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PCP salienta que não há negociação com o Governo e que tudo está em aberto

Jorge Pires fez questão de referir que "não há qualquer negociação" do Orçamento do Estado para 2020 e que o PCP não está amarrado a qualquer compromisso.

Nuno Veiga/Lusa
26 de Dezembro de 2019 às 12:52
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O PCP afirmou hoje que o critério base para aprovar ou não o Orçamento resultará da análise às propostas que em definitivo forem consagradas no documento, frisando que o único compromisso do partido é com o povo.

Esta posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo membro da Comissão Política do PCP Jorge Pires, depois de confrontado com as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que o normal será os partidos da esquerda parlamentar viabilizarem o Orçamento do Estado para 2020, tal como aconteceu na anterior legislatura.

Perante os jornalistas, Jorge Pires fez questão de referir que "não há qualquer negociação" do Orçamento do Estado para 2020 e que o PCP não está amarrado a qualquer compromisso com o Governo ou com qualquer outro partido.

"O que é natural para o PCP é aprovar-se um Orçamento que corresponda àquilo que são as necessidades do país e dos portugueses, porque o nosso compromisso é com o povo e com o país. O problema é que aquilo que está considerado hoje no Orçamento do Estado ainda está aquém das necessidades do país e dos trabalhadores", advertiu o dirigente comunista.

Jorge Pires apontou depois que ainda se está numa primeira avaliação da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2020.

"Vamos ver e, portanto, todas as possibilidades estão em aberto. Na altura própria, mediante as propostas concretas que em definitivo vierem a ser consagradas no Orçamento do Estado para 2020, o PCP definirá a sua opção de voto. Tal como já foi dito pelo secretário-geral do PCP [Jerónimo de Sousa], as três opções [a favor, abstenção ou contra] estão em aberto", acrescentou.
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