Notícia
Portas e quatro partidos vão ao congresso do MPLA
O partido do presidente José Eduardo dos Santos reúne-se a partir desta quarta-feira em Luanda no sétimo congresso da sua história. Dos cinco maiores partidos portugueses, só o Bloco não vai marcar presença.
O sétimo congresso do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido do presidente José Eduardo dos Santos, vai começar esta quarta-feira em Luanda e vai receber delegações de quatro partidos portugueses, além do ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas, convidado a título pessoal. Este conclave deverá ser o último antes da saída do presidente angolano, marcada para 2018, e poderá dar passos na escolha do seu sucessor.
Oficialmente, o MPLA diz que o congresso terá como principal objectivo analisar os "desafios que se colocam aos angolanos e ao partido nos próximos tempos", dedicando também "uma atenção muito particular ao momento que o país está a viver", nomeadamente a nível económico, devido à crise provocada pela queda dos preços do petróleo, que está a fazer o crescimento abrandar.
De Portugal seguem pelo menos quatro delegações partidárias, e também Paulo Portas, que, de acordo com o Diário de Notícias desta terça-feira, recebeu um convite a título pessoal do partido de José Eduardo dos Santos. Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas esforçou-se por cultivar as relações bilaterais com Luanda e chegou a pedir que se evitasse "judicializar" essas mesmas relações. O Jornal de Angola dedicou-lhe um editorial elogioso a dar eco desse apelo.
O PS estará representado pela secretária-geral-adjunta, Ana Catarina Mendes, e pelo presidente e líder parlamentar Carlos César. O PSD vai enviar ao Centro de Conferências de Belas, nos arredores de Luanda, os vice-presidentes Marco António Costa e Teresa Leal Coelho. Rui Fernandes, membro do Comité Central do PCP, vai ser o representante dos comunistas, e o CDS vai enviar o presidente da Mesa do Congresso, Luís Queiró.
Dos partidos que compõem a geringonça, só mesmo o Bloco de Esquerda é que não marca presença. Ao Negócios, José Manuel Pureza explica que o faz por "uma questão de coerência". "Temos vindo a criticar de uma maneira aberta, clara e frontal a opressão que existe em Angola, e manifestado solidariedade por quem tem sido preso por ler livros e outras coisas perigosas desse tipo", ironiza. Por isso, "não faria qualquer tipo de sentido" que o Bloco fosse ao congresso do MPLA.
E os partidos que lá vão, fazem bem? "Cada partido escolhe as alianças que quer fazer, mas depois não pode vir com o discurso da defesa da liberdade de expressão. Esse gesto revela transigência com a governação em Angola", sentencia.
Oficialmente, o MPLA diz que o congresso terá como principal objectivo analisar os "desafios que se colocam aos angolanos e ao partido nos próximos tempos", dedicando também "uma atenção muito particular ao momento que o país está a viver", nomeadamente a nível económico, devido à crise provocada pela queda dos preços do petróleo, que está a fazer o crescimento abrandar.
O PS estará representado pela secretária-geral-adjunta, Ana Catarina Mendes, e pelo presidente e líder parlamentar Carlos César. O PSD vai enviar ao Centro de Conferências de Belas, nos arredores de Luanda, os vice-presidentes Marco António Costa e Teresa Leal Coelho. Rui Fernandes, membro do Comité Central do PCP, vai ser o representante dos comunistas, e o CDS vai enviar o presidente da Mesa do Congresso, Luís Queiró.
Dos partidos que compõem a geringonça, só mesmo o Bloco de Esquerda é que não marca presença. Ao Negócios, José Manuel Pureza explica que o faz por "uma questão de coerência". "Temos vindo a criticar de uma maneira aberta, clara e frontal a opressão que existe em Angola, e manifestado solidariedade por quem tem sido preso por ler livros e outras coisas perigosas desse tipo", ironiza. Por isso, "não faria qualquer tipo de sentido" que o Bloco fosse ao congresso do MPLA.
E os partidos que lá vão, fazem bem? "Cada partido escolhe as alianças que quer fazer, mas depois não pode vir com o discurso da defesa da liberdade de expressão. Esse gesto revela transigência com a governação em Angola", sentencia.