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Nova Democracia volta ao poder na Grécia com maioria absoluta
Tal como se esperava, Alexis Tsipras não conseguiu convencer os eleitores, depois de quatro anos e meio à frente do governo grego. As promessas de fim da austeridade não cumpridas ditaram o desfecho. Kyriakos Mitsotakis, da Nova Democracia, será o próximo primeiro-ministro da Grécia.
A Nova Democracia terá conquistado a maioria absoluta no Parlamento grego, de acordo com os resultados apurados, numa altura em que quase 90% dos votos estão contados.
A Nova Democracia, liderada por Kyriakos Mitsotakis, conquistou 39,78% dos votos, segundo os dados do Ministério do Interior, citados pela imprensa internacional. Tendo como base estes dados, o partido de Mitsotakis deverá conseguir eleger 158 deputados, o que corresponde a uma maioria parlamentar, uma vez que o Parlamento é composto por 300 membros.
Já o Syriza, de Alexis Tsipras, ficou nos 31,56% dos votos, o que significa que elege 86 deputados. Tsipras, que esteve à frente dos destinos da Grécia nos últimos quatro anos e meio já ligou a Mitsotakis a felicitá-lo pelo resultados, revelou fonte oficial do partido que venceu as eleições, citado pela Reuters.
O Movimento da Mudança, que é constituído por elementos do partido socialista Pasok, terá conseguido 7,95% dos votos. Já o Partido Comunista ficou com 5,35%, e o partido de extrema-direita Solução Grega terá conquistado 3,74% dos votos. O movimento do antigo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis ficou-se pelos 3,47%.
Os partidos que conquistarem 3% dos votos conseguem eleger deputados, explica a Bloomberg.
Mitsotakis, de 51 anos, chega agora ao poder depois de garantir que as suas políticas vão apoiar a economia, prometendo cortes de impostos (redução da taxa aplicada aos rendimentos mais baixos, dos atuais 22% para 9%, e corte de 30%, em dois anos, ao imposto sobre imóveis). Prometeu também reforçar a competitividade da economia helénica para captar mais investimento, para o que propõe maior flexibilidade das leis laborais. Promessas que poderão ser difíceis de cumprir, tendo em consideração os acordos fechados com Bruxelas e os restantes credores sobre a evolução das contas públicas.
A Nova Democracia regressa assim ao poder, depois do Syriza ter quebrado, em 2015, o predomínio do bloco central (Nova Democracia, de centro-direita, e Pasok, de centro-esquerda) que durante décadas conduziu os destinos da Grécia.
A tomada de posse de Mistotakis como primeiro-ministro vai realizar-se já esta segunda-feira.
(Notícia atualizada, pela última vez, às 22:07 com mais votos contados)