Notícia
Portugal defende "realização de eleições livres e justas" na Venezuela
Ministério dos Negócios Estrangeiros "renovou o apelo para que não haja violência" no país e apoiou mensagem da Alta-Representante da UE Federica Mogherini.
23 de Janeiro de 2019 às 23:47
Portugal defendeu, esta quarta-feira, a "realização de eleições livres e justas" na Venezuela, considerando que a vontade de que as mesmas aconteçam foi "inequivocamente manifestada" pelo povo venezuelano. Antes, o Governo também já tinha pedido que fosse respeitada a legitimidade da Assembleia Nacional da Venezuela e o direito à manifestação pacífica, depois de o líder do parlamento, o opositor Juan Guaidó, se ter autoproclamado Presidente interino.
A posição do Executivo foi tornada pública numa publicação na página de Twitter do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "Portugal apoia integralmente a declaração da Alta Representante [ndr: Federica Mogherini] em nome de toda a UE. Renovamos o apelo para que não haja violência e que seja plenamente respeitada a vontade inequivocamente manifestada hoje pelo povo venezuelano para a realização de eleições livres e justas", lê-se na referida rede social. "Os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados", apelou Mogherini.
"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação [da Presidência da República], um governo de transição e eleições livres", disse o presidente do parlamento da Venezuela perante milhares de opositores de Maduro.
O chefe de Estado reagiu, pouco depois, garantindo que continua a ser o líder legítimo do país e acusando a oposição de estar a fomentar golpes imperialistas. "Só o povo dá, só o povo tira", disse, questionando: "Pode autoproclamar-se presidente qualquer um? Ou é o povo que escolhe?" Maduro também anunciou o corte de relações diplomáticas com os EUA.
Em reação imediata, o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu que vai reconhecer Guaidó como presidente e encorajou outros líderes a fazer o mesmo, como foi acontecendo com o passar das horas.
A posição do Executivo foi tornada pública numa publicação na página de Twitter do Ministério dos Negócios Estrangeiros. "Portugal apoia integralmente a declaração da Alta Representante [ndr: Federica Mogherini] em nome de toda a UE. Renovamos o apelo para que não haja violência e que seja plenamente respeitada a vontade inequivocamente manifestada hoje pelo povo venezuelano para a realização de eleições livres e justas", lê-se na referida rede social. "Os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados", apelou Mogherini.
O chefe de Estado reagiu, pouco depois, garantindo que continua a ser o líder legítimo do país e acusando a oposição de estar a fomentar golpes imperialistas. "Só o povo dá, só o povo tira", disse, questionando: "Pode autoproclamar-se presidente qualquer um? Ou é o povo que escolhe?" Maduro também anunciou o corte de relações diplomáticas com os EUA.
Em reação imediata, o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu que vai reconhecer Guaidó como presidente e encorajou outros líderes a fazer o mesmo, como foi acontecendo com o passar das horas.