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Passos Coelho: "Temos de ser uma oposição séria e responsável, mas não podemos ser parvos"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo de fazer regressar ao país a “má política” e avisou o PS de que não contará com os sociais-democratas para o que apelidou de “ópera-bufa”.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
12 de Fevereiro de 2017 às 10:16
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Passos Coelho comparou a actuação do Governo PS à ópera cómica e considerou a situação da Caixa Geral de Depósitos uma "consequência do regresso da política, só que da má política".

O presidente do PSD falava num jantar, em Bragança, este sábado, 11 de Fevereiro, com dirigentes regionais do partido, em que prometeu ser "uma oposição responsável e patriótica" e avisou que não é com os sociais-democratas que "o PS pode governar".

"Porque o PS não quis governar connosco, não quer governar connosco e todos os dias exalta e elogia os partidos de que depende no parlamento, apesar de saber que não pode contar com eles para daquilo que considera importante e relevante para futuro. Isto é uma hipocrisia completa, é uma ópera-bufa no país", declarou.

Passos Coelho declarou que o PS tem "uma maioria no parlamento com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista Português para aprovar todas as medidas que são demagógicas, populares, simpáticas".

"Depois, acha que a oposição tem de ser responsável, patriótica, para aprovar tudo o mais que se destina ou a compensar as consequências negativas do populismo e da demagogia ou a criar algumas condições de realismo político para futuro", acrescentou.

É aqui que, segundo Passos Coelho, que "entra o tipo de oposição" que o PSD tem de ser: "Nós temos de ser uma oposição séria e responsável, mas não podemos ser parvos", afirmou.

Segundo o dirigente social-democrata, os socialistas não querem a maioria parlamentar para governar, mas para, entre outros, "acabar com a exigência na educação" ou "pintar a manta com a [central sindical] CGTP".

Passos Coelho lembrou a recente iniciativa parlamentar do PSD para retomar a reforma do Imposto sobre o Rendimento Colectivo (IRC), rejeitada por PS, PCP e Bloco de Esquerda.

Trata-se, no seu entender, se uma medida com capacidade para atrair mais investimento externo para Portugal.

"[Se] é o PSD que apresenta, chumba. Ninguém está sequer a discutir o mérito das propostas e dos projectos", apontou.

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