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Lula abre nova polémica nas vésperas de visitar Portugal
Líder brasileiro culpou Washington e Bruxelas pelo prolongamento da guerra na Ucrânia. PSD quer que Governo se demarque de Lula da Silva que vem a Portugal entre 22 e 25 de abril.
As declarações do presidente brasileiro, atribuindo aos EUA e à União Europeia, a responsabilidade pelo prolongamento da guerra na Ucrânia, abriram a polémica na frente nacional.
Lula da Silva fez estas afirmações no encerramento de uma deslocação aos Emirados Árabes Unidos (EAU) e na véspera de uma deslocação a Portugal, onde irá participar nas celebrações de 25 de abril. O líder brasileiro mostrou-se ainda disposto a integrar com os EAU e a China uma troika para negociar a paz na Ucrânia.
As palavras do chefe de Estado brasileiro motivaram reações imediatas. O vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, desafiou o Governo a "tomar uma posição pública e formal" demarcando-se das declarações do Presidente brasileiro de que a União Europeia, NATO e EUA estão a estimular a guerra na Ucrânia.
Ainda mais duro foi o líder da Iniciativa Liberal. Rui Rocha, defendeu que a Assembleia da República "não pode receber um aliado de Putin como Lula no 25 de abril", lembrando que no mesmo parlamento discursou, por videoconferência, o Presidente da Ucrânia.
Opinião diferente tem o PS. Os socialistas, pela voz de Jamila Madeira, vice-presidente da bancada parlamentar, considera que Lula da Silva tem procurado fomentar "a busca pela paz" na Ucrânia, tal como o chefe de Estado francês, salientando não ter ouvido o PSD pedir uma demarcação de Emmanuel Macron.
Lula da Silva vai estar em Portugal de 22 a 25 de abril, período durante o qual se realizará uma cimeira luso-brasileira.