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Para o que é urgente e "para o que foi prometido" o tempo do Governo "é muito curto"

O presidente da República entende que os portugueses "escolheram dar a vitória ao setor moderado" e não "ao setor radical do outro hemisfério". A legislatura é de quatro anos, mas "para o que é muito urgente e para o que foi prometido" o tempo do Governo "é curto". Mas a missão não é impossível, acrescentou.

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Os portugueses escolheram "dar a vitória ao setor moderado" e não "ao setor radical do outro hemisfério", considera o Presidente da República. A legislatura é de quatro anos, mas na cerimónia de tomada de posse do novo Governo liderado por Luís Montegro, Marcelo Rebelo de Sousa avisou que "para o que é urgente e para o que foi prometido na campanha" o tempo do Governo "é muito curto".

O Presidente da República defendeu um plano de emergência para o SNS "sem esquecer a estabilização do modelo de gestão"; na habitação, "maior abertura ao privado e social, atenção às classes médias, "sem esquecer os que precisam habitação de iniciativa pública"; na Educação a "pacificação dos anos letivos, em especial na escola pública, sem esquecer professores"; e ainda a aceleração do PRR, foco no Portugal 2030, localização do aeroporto, solução da TAP, aposta na ferrovia, e "mais visível eficácia da entidade da transparência no combate à corrupção".

Noutro plano, "mas muito urgente", a valorização do estatuto militar, o "fim da discriminação entre as várias forças de segurança" ou a superação de bloqueios e incompreensões que travem a economia, a sociedade, a justiça e a democracia.

Sublinhando que o novo Governo conta com o apoio solidário e cooperante do Presidente da República - "que aliás nunca o regateou ao seu antecessor" - Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que, não contando com o apoio maioritário da Assembleia da República, o novo Executivo "tem de o construir com convergencias mais prováveis em questões de regime: política externa, de defesa, europeia, financeira de repercursões internacionais", referiu.

Noutros domínios de convergências menos prováveis "o diálogo tem de ser muito mais aturado e exigente". "Para decisões como reformas estruturais e orçamentos do Estado essa exigência é ainda de mais largo fôlego", devendo o Executivo "conquistar muito mais portugueses".

O tempo "curto" foi a última das razões apresentadas pelo Presidente da República para defender que o mandato "parece óbvio mas é complexo".

A primeira foi o contexto internacional, avisando que é necessário "manter a coerência e a credibilidade politico-financeira que tanto trabalho nos tem dado a criar e a recriar".

A segunda foi a governação económica e social interna, com Marcelo Rebelo de Sousa a defender que "onde não temos problemas não os devemos criar", protegendo o "consenso" sobre mais crescimento, investimento, exportações, equilíbrio das contas públicas ou atenção à dívida pública.

A terceira foi a "base de apoio político", ponto em que defendeu as referidas "convergências mais prováveis em questões de regime".

"Será uma missão impossível? Não creio", disse.

Notícia atualizada às 19:10 com mais informação
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