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Ferro mobiliza combate aos antidemocratas e pede melhores regras da transparência

O presidente da Assembleia da República alertou para a erosão da democracia causada pelas "novas formas de egoísmo" presentes, por exemplo, nos insultos proferidos nas redes sociais e caixas de comentários, "esgotos a céu aberto", para mobilizar partidos e sociedade em geral para um combate contra os antidemocratas.

António Cotrim/lusa
25 de Abril de 2021 às 10:48
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Na comemoração dos 47 anos do 25 de abril de 1974, Eduardo Ferro Rodrigues defendeu que apesar de todas e tantas conquistas logradas em democracia, falta ainda "erradicar" alguns valores persistentes do anterior regime, do espírito antidemocrático à xenofobia, através de uma "batalha pela nossa sobrevivência enquanto sociedade aberta, tolerante e inclusiva". 

"Um combate em que todos somos poucos" e em que os "partidos são fundamentais", prosseguiu o presidente da Assembleia da República. Ferro Rodrigues deu como exemplos o "esgoto a céu aberto" representando pelos insultos nas redes sociais e caixas de comentários de muitos media, que concorrem para, "aos poucos, [ir] enfraquecendo a democracia". 

Citou depois o Papa Francisco para se referir às "novas formas de egoísmo" que ameaçam as conquistas democráticas para assegurar que o regime saído do 25 de abril é "suficientemente resiliente" para vencer esta batalha contra os valores antidemocráticos.

Contra os "discursos simplistas" tão difíceis de combater, Ferro reiterou o "papel insubstituível" desempenhado pelo Parlamento e pelos partidos. "Devemos ter orgulho em sermos deputados, servir a democracia e Portugal", atirou garantindo que só assim será possível "inverter a tendência de distanciamento" entre políticos e cidadãos. 

Dando a mão à exigência feita pelo Presidente da República quanto à necessidade de aperfeiçoar urgentemente a lei contra o enriquecimento ilícito, Ferro Rodrigues, que já havia antes sinalizado estar de "acordo" com Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu agora a necessidade de os titulares de cargos públicos melhorarem a "legislação sobre eles próprios".

Prevendo ataques à classe política, afiançou que "não há donos da transparência e que os políticos não podem ser "suspeitos à partida".
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