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Luís Montenegro: "Não pedimos eleições mas não as recusaremos”
O líder do PSD mostra-se sem pressa para eleições antecipadas, acusando António Costa de as querer provocar. "Não pedimos eleições mas não as recusaremos", diz Luís Montenegro. O líder do PSD diz que aceitará qualquer decisão de Marcelo que, segundo referiu, vai falar ao país.
Acusando o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas de não assumirem as suas responsabilidades, Montenegro sustentou em conferência de imprensa que João Galamba tem "culpa" por mentir quanto às reuniões com ex-CEO da TAP e quanto ao envolvimento do SIS na recuperação do computador do seu ex-assessor de Galamba. "Um ministro que acredite na carta por si escrita só tem uma saída digna: insistir na demissão", sustentou.
"Tudo o que corre mal na governação de um país é da responsabilidade dos assessores. É caso para perguntar: quem escolhe os assessores? E quem escolhe os ministros que escolhem os assessores?". "Há meses que o primeiro-ministro desistiu de governar, desistiu de Portugal e entrou em modo de campanha eleitoral. Vale tudo para engendrar a vitimização do Partido Socialista, do seu líder e dos seus delfins".
No contexto desta crise "não será por minha causa e do PSD que haverá eleições antecipadas", sublinhou. "Não as pedimos mas também vos digo que não as recusaremos", disse, ideia que haveria de repetir no final da conferência de imprensa.
Referindo que o Presidente da República falará ao país - sem explicar quando ou em que circunstância - Montenegro diz que respeitará qualquer decisão de Marcelo Rebelo de Sousa. "O que lhe queremos assegurar a ele e ao país é que em Portugal há uma alternativa política a este governo que está caótico", disse.
Questionado pelos jornalistas Luís Montenegro, que diz que o Governo disse que não apresentará uma moção de censura. "Seria um frete ao PS. Quem é o fator de instabilidade é o PS não é o maior pedido da oposição", disse.
Notícia atualizada às 13:30 com mais informação