PSD/CDS e o que este Governo está a fazer é recuperar dos cortes efectuados".
Já quanto à rejeição de um acordo alargado para a utilização dos fundos comunitários no futuro, Galamba disse que a recusa do PSD mostra que Passos Coelho, "além de piegas, parece estar amuado, porque não lida bem com o facto de estar na oposição e parece não querer participar em consensos que são necessários para o futuro".
O deputado acrescentou ser expectável que o período entre 2021 e 2027 "envolva vários Governos", pelo que "era desejável que houvesse um consenso tão alargado quanto possível, mas Passos Coelho pôs-se fora do consenso sem que se percebam os argumentos".
No fundo, continuou, "pode ser a maneira de conceder que vai ser o PS a governar até 2027, portanto exclui-se de qualquer debate, qualquer diálogo e qualquer discussão sobre um horizonte de fundos europeus que é determinante para o país, para a competitividade, coesão e desenvolvimento nacional".
Para o PS, só há duas interpretações para o discurso de Passos Coelho: "Ou entende que estes investimentos são desnecessários, ou então entende que o PS irá provavelmente governar até 2027, mas isso tem de ser o PSD a explicar".
Questionado sobre a razão de propor um acordo para o próximo quadro comunitário de apoio a partir de 2021, e não sobre áreas como a saúde, educação, justiça ou serviços públicos, Galamba respondeu que o problema é que já se sabe o que o PSD pensa sobre essas áreas.
"Nos serviços públicos propôs o encerramento de serviços e o desmantelamento e cortes em todos esses serviços, na segurança social propôs a privatização, na educação propôs que a escola privada tivesse o mesmo tratamento que a escola pública e na saúde propôs que os privados tivessem o mesmo tratamento que o Serviço Nacional de Saúde", exemplificou o deputado.
Assim, salientou, "dificilmente se poderá chegar a qualquer acordo nessa área; as posições são conhecidas e aparentemente incompatíveis entre si".
O presidente do PSD acusou hoje o Governo e a actual maioria de dissimulação e intolerância para quem pensa de forma diferente, questionando se os sociais-democratas não têm direito a expressar a sua opinião.
"Não respeitamos a dissimulação em política e por isso denunciamos [...], não aceitaremos um ambiente de intolerância em que só se discute o futuro segundo a perspectiva do pensamento dominante e em que quem não pensa como quem está no Governo não é bom português, é racista, é xenófobo ou é outra coisa qualquer", criticou Passos Coelho.
Em Castelo de Vide (Portalegre), Passos Coelho acusou também o Governo de ter "as prioridades mal definidas" e classificou como "secundário" um eventual consenso entre PSD e PS sobre as grandes obras públicas.
Na reacção ao discurso do líder social-democrata no encerramento da Universidade de Verão do PSD, Galamba elencou a resposta em mais dois pontos: o discurso sobre cortes no orçamento público e sobre a recusa em negociar consensos sobre o quadro comunitário de apoio entre 2021 e 2027.
Sobre o tema dos cortes nos serviços públicos, o porta-voz do PS comentou: "Passos parece baralhado quanto à ideia de cortes, porque o único Governo que fez cortes nos serviços públicos foi o do PSD/CDS e o que este Governo está a fazer é recuperar dos cortes efectuados".
Já quanto à rejeição de um acordo alargado para a utilização dos fundos comunitários no futuro, Galamba disse que a recusa do PSD mostra que Passos Coelho, "além de piegas, parece estar amuado, porque não lida bem com o facto de estar na oposição e parece não querer participar em consensos que são necessários para o futuro".
O deputado acrescentou ser expectável que o período entre 2021 e 2027 "envolva vários Governos", pelo que "era desejável que houvesse um consenso tão alargado quanto possível, mas Passos Coelho pôs-se fora do consenso sem que se percebam os argumentos".
No fundo, continuou, "pode ser a maneira de conceder que vai ser o PS a governar até 2027, portanto exclui-se de qualquer debate, qualquer diálogo e qualquer discussão sobre um horizonte de fundos europeus que é determinante para o país, para a competitividade, coesão e desenvolvimento nacional".
Para o PS, só há duas interpretações para o discurso de Passos Coelho: "Ou entende que estes investimentos são desnecessários, ou então entende que o PS irá provavelmente governar até 2027, mas isso tem de ser o PSD a explicar".
Questionado sobre a razão de propor um acordo para o próximo quadro comunitário de apoio a partir de 2021, e não sobre áreas como a saúde, educação, justiça ou serviços públicos, Galamba respondeu que o problema é que já se sabe o que o PSD pensa sobre essas áreas.
"Nos serviços públicos propôs o encerramento de serviços e o desmantelamento e cortes em todos esses serviços, na segurança social propôs a privatização, na educação propôs que a escola privada tivesse o mesmo tratamento que a escola pública e na saúde propôs que os privados tivessem o mesmo tratamento que o Serviço Nacional de Saúde", exemplificou o deputado.
Assim, salientou, "dificilmente se poderá chegar a qualquer acordo nessa área; as posições são conhecidas e aparentemente incompatíveis entre si".
O presidente do PSD acusou hoje o Governo e a actual maioria de dissimulação e intolerância para quem pensa de forma diferente, questionando se os sociais-democratas não têm direito a expressar a sua opinião.
"Não respeitamos a dissimulação em política e por isso denunciamos [...], não aceitaremos um ambiente de intolerância em que só se discute o futuro segundo a perspectiva do pensamento dominante e em que quem não pensa como quem está no Governo não é bom português, é racista, é xenófobo ou é outra coisa qualquer", criticou Passos Coelho.
Em Castelo de Vide (Portalegre), Passos Coelho acusou também o Governo de ter "as prioridades mal definidas" e classificou como "secundário" um eventual consenso entre PSD e PS sobre as grandes obras públicas.