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Pedro Sánchez não se demite e vai "prosseguir com mais força"

O primeiro-ministro espanhol justificou a decisão com a forte mobilização social contra o seu afastamento e com a necessidade de defender a democracia.

Jon Nazca / Reuters
Maria Caetano mariacaetano@negocios.pt 29 de Abril de 2024 às 10:08
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira que não apresenta a demissão e que pretende "prosseguir com mais força" na liderança do Governo espanhol

A decisão do primeiro-ministro espanhol foi anunciada após Sanchéz se ter mantido em reflexão nos últimos dias na sequência de uma investigação judicial envolvendo a mulher, Begoña Gómez, e suspeitas de tráfico de influência e corrupção.

"Eu e a minha mulher sabemos que esta campanha de descredibilização não vai parar. Já há dez anos que a suportamos. É grave, mas não é o mais importante. Podemos com ela", comunicou na declaração feita após ter informado previamente o rei Filpe VI. "Trata-se de decidir que tipo de sociedade queremos ser. O nosso país precisa desta reflexão", defendeu.

Na comunicação, Sánchez justificou a posição final com a forte mobilização social de milhares de apoiantes que, nas ruas, pediram ao primeiro-ministro que não apresentasse a demissão, e argumentou que a sua permanência tem como objetivo a defesa das instituições democráticas."Mostremos ao mundo como se defende a democraria", afirmou.

"Se aceitamos todos, como sociedade, que a ação política permite ataques indiscriminado a pessoas inocentes, não merece a pena. Se consentimos que a disputa partidária justifique o exercício do ódio, da insídia e da falsidade em relação a pessoas terceiras, então não merece a pena. Se permitimos que as mentiras mais grosseiras subsitituam o debate respeitoso e racional com base em fatos, então não vale a pena", argumentou o responsável do PSOE logo no início da comunicação.

O discurso de Sánchez sucede-se a cinco dias de reflexão após a abertura de um "inquérito preliminar", na passada quarta-feira, envolvendo a mulher do primeiro-ministro espanhol por alegado tráfico de influências e corrupção, na sequência de uma queixa de uma associação conotada com a extrema-direita, a associação "Mãos Limpas". O Ministério Público já considerou entretanto que a queixa não tem fundamento, pedindo o seu arquivamento.


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