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Luís Montenegro: "Não pedimos eleições mas não as recusaremos”

O líder do PSD mostra-se sem pressa para eleições antecipadas, acusando António Costa de as querer provocar. "Não pedimos eleições mas não as recusaremos", diz Luís Montenegro. O líder do PSD diz que aceitará qualquer decisão de Marcelo que, segundo referiu, vai falar ao país.

Luís Montenegro tomou posse como líder do PSD no início de julho. Intenções de voto subiram 3 pontos.
Ricardo Castela/Lusa
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É António Costa que ensaiou uma "fuga para frente a ver se provoca eleições antecipadas", acusa o presidente do PSD. Em reação à sucessão de acontecimentos desta segunda-feira, Luís Montenegro diz respeitará qualquer decisão do Presidente da República - que, segundo referiu, falará ao país - mas não revela pressa. "Não pedimos eleições [antecipadas] mas não as recusaremos".

Acusando o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas de não assumirem as suas responsabilidades, Montenegro sustentou em conferência de imprensa que João Galamba tem "culpa" por mentir quanto às reuniões com ex-CEO da TAP e quanto ao envolvimento do SIS na recuperação do computador do seu ex-assessor de Galamba. "Um ministro que acredite na carta por si escrita só tem uma saída digna: insistir na demissão", sustentou.

"Tudo o que corre mal na governação de um país é da responsabilidade dos assessores. É caso para perguntar: quem escolhe os assessores? E quem escolhe os ministros que escolhem os assessores?". "Há meses que o primeiro-ministro desistiu de governar, desistiu de Portugal e entrou em modo de campanha eleitoral. Vale tudo para engendrar a vitimização do Partido Socialista, do seu líder e dos seus delfins".

Para o líder do maior partido da oposição o primeiro-ministro "não teve um problema de consciência"." O primeiro-ministro teve consciência de ter mais um problema no seu Governo. E pensou mais uma vez na sua sobrevivência e na sua campanha eleitoral. Isto não é ter coragem, isto é esconder a fraqueza", disse, acusando António Costa de ser incapaz de evitar casos de "abuso de poder, imaturidade, negligência ou mesmo de pura e simples incompetência" e ter promovido um "teatro lastimável" que culminou na declaração que abriu "uma irresponsável crise institucional".

No contexto desta crise "não será por minha causa e do PSD que haverá eleições antecipadas", sublinhou. "Não as pedimos mas também vos digo que não as recusaremos", disse, ideia que haveria de repetir no final da conferência de imprensa.

Referindo que o Presidente da República falará ao país - sem explicar quando ou em que circunstância - Montenegro diz que respeitará qualquer decisão de Marcelo Rebelo de Sousa. "O que lhe queremos assegurar a ele e ao país é que em Portugal há uma alternativa política a este governo que está caótico", disse.

Questionado pelos jornalistas Luís Montenegro, que diz que o Governo  disse que não apresentará uma moção de censura. "Seria um frete ao PS. Quem é o fator de instabilidade é o PS não é o maior pedido da oposição", disse.


Notícia atualizada às 13:30 com mais informação
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