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Passos renegociou corte de 25 milhões no SIRESP, mas não o concretizou
Acabou por ser o actual Governo PS a implementar a renegociação da parceria público-privada feita pelo anterior Executivo, escreve o Público na sua edição desta sexta-feira. O corte foi programado no âmbito das reduções de despesa pública exigidas pela troika.
O anterior secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna, Fernando Alexandre, renegociou com o consórcio privado que assegura o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) um corte de 25 milhões de euros, noticia o jornal Público na sua edição desta sexta-feira, 23 de Junho. O corte, porém, acabaria por ser concretizado apenas pelo actual Governo.
A renegociação da parceria público-privada para o SIRESP foi efectuada no âmbito dos cortes de despesa pública efectuados nos anos da troika e não terá sido fácil. Como argumentos, o Governo da altura recorreu a um relatório de avaliação do sistema elaborado pela KPMG e que, revela o Público, aponta algumas das principais debilidades do SIRESP, como sejam o facto de o custo da manutenção ser o dobro do preço normal de mercado ou a baixa autonomia das fontes de energia das estações emissoras. Além disso, o conselho de administração do SIRESP, composto por três representantes dos accionistas privados, recebia remunerações anuais de 700 mil euros.
As negociações terão sido duras, mas Fernando Alexandre conseguiu levá-las a bom porto antes de deixar o Governo. Afirmou agora ao Público que a melhor solução para o SIRESP seria a sua nacionalização, forma de conter custos e solucionar falhas. Adquirir um novo sistema, quando o acordo acabar, em 2021, é algo que "não devia acontecer" considera.