Notícia
PS demarca-se de comissão eventual para a dívida proposta pelo PCP
Os deputados socialistas não deverão dar seguimento à proposta do PCP com vista à criação de uma comissão eventual sobre endividamento público e externo nacional, considerando que essa é já a missão da Comissão de Orçamento e Finanças.
23 de Março de 2017 às 14:37
O PS deverá inviabilizar na sexta-feira, no Parlamento, a proposta do PCP para a criação de uma comissão eventual sobre endividamento público e externo nacional, alegando que a Comissão de Orçamento e Finanças tem já essa missão.
Fonte da direcção da bancada socialista disse à agência Lusa que o sentido de voto apenas deverá ficar definido hoje, ao final da tarde, após o debate de urgência requerido pelo PCP sobre dívida pública, mas uma posição favorável em relação a essa iniciativa legislativa dos comunistas "está praticamente afastada".
O deputado independente do PS Paulo Trigo Pereira referiu à agência Lusa que desconhece ainda os termos exactos em que o PCP propõe a constituição de uma comissão eventual sobre a questão da dívida.
Defendeu, no entanto, que a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças tem já o mandato de acompanhar a evolução da dívida e que, por outro lado, pela parte do PS, a análise referente ao endividamento público e externo do país "está feita".
Ou seja, no limite, como adiantou um membro da direcção da bancada socialista, o PS apenas admite que se equacione a possibilidade de a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças criar um grupo de trabalho específico para o acompanhamento da questão da dívida.
Em conferência de imprensa, na passada terça-feira, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, defendeu que o problema do endividamento público e externo do país coloca Portugal numa situação de dependência externa muito significativa e sobretudo com dificuldades em dar resposta a problemas económicos como o apoio aos sectores produtivos".
João Oliveira justificou a proposta do PCP com a necessidade de se dar "um tratamento institucional", ao nível da Assembleia da República, a um "dos constrangimentos centrais que se colocam ao país".
Na sequência dos acordos para a formação do actual executivo, no final de 2015, o PS formou um grupo de trabalho com o Bloco de Esquerda sobre o peso da dívida na economia portuguesa.
Esse grupo de trabalho - do qual fazem parte João Galamba e Paulo Trigo Pereira pelo lado dos socialistas, e Francisco Louçã e Pedro Filipe Soares do lado do Bloco de Esquerda - prepara-se já para elaborar o relatório final.
Fonte da direcção da bancada socialista disse à agência Lusa que o sentido de voto apenas deverá ficar definido hoje, ao final da tarde, após o debate de urgência requerido pelo PCP sobre dívida pública, mas uma posição favorável em relação a essa iniciativa legislativa dos comunistas "está praticamente afastada".
Defendeu, no entanto, que a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças tem já o mandato de acompanhar a evolução da dívida e que, por outro lado, pela parte do PS, a análise referente ao endividamento público e externo do país "está feita".
Ou seja, no limite, como adiantou um membro da direcção da bancada socialista, o PS apenas admite que se equacione a possibilidade de a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças criar um grupo de trabalho específico para o acompanhamento da questão da dívida.
Em conferência de imprensa, na passada terça-feira, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, defendeu que o problema do endividamento público e externo do país coloca Portugal numa situação de dependência externa muito significativa e sobretudo com dificuldades em dar resposta a problemas económicos como o apoio aos sectores produtivos".
João Oliveira justificou a proposta do PCP com a necessidade de se dar "um tratamento institucional", ao nível da Assembleia da República, a um "dos constrangimentos centrais que se colocam ao país".
Na sequência dos acordos para a formação do actual executivo, no final de 2015, o PS formou um grupo de trabalho com o Bloco de Esquerda sobre o peso da dívida na economia portuguesa.
Esse grupo de trabalho - do qual fazem parte João Galamba e Paulo Trigo Pereira pelo lado dos socialistas, e Francisco Louçã e Pedro Filipe Soares do lado do Bloco de Esquerda - prepara-se já para elaborar o relatório final.