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Mário Nogueira vai continuar à frente da Fenprof: “O PS e o Governo vão pagar muito caro”
Os sindicatos de professores anunciam na quarta-feira novos protestos, com uma greve às avaliações em cima da mesa. Mário Nogueira revela que vai continuar à frente da Fenprof e atira-se ao PS, admitindo que vai entrar na campanha eleitoral.
Depois do Parlamento ter chumbado a recuperação dos mais de nove anos de serviço dos professores, Mário Nogueira, que em Junho se recandidata a secretário-geral da Fenprof, dirige as críticas ao PS e ao primeiro-ministro, assumindo que vai entrar no debate eleitoral para as legislativas.
"O PS e o Governo vão pagar muito caro", afirmou, à porta da Assembleia da República, depois de o PSD e o CDS terem ajudado o PS a chumbar o diploma que recuperava os mais de nove anos de serviço, embora sem calendário.
"Quem se lembra do que foi todo o mandato de José Sócrates, quem se lembra do mandato de Lurdes Rodrigues à frente do Ministério da Educação, quem se lembra do que tem sido o tratamento a que os professores têm sido sujeitos (…) com o Governo e o PS a não quererem recuperar o tempo de serviço, o que é que os professores têm para fazer ou para dar ao PS? Tudo menos beijos, não é? Agradecimentos não há, o que há é luta", sustenta.
Recusando que os professores tenham perdido uma oportunidade única de ver recuperados os mais de nove anos de serviço para efeitos das progressões – "não foi única, foi a primeira" – o líder da Fenprof anunciou que as organizações de sindicatos de professores anunciam novos protestos na próxima quarta-feira. Está em cima da mesa uma greve às avaliações a partir de 6 de junho que já tinha sido anunciada.
Mário Nogueira admitiu esta semana não se recandidatar a secretário-geral da Fenprof mas acrescentou também que deveria continuar caso o Parlamento chumbasse a recuperação dos mais de nove anos de serviço. Agora, confirma que assim será.
"O PS e o Governo de António Costa ajudaram-me a tomar uma decisão: irei ser secretário-geral da Fenprof se o congresso assim o decidir a 15 de junho porque o Governo, o PS e António Costa merecem que a luta continue e eu estou disponível para a liderar", concluiu.