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Montenegro diz que vitória da AD é o único cenário, Ventura chama-o de "idiota útil da esquerda"

O debate com mais tempo até esta segunda-feira ficou marcado por grande desacordo do princípio ao fim e debruçou-se sobre quatro temas: cenários pós-eleitorais, forças de segurança, corrupção e pensões.

12 de Fevereiro de 2024 às 22:33
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Neste que foi o maior debate eleitoral até ao momento - excedeu os 40 minutos - Luís Montenegro e André Ventura discutiram, entre constantes tricas políticas, sobre quatro temas: cenários pós-eleitorais, forças de segurança, corrupção e pensões. O líder da Aliança Democrática continua sem dar uma resposta concreta em relação à possibilidade de viabilizar um governo minoritário do PS, porque, explica, a coligação só equaciona um cenário de vitória e insistiu que não haverá acordo com o partido de Ventura. O candidato do Chega acusa Montenegro de ser "idiota útil da esquerda" e de se agarrar ao poder "de qualquer maneira".

Depois de Pedro Nuno Santos ter já garantido que não viabilizará uma potencial governação minoritária da AD, Luís Montenegro continua a desviar-se de responder à mesma pergunta. Insiste que o único cenário equacionado pela coligação é de uma vitória e, várias vezes, deixou claro que não haverá acordo com o partido de Ventura.

"Por uma questão de princípio, o PSD nunca alinhará com o entendimento político, com alguém que tem políticas, opiniões, muitas vezes xenófobas, racistas, populistas, excessivamente demagógicas (...), André Ventura utiliza muitas vezes uma linguagem que não se compadece com aquilo que são os nossos princípios, não se compadece com aquilo que é a minha forma de estar na política", atirou o líder social-democrata.

Em resposta, André Ventura acusou Luís Montenegro de ser o "idiota útil da esquerda", que faz parte da "direita que a esquerda gosta, a direita que nunca se coliga com ninguém, que nunca terá maioria".

Apesar da repetida rejeição de um possível acordo entre as duas forças políticas, André Ventura insistiu que estará disponível para conversar depois das eleições. "Se o PSD não o quiser assumir, o ónus dessa irresponsabilidade, e assumir o ónus da instabilidade - se calhar prefere estar com o PS do que com o Chega - é uma escolha", afirmou.

Medidas do Chega para as polícias são "irresponsabilidade", diz Montenegro


Numa das várias críticas ao programa eleitoral do Chega - que Montenegro, antes, já tinha acusado de ser de uma "irresponsabilidade financeira" - o líder da AD lembrou a proposta para permitir a filiação partidária dos elementos das forças de segurança e garantir o seu direito à greve.

"Duas coisas erradas, completamente erradas. A filiação partidária é mesmo a tentativa de colocar os partidos políticos dentro das esquadras e dos quartéis da GNR, enfim, no caso do direito à greve, que é uma questão debatida há muitos anos e que coloca em causa o exercício da autoridade das forças de segurança, no caso da GNR ainda tem um outro acrescento. É que sendo uma estrutura militarizada, significa que o André Ventura defende também para as forças armadas igual direito", afirmou Luís Montenegro.

André Ventura respondeu acusando o PSD de "traição" às forças de segurança "quando disse que não se comprometia a atribuir o suplemento que foi atribuído à Polícia Judiciária e às forças de segurança restantes". Sobre o riscos de um eventual direito à greve para as polícias, defendeu que na "Bélgica, Suíça e outros países pode haver greve, ela tem que estar regulamentada e há limites e há serviços mínimos". 


PSD fez "maior corte de pensões da história", critica Ventura


André Ventura, com o tema das pensões em cima da mesa, acusou o PSD de fazer "o maior corte de pensões da história", quando Luís Montenegro era líder parlamentar. Por isso, atirou Ventura, é que Montenegro diz que tem de se reconciliar com os idosos. "Não me preciso de reconciliar com os idosos, ao contrário do PSD que cortou pensões", disse.

Luís Montenegro garante que a coligação traz propostas "exequíveis" para o debate, ao contrário do que faz o Chega, que apresenta propostas, diz, que custam ao Estado mais de 9 mil milhões de euros, como é o caso da equiparação das pensões ao salário mínimo.
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