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PCP defende que justiça social só com melhor distribuição da riqueza

O dirigente comunista Dias Coelho defendeu hoje que só pode haver justiça social em Portugal se existir uma melhor distribuição da riqueza, melhores salários e reformas, e disse encarar com confiança os próximos atos eleitorais.

O dirigente do PCP José Capucho lembrou o 'passado de antifascista' de Mário Soares e evocou as 'profundas e conhecidas divergências' com o ex-chefe de Estado. Numa curta declaração na sede nacional do PCP, Lisboa, José Capucho, membro do Secretariado do Comité Central comunista, começou por dizer que já transmitiu 'directamente ao Partido Socialista e à família' as condolências pelo falecimento de Mário Soares. José Capucho lembrou o antigo Presidente da República como 'personalidade relevante da vida política nacional ' e como 'participante no combate à ditadura fascista', evocando o seu papel no 'apoio aos presos políticos'. 
'Lembrando o seu passado de antifascista, o PCP regista as profundas e conhecidas divergências que marcaram as relações do PCP com o dr. Mário Soares, designadamente pelo seu papel destacado no combate ao rumo emancipador da Revolução de Abril e às suas conquistas, incluindo a soberania nacional', afirmou o dirigente comunista.
01 de Janeiro de 2019 às 22:49
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Esta posição foi transmitida à agência Lusa pelo membro da Comissão Política do PCP em reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

 

"O senhor Presidente da República referiu a questão da justiça social. Nós queremos dizer que não pode haver justiça social se não houver uma melhor distribuição da riqueza, melhores salários e reformas", sustentou Dias Coelho.

 

Para o dirigente comunista, ao longo de 2018, o seu partido teve "um papel decisivo na reposição e na conquista de diretos".

 

"Queremos salientar que no processo de reposição e de reconquista de direitos, ao longo de 2018, se alargou a atribuição gratuita de manuais escolares, repôs-se novamente o pagamento integral do subsídio de Natal aos reformados, assim como direitos em áreas como a da saúde. Salientamos, ainda, que no ano que agora terminou demonstrou-se que o caminho verdadeiramente alternativo que está colocado ao povo português reside na política patriótica de esquerda capaz de libertar recursos e meios para que haja desenvolvimento e melhor distribuição da riqueza", advogou o dirigente do PCP.

 

Já em relação à parte da mensagem do Presidente da República em que foi deixado um apelo à participação dos portugueses nas eleições europeias, regionais da Madeira e legislativas, Dias Coelho referiu-se a essas "importantes batalhas eleitorais", dizendo que "reside na vontade, na força, na luta e também no voto do povo a resposta aos problemas que lhe estão colocados".

 

"Uma resposta que o PCP encara com confiança, porque confia nos trabalhadores e no povo, na sua sabedoria e capacidade de transformar e modificar", acrescentou.

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