Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Marques Mendes: "Se tudo correr mal" em Lisboa, a responsabilidade é de Passos

No seu comentário semanal na SIC, o antigo líder social-democrata considera que Passos Coelho fica fragilizado pela escolha da deputada e vice-presidente laranja, e que a eleição do socialista Fernando Medina está garantida.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Março de 2017 às 21:03
  • ...
Luís Marques Mendes considera que, com a escolha de Teresa Leal Coelho como candidata dos social-democratas à Câmara de Lisboa, Fernando Medina tem a eleição ganha e só resta saber quem fica em segundo lugar: Leal Coelho ou a candidata centrista, Assunção Cristas.

"Fernando Medina já está eleito. Só falta saber se é com maioria absoluta. (…) Se as coisas correrem mal [para o PSD], a responsabilidade é do líder," afirmou na sua intervenção na noite deste domingo, 19 de Março. "O PSD ficar em terceiro lugar em Lisboa é um certo choque", acrescentou. 

Marques Mendes considera que a gestão política do processo foi "mais ou menos desastrosa" e que Passos não surpreendeu, tendo de recorrer de forma "quase solitária" a uma pessoa próxima do seu círculo político, vista como uma "solução de recurso."

O comentador televisivo referiu-se ainda ao impacto da entrevista de Assunção Cristas ao Público, que, defende, mostrou que PSD e CDS estão de "costas voltadas", com os dois partidos a assumirem estratégias diferentes numa altura em que o PSD "está fraco" e com Assunção Cristas a querer "crescer e minar o eleitorado do PSD", e "autonomizar-se".

O antigo líder do PSD diz que é altamente provável que PSD e CDS não repitam a coligação em 2019, nas legislativas, porque o CDS e o PSD "não vão em listas conjuntas" e os centristas querem ficar com "mãos livres" para poder ser oposição ou ser poder "fazer uma coligaçãozinha" como o PS, caso os socialistas não tenham maioria absoluta. Uma estratégia que enfraquece o PSD e reforça António Costa, defende.

Durante o seu comentário, disse ainda que a prorrogação de prazo para a Operação Marquês é "compreensível" e que é legal, apesar de não ser" ideal", e que não havia alternativa.

"Numa investigação deste melindre, se ficasse no ar 
a suspeita de que a prova não era consistente porque faltou tempo para esta ou aquela diligência, era pior a emenda que o soneto", afirmou, referindo que este não é caso único em investigações demoradas.

"Esta investigação é talvez a mais especial do ponto de vista de complexidade. É um caso especialíssimo," acrescentou. Mendes disseainda que "se a investigação não tiver solidez, é um fiasco enorme da justiça, do estado de direito, as pessoas passam a descrer à séria da Justiça" e questionou também a adequabilidade dos megaprocessos e o pouco tempo dado à defesa dos para requerer instrução ou apresentar contestação.

Marques Mendes referiu ainda que o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, já tem escritas cerca de 600 páginas do livro sobre a queda do universo Espírito Santo, denominado "Dias do Fim", e que entre os "alvos" do antigo CEO estarão Passos Coelho,  a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, acrescentou. 
Ver comentários
Saber mais Luís Marques Mendes Passos Coelho Teresa Leal Coelho Câmara de Lisboa Fernando Medina Assunção Cristas Operação Marquês partidos e movimentos economia negócios e finanças política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio