Notícia
Israel: Sem falar em cessar-fogo Marcelo recusa que Portugal tenha mudado de posição
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", sublinhou.
19 de Outubro de 2023 às 14:36
O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que Portugal tem sido "muito regular" e não mudou de posição perante o conflito entre Israel e o Hamas, sem nunca falar em cessar-fogo, ao contrário do primeiro-ministro.
Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, usou várias vezes essa expressão, considerando que é "fundamental existir um cessar-fogo" destinado à criação de corredores de segurança e ao reforço do apoio humanitário à população da Faixa de Gaza.
Questionado hoje pelos jornalistas, no Porto de Zeebrugge, durante a sua visita de Estado à Bélgica, se essas declarações do primeiro-ministro significam uma mudança de posição de Portugal, o chefe de Estado respondeu: "Não, Portugal tem sido muito regular nas posições que tem tomado".
O Presidente da República tinha ao seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal "tem sido claro na condenação que houve do ataque terrorista do Hamas" de 7 de outubro em território israelita, defendendo o "direito legítimo de resposta de Israel em relação ao Hamas", mas separando este grupo islamita do "povo palestiniano como um todo" e condenando "condutas e comportamentos que ao atingir vítimas civis inocentes são obviamente deploráveis".
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", acrescentou.
Interrogado em concreto sobre um pedido de cessar-fogo, o Presidente da República não referiu essa palavra e disse apenas que "Portugal, como sabem, está sempre do lado da solução, nunca está do lado do agravamento dos conflitos" e deseja que a situação seja ultrapassada rapidamente.
"E estão todos a trabalhar nesse sentido, os que querem que se ultrapasse. E eu acho que é um sentimento muito generalizado, e obviamente da União Europeia, dos nossos aliados transatlânticos, como os Estados Unidos da América, e muitos mais", sustentou.
Já na quarta-feira, interrogado sobre o apelo do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para que haja um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas, Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a dizer que compreende esta posição de António Guterres, sem a subscrever.
"Eu queria dizer só sobre isso é que compreendo perfeitamente a posição do secretário-geral das Nações Unidas, porque está, no exercício do seu mandato, preocupado com a situação", respondeu, acrescentando: "É um apelo perfeitamente compreensível, porque corresponde ao que tem sido a linha orientadora da sua atuação em diversas situações no mundo".
O Presidente da República iniciou na terça-feira uma visita de Estado de três dias à Bélgica, a convite dos reis dos belgas, Philippe e Mathilde, que termina hoje, dia em que o programa se concentra na região da Flandres.
Marcelo Rebelo de Sousa prestou declarações aos jornalistas depois de visitar o Porto de Zeebrugge -- que agora integra o grande Porto de Antuérpia-Bruges, na sequência de uma fusão em 2022 -- e antes de um almoço na Câmara Municipal de Bruges.
Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, usou várias vezes essa expressão, considerando que é "fundamental existir um cessar-fogo" destinado à criação de corredores de segurança e ao reforço do apoio humanitário à população da Faixa de Gaza.
O Presidente da República tinha ao seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal "tem sido claro na condenação que houve do ataque terrorista do Hamas" de 7 de outubro em território israelita, defendendo o "direito legítimo de resposta de Israel em relação ao Hamas", mas separando este grupo islamita do "povo palestiniano como um todo" e condenando "condutas e comportamentos que ao atingir vítimas civis inocentes são obviamente deploráveis".
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", acrescentou.
Interrogado em concreto sobre um pedido de cessar-fogo, o Presidente da República não referiu essa palavra e disse apenas que "Portugal, como sabem, está sempre do lado da solução, nunca está do lado do agravamento dos conflitos" e deseja que a situação seja ultrapassada rapidamente.
"E estão todos a trabalhar nesse sentido, os que querem que se ultrapasse. E eu acho que é um sentimento muito generalizado, e obviamente da União Europeia, dos nossos aliados transatlânticos, como os Estados Unidos da América, e muitos mais", sustentou.
Já na quarta-feira, interrogado sobre o apelo do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para que haja um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas, Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a dizer que compreende esta posição de António Guterres, sem a subscrever.
"Eu queria dizer só sobre isso é que compreendo perfeitamente a posição do secretário-geral das Nações Unidas, porque está, no exercício do seu mandato, preocupado com a situação", respondeu, acrescentando: "É um apelo perfeitamente compreensível, porque corresponde ao que tem sido a linha orientadora da sua atuação em diversas situações no mundo".
O Presidente da República iniciou na terça-feira uma visita de Estado de três dias à Bélgica, a convite dos reis dos belgas, Philippe e Mathilde, que termina hoje, dia em que o programa se concentra na região da Flandres.
Marcelo Rebelo de Sousa prestou declarações aos jornalistas depois de visitar o Porto de Zeebrugge -- que agora integra o grande Porto de Antuérpia-Bruges, na sequência de uma fusão em 2022 -- e antes de um almoço na Câmara Municipal de Bruges.