Notícia
PCP acusa Costa de pintar imagem do país que portugueses não reconhecem
Jorge Pires disse que António Costa "utilizou muitas vezes" a expressão "confiança" na declaração que fez ao país, mas advertiu que só é possível haver confiança com a resolução "do problema dos salários, do problema da inflação e da perda de poder de compra sistemático".
25 de Dezembro de 2022 às 22:21
O PCP acusou hoje o primeiro-ministro de tentar pintar, na sua mensagem de Natal, uma imagem do país em que "dificilmente os portugueses se reconhecerão" e exortou o Governo a resolver os problemas estruturais que persistem.
"Nesta curta declaração do primeiro-ministro, de quatro, cinco minutos, ele [António Costa] procurou pintar uma imagem do país em que dificilmente os portugueses se reconhecerão", considerou o dirigente comunista Jorge Pires (na foto), numa declaração na sede do partido, em Lisboa.
Jorge Pires acrescentou que António Costa "utilizou muitas vezes" a expressão "confiança" na declaração que fez ao país, mas advertiu que só é possível haver confiança com a resolução "do problema dos salários, do problema da inflação e da perda de poder de compra sistemático".
A "confiança no futuro" só é possível com "um conjunto" de decisões que o PCP "tem há muito vindo a reclamar e que sistematicamente o Governo do PS recusa", por exemplo, o aumento do salário mínimo para os 850 euros já em janeiro e a tributação dos lucros extraordinários dos principais grupos económicos.
"Não se pode falar em confiança no futuro olhando para esta situação e não tomando as medidas que são necessárias. E as medidas fundamentais são o aumento dos salários, o aumento das pensões e das reformas, e relativamente a isso o Governo não tem feito nada", completou. É com este "país real" que os portugueses se importam, sustentou o membro do Comité Central do PCP.
Jorge Pires referiu que, "pela primeira vez, os reformados e pensionistas poderiam ter tido um aumento interessante", mas o Governo "decidiu congelar a aplicação" da lei.
O primeiro-ministro considerou hoje, na sua mensagem de Natal, que há razões para os portugueses terem confiança, apesar do cenário de incerteza internacional, salientando que a trajetória de redução do défice e da dívida coloca Portugal "ao abrigo das turbulências do passado".
Para o líder do executivo, as três palavras que melhor exprimem o que se deseja nesta época do ano são a paz, a solidariedade e a confiança.
Na sua perspetiva, há razões para os portugueses terem confiança. "Confiança é o que o nosso país nos garante hoje, quando tanta incerteza nos rodeia no cenário internacional. Confiança no futuro, pelo que estamos a fazer no presente", defendeu.
Segundo António Costa, a solidariedade com que os portugueses têm conseguido, "em conjunto, e lado a lado, enfrentar os desafios que os tempos exigentes colocam", dá "confiança na mobilização de todos em torno dos desafios estratégicos: reduzir as desigualdades, acudir à emergência climática, assegurar a transição digital e vencer o desafio demográfico".
"Nesta curta declaração do primeiro-ministro, de quatro, cinco minutos, ele [António Costa] procurou pintar uma imagem do país em que dificilmente os portugueses se reconhecerão", considerou o dirigente comunista Jorge Pires (na foto), numa declaração na sede do partido, em Lisboa.
A "confiança no futuro" só é possível com "um conjunto" de decisões que o PCP "tem há muito vindo a reclamar e que sistematicamente o Governo do PS recusa", por exemplo, o aumento do salário mínimo para os 850 euros já em janeiro e a tributação dos lucros extraordinários dos principais grupos económicos.
"Não se pode falar em confiança no futuro olhando para esta situação e não tomando as medidas que são necessárias. E as medidas fundamentais são o aumento dos salários, o aumento das pensões e das reformas, e relativamente a isso o Governo não tem feito nada", completou. É com este "país real" que os portugueses se importam, sustentou o membro do Comité Central do PCP.
Jorge Pires referiu que, "pela primeira vez, os reformados e pensionistas poderiam ter tido um aumento interessante", mas o Governo "decidiu congelar a aplicação" da lei.
O primeiro-ministro considerou hoje, na sua mensagem de Natal, que há razões para os portugueses terem confiança, apesar do cenário de incerteza internacional, salientando que a trajetória de redução do défice e da dívida coloca Portugal "ao abrigo das turbulências do passado".
Para o líder do executivo, as três palavras que melhor exprimem o que se deseja nesta época do ano são a paz, a solidariedade e a confiança.
Na sua perspetiva, há razões para os portugueses terem confiança. "Confiança é o que o nosso país nos garante hoje, quando tanta incerteza nos rodeia no cenário internacional. Confiança no futuro, pelo que estamos a fazer no presente", defendeu.
Segundo António Costa, a solidariedade com que os portugueses têm conseguido, "em conjunto, e lado a lado, enfrentar os desafios que os tempos exigentes colocam", dá "confiança na mobilização de todos em torno dos desafios estratégicos: reduzir as desigualdades, acudir à emergência climática, assegurar a transição digital e vencer o desafio demográfico".