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Pedro Nuno Santos candidata-se à liderança do PS com o apoio de Francisco Assis

"Começar esta intervenção para agradecer a vossa presença num momento particularmente difícil para o nosso partido. [...] Agradecer a Francisco Assis o apoio a esta candidatura", afirmou.

Vítor Mota
13 de Novembro de 2023 às 18:29
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Sem grandes surpresas, Pedro Nuno Santos anunciou esta segunda-feira, na sede nacional do PS, a sua candidatura a secretário-geral dos socialistas. O deputado socialista agradeceu o apoio de Francisco Assis ao seu movimento e lembrou José Luís Carneiro, um adversário que "enriquece o debate".

"Começar esta intervenção para agradecer a vossa presença num momento particularmente difícil para o nosso partido. [...] Agradecer a Francisco Assis o apoio a esta candidatura", começou por dizer.

"Um cumprimento também ao nosso camarada nosso adversário, José Luís Carneiro. A sua candidatura enriquece o debate e dá força ao nosso partido", acrescentou.

Costa e os seus "desígnios"

Pedro Nuno Santos lembrou o papel de Costa na formação de um acordo político entre os partidos da esquerda parlamentar em 2015, quando reuniu apoio do PCP e do Bloco de Esquerda.

"António Costa foi o líder que derrubou os muros erguidos entre o PS e os outros partidos da esquerda parlamentar, foi ele quem teve a iniciativa de desfazer o bloqueio que colocava o PS em desvantagem face a uma direita que se conseguia entender para governar".

O ex-ministro sublinhou também o papel do primeiro-ministro na construção de empregos, uma prioridade que diz também ser a sua.

"Usarei uma expressão do próprio para descrever o seu maior desígnio: 'emprego, emprego e emprego'. Foram mais de 600 mil empregos criados desde que o PS assumiu funções no final de 2015", frisou.

E acrescentou: "é verdade que ainda há muito por fazer, e que são muitos os problemas que afligem as famílias portuguesas, mas seria errado e injusto esquecer o legado que é deixado ao país pelos governos
liderados por António Costa".

O anúncio foi feito na sede nacional do PS no Largo do Rato, numa sala cheia onde marcaram presença, além de simpatizantes e militantes do partido, como Francisco Assis, vários dirigentes das concelhias socialistas de todo o país, deputados e membros do Governo, como o ministro da Educação, João Costa. Foi recebido com muito cânticos e aplausos de toda a sala e foi cumprimentando alguns militantes que encontrava no caminho até ao microfone.

O deputado socialista já pertenceu ao Executivo socialista como responsável pela pasta das Infraestruturas e Habitação. Demitiu-se do cargo depois da polémica indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração da TAP.

Em julho, regressou aos trabalhos parlamentares como deputado. Mesmo antes da saída de cena do primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos já era um dos principais nomes apontados para suceder a António Costa na liderança do Partido Socialista. Uma ambição que se adiantou pela demissão do primeiro-ministro e secretário-geral do PS na última terça-feira, no seguimento da "Operação Influencer".

Até esta segunda-feira, apenas o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, apresentou a sua candidatura à liderança do partido. O socialista apresentou a candidatura no último sábado e apresenta-se como representante da chamada ala moderada do PS e mostrou-se disposto a viabilizar uma governação do PSD para impedir a ascensão do Chega, de André Ventura e contra a formação de uma nova "geringonça". 

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