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Passos Coelho não quer usar o Banif como arma de arremesso

Garantindo confiar que o actual Governo e o Banco de Portugal tudo farão para garantir a "confiança no sistema bancário" e preservar a posição "daqueles que têm os seus depósitos" no Banif, Passos Coelho garante que "estas matérias não deviam ser matérias de arremesso partidário".

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Dezembro de 2015 às 19:47
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A propósito do Banif, Passos Coelho assegurou que não pretende dizer nada sobre o passado, até porque "estas matérias não deviam ser matérias de arremesso partidário".

 

Esta quarta-feira, 16 de Dezembro, à saída do Parlamento, onde decorreu o primeiro debate quinzenal com António Costa como chefe de Governo, o ex-primeiro-ministro preferiu não se alongar nem fazer qualquer referência específica em relação à actual situação do banco liderado por Jorge Tomé.  

 

Passos preferiu demonstrar confiança de que o actual Executivo socialista e o Banco de Portugal zelarão pela manutenção da "confiança no sistema bancário" e pela preservação da posição "daqueles que têm os seus depósitos". Porque o importante é salvaguardar o "interesse de todos", sublinhou o presidente do PSD.

 

Ainda assim, depois de ter ouvido fortes críticas, especialmente das bancadas mais à esquerda, sobre aquela que foi a actuação do anterior Governo relativamente ao banco madeirense, Passos Coelho demonstrou total disponibilidade para um "debate sério" sobre o Banif, mas "quando esta questão estiver resolvida".

 

As dúvidas em relação ao futuro do banco, que tem de encontrar, até à próxima sexta-feira, um investidor disponível para comprar a participação maioritária detida pelo Estado na instituição, têm penalizado o banco madeirense que em bolsa foi renovando mínimos históricos nas últimas semanas.

 

No entanto, garantindo que este tema "foi sendo acompanhado quer pelo anterior Governo quer por este", Passos Coelho preferiu não se pronunciar porque neste momento esta é uma questão que "cabe ao Governo e ao Banco de Portugal acompanhar". Além de que "é público que o Banco de Portugal e o Governo terão de tomar decisões" no futuro próximo, concluiu o deputado social-democrata.

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