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Marcelo afasta consultora que acumulava salário com bolsa na China

Mariana Mira Corrêa, que somou o ordenado da Presidência com apoios do Instituto Confúcio, deixou de aconselhar o Presidente nas Relações Internacionais. Belém justifica saída com a "conclusão das tarefas" de preparação das visitas de Estado.

Mariana Mira Corrêa cumprimenta os reis de Espanha sob o olhar atento de Marcelo Rebelo de Sousa. DR
15 de Abril de 2019 às 15:00
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O Presidente da República "deu por terminadas as funções" de Mariana Mira Corrêa como consultora da Casa Civil para a área das Relações Internacionais, de acordo com um despacho publicado em Diário da República esta segunda-feira, 15 de abril.

 

A decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, com efeitos a 18 de março, é justificada com "a conclusão das tarefas" da jovem portuense no Palácio de Belém, "em particular as relacionadas com a preparação das visitas de Estado do Presidente da República Popular da China a Portugal e do Presidente da República Portuguesa à China".

 

O chefe de Estado ruma ao gigante asiático no dia 25 de abril e regressa a 2 de maio. Respondendo a um convite do homólogo Xi Jinping, quando esteve em Lisboa em dezembro de 2018, Marcelo considerou que esta deslocação à China e a assinatura de um acordo sobre a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota" simbolizavam a "parceria que [desejavam] continuar a construir, com diálogo político regular e contínuo, a pensar no muito que une" os dois países.

 

Em fevereiro, o CM noticiou que a consultora do Presidente da República, que estava em Pequim a frequentar um curso de um semestre em Língua e Cultura Chinesa, recebia uma bolsa de estudo do Instituto Confúcio e, em simultâneo, o salário da Presidência de cerca de quatro mil euros mensais. Mesmo ausente, Belém justificou na altura a acumulação de rendimentos pelo apoio que estava a dar na preparação da visita oficial.

 

Licenciada em Comunicação Social pela Universidade do Minho, Mariana Mira Corrêa foi jornalista da SIC, assessora do eurodeputado Nuno Melo em Bruxelas e trabalhou no serviço de porta-vozes da Comissão Europeia no Executivo de Durão Barroso. Aproximou-se de Marcelo ao propor-se como voluntária na campanha e acabou por ir para Belém depois da eleição, transitando em outubro de 2017 da equipa de Comunicação, chefiada por Paulo Magalhães (ex-jornalista da TVI) para a consultoria em Relações Internacionais.

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