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Gabinete de crise britânico dá luz verde a possível acção militar na Síria

O gabinete de crise britânico deu hoje luz verde à primeira-ministra, Theresa May, para se juntar aos Estados Unidos e à França e planear possíveis operações militares em resposta ao alegado ataque com armas químicas na Síria.

Theresa May, ministra da Administração Interna
Reuters
12 de Abril de 2018 às 22:09
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O pedido do gabinete de crise britânico, no sentido de passar à "acção" de modo a impedir o uso de armas químicas na Síria, não inclui detalhes sobre o método ou o momento de tais ataques, deixando em aberto a possibilidade de se optar por outras respostas.

 

Os ministros foram convocados por Theresa May para discutir o ataque com armas químicas em Douma, alegadamente levado a cabo por forças leais ao regime de Bashar al-Assad e que causou mais de 40 mortos, que provocou tensões entre as nações ocidentais e a Síria e os seus aliados, liderados pela Rússia.

 

Depois de uma reunião de mais de duas horas, o gabinete de crise apoiou o plano da primeira-ministra britânica para trabalhar com os Estados Unidos e com França no sentido de "coordenar uma resposta internacional".

 

O gabinete de Theresa May informou, em comunicado, que o gabinete de crise considerou "altamente provável" que o presidente sírio esteja por trás do ataque que ocorreu em Douma e que concordou com "a necessidade de tomar medidas para aliviar o sofrimento humano e impedir o uso adicional de armas químicas pelo regime de Assad".

 

Os Estados Unidos, França e o Reino Unido têm realizado consultas sobre o lançamento de um ataque militar, mas o momento e a escala de qualquer acção ainda não são claros.

 

Mais de 40 pessoas morreram no sábado, num ataque à cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que, segundo organizações não-governamentais no terreno, foi realizado com armas químicas.

 

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram "nenhum vestígio" de substâncias químicas.

 

Citando informações fornecidas por organizações de saúde locais em Douma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou na quarta-feira que "cerca de 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos".

Ontem à noite, o presidente norte-americano, Donald Trump, veio dizer que afinal não está iminente um ataque à Síria, depois de na segunda-feira ter ameaçado com uma acção militar contra o regime de Assad após o ataque com armas químicas do passado sábado e ter dito que a decisão seria tomada em 24 a 48 horas.

"Não é a única opção, existem outras opções sobre a mesa", assegurou ontem em conferência de imprensa a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders. Horas antes, Trump tinha avisado a Rússia que iria atacar a Síria e que Moscovo não deveria interceptar os mísseis.

Ttambém o presidente francês colocou ontem água na fervura para tentar amenizar a escalada de tensões entre Washington e Moscovo. De acordo com o The Guardian, Emmanuel Macron deixou subentendido que será ainda preciso esperar alguns dias antes de ser tomada uma decisão final sobre a retaliação contra o regime sírio.




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