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Miguel Albuquerque acredita que Marcelo não vai dissolver a Assembleia da República

O presidente do Governo Regional da Madeira considera que ter eleições antecipadas apenas interessa ao primeiro-ministro. PSD ainda não reagiu está esta manhã reunida a Comissão Permanente.

João Cortesão
03 de Maio de 2023 às 11:05
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O social-democrata Miguel Albuquerque acredita que o Presidente da República não vai dissolver a Assembleia da República, considerando que eleições antecipadas apenas interessam ao primeiro-ministro.

"O que interessava ao primeiro-ministro era ter eleições agora e para o Presidente da República não interessa neste momento haver eleições", começou por afirmar o presidente do Governo Regional da Madeira, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa não vai dissolver a Assembleia da República.

Para Miguel Albuquerque depois de ontem, "há uma alteração na relação entre o primeiro-ministro e o Presidente da República", sendo que o social-democrata não vê razões para que o Governo não se mantenha em funções uma vez que detém uma maioria absoluta e que a "instabilidade" está a ser causada pelo "próprio governo e pelas lutas internas dentro do Partido Socialista", considerando que António Costa também "deu recado para dentro do PS".

A Comissão Permanente do PSD está esta manhã reunida para avaliar a situação política. O presidente social-democrata, Luís Montenegro, falará no final.

Já o CDS-PP/Madeira, que integra a coligação governamental na região, criticou hoje a "confusão institucional" na República, defendendo que "cabe ao Presidente da República dar o próximo passo" no caso que envolve o ministro João Galamba.

"Não queremos para a Madeira o que se está a passar no continente", disse o deputado regional António Lopes da Fonseca numa declaração política no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal. Para o parlamentar, "o PS com maioria absoluta está a usar e a delapidar a democracia", e as "instituições portuguesas estão no seu mínimo de credibilidade" e a ser arrastadas para "níveis de lixo".

Lopes da Fonseca censurou o que descreveu como a "promiscuidade do PS, que confunde cargos com os seus titulares", salientando haver "ministros que mentem em comissões de inquérito", mas permanecem em funções "porque o primeiro-ministro aceita a mentira".

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