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Pedem-se mudanças na política económica ao Governo remodelado

A CIP não gostou da Energia sair da Economia. A CCP aplaude o Emprego na Segurança Social. Todos pedem mudanças nas políticas em prol do crescimento

Paulo Portas fez o discurso de encerramento, onde disse: “Prefiro pagar um preço de reputação e fazer o que devo para um futuro melhor”
Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 24 de Julho de 2013 às 09:27
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CIP preferia energia dentro da economia
A CIP - Confederação Empresarial de Portugal manifestou discordância pela saída da energia da tutela do Ministério da Economia. "A energia é uma questão de competitividade nuclear para as empresas e nesse sentido deveria manter-se no Ministério da Economia. "Lamentamos que tal não aconteça", afirmou António Saraiva, presidente da CIP, à Lusa, a propósito da remodelação governamental. Para o responsável máximo da CIP, António Pires de Lima é um nome "interessante", mas "mais importante que os ministros são as políticas" e as reformas do País que "tardam em ser feitas".

 

 

CCP aplaude emprego na segurança social
O presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, considerou fazer sentido o Ministério da Segurança Social integrar a pasta do Emprego. Quanto à Economia, agora nas mãos de Pires de Lima, a CCP lembra que o novo ministro "tem apresentado um conjunto de posições públicas, valorizando a necessidade do relançamento da economia". Por isso, o Governo "criou uma expectativa positiva, agora se será ou não capaz de alterar o quadro de política económica e financeira que tem funcionado até agora (...) é uma interrogação", disse à Lusa.

 

 

UGT diz ser tempo de dar uma oportunidade
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu a necessidade do Executivo apresentar novas políticas para o País e ouvir os parceiros sociais. "É tempo de dar uma oportunidade ao novo Governo que aí vem, embora seja uma remodelação, mas é uma remodelação com alterações significativas nalgumas pastas", disse o sindicalista à Lusa. "Vamos aguardar que o Governo saiba corresponder ao apelo do Presidente da República, de que é preciso alterar as políticas, e que o Governo saiba olhar para a forma como os parceiros sociais lhe têm estendido o tapete vermelho da negociação e do diálogo", afirmou.

 

 

CGTP fala em recauchutagem do governo
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou que a remodelação do Governo não resolve os problemas do País porque se mantém a política que tem suscitado a contestação popular. "É um Governo recauchutado que no essencial mantém a matriz que tem levado à contestação popular e à descredibilização do Governo e da sua política", disse Arménio Carlos, citado pela Lusa. O sindicalista considerou que "não é por acaso que o Governo foge de eleições como o diabo foge da cruz". "Vão apresentar uma moção de confiança, mas demonstram que fogem do povo porque têm medo de o ouvir", afirmou.

 

 

PCP também fala em recauchutagem
Para o PCP a remodelação governamental é uma "operação de recauchutagem" de um Executivo que está "morto e enterrado" e "não tem qualquer legitimidade" para "continuar uma política de afundamento e exploração" do País, disse à Lusa o deputado comunista João Oliveira. Questionado sobre a escolha de Rui Machete para ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, considerou que "não é escolha que motive grande expectativa" e que "muito menos é uma escolha pacífica, considerando algumas nebulosas em torno da sua participação em processos como do BPN".

 

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