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Opositor de Jardim quer eleições antecipadas no PSD-Madeira
Miguel Albuquerque já reagiu aos resultados das últimas eleições autárquicas e pede a realização de eleições directas para a liderança do PSD-Madeira. "Eu teria apresentado a demissão", diz Albuquerque em referência a Jardim.
O recente resultado nas eleições locais, especialmente a perda da câmara do Funchal não veio apenas desestabilizar o PSD-Madeira, mas a própria liderança de Alberto João Jardim, presidente do Governo regional.
Miguel Albuquerque, principal adversário interno de Alberto João Jardim, e ainda presidente da Câmara Municipal, pede que se realizem eleições antecipadas no PSD Madeira.
Agitam-se as águas no PSD-Madeira. Primeiro foi o próprio Miguel Albuquerque a candidatar-se às últimas eleições directas, em Novembro de 2012, naquilo que foi a primeira disputa à liderança de Jardim em mais de 35 anos. A vitória tangencial de João Jardim demonstrou que o consenso à sua volta tinha terminado.
Agora foi novamente Albuquerque, que depois de ter apoiado um adversário do candidato do PSD à câmara do Funchal, viu Jardim afirmar, esta quinta-feira, que todos os militantes que apoiaram a oposição “serão expulsos” do partido. Miguel Albuquerque estava impedido de voltar a candidatar-se à Câmara do Funchal por ter atingido o limite de mandatos.
Alberto João aproveitou ainda para anunciar que: "A Comissão Política reafirmou que o próximo congresso do partido será feito a 10 de Janeiro de 2015 com eleições directas a 19 de Dezembro de 2014 e com posse imediata do novo Governo que não será já presido por mim".
Mas o principal opositor do líder madeirense declarou, esta sexta-feira, que se estivesse no lugar de Jardim já “teria apresentado a demissão”, e considera ser tempo de “agir com respeito” pelo PSD-Madeira.
Além de demonstrar a sua oposição a um qualquer processo interno de caça às bruxas, o ainda presidente da câmara do Funchal pede a antecipação das eleições directas de Dezembro de 2014 para Junho ou Julho do próximo ano, porque, considera, é tempo de “o partido ouvir os militantes”.