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Fernando Negrão recusa colocar fasquia para assumir cargo de líder parlamentar do PSD

O candidato único à liderança parlamentar do PSD, Fernando Negrão, recusou hoje colocar qualquer fasquia para assumir o cargo, dizendo que fará a sua leitura dos resultados de quinta-feira e depois tirará as consequências que entender.

Miguel Baltazar
21 de Fevereiro de 2018 às 16:12
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O candidato único à liderança parlamentar do PSD, Fernando Negrão, recusou hoje colocar qualquer fasquia para assumir o cargo, dizendo que fará a sua leitura dos resultados de quinta-feira e depois tirará as consequências que entender.

 

Na véspera da eleição para a bancada do PSD, Fernando Negrão disse estar "confiante" nos resultados: "Se não, não me tinha candidatado", afirmou.

 

Questionado se a sua fasquia para assumir o cargo é ter o voto de pelo menos mais um de 50% dos deputados, Negrão recusou antecipar cenários.

 

"Nunca esteve nos 50%, eu disse sempre que aguardo os resultados e depois farei a minha leitura pessoal e tirarei as consequências que entender", disse, repetindo a mesma resposta perante a insistência dos jornalistas.

 

Ainda assim, o deputado e ex-ministro acrescentou que "acontece com todos os grandes partidos políticos as votações mais variáveis que se possa imaginar".

 

"Aconteceu com grandes líderes parlamentares do PSD", lembrou.

 

Interrogado se aceitaria assumir um cargo se tivesse apenas um voto, Fernando Negrão respondeu que esse "não é um cenário verosímil".

 

Fernando Negrão disse que ainda não se reuniu com o novo presidente do PSD, Rui Rio, porque ainda não foi eleito, e assegurou que tem condições para unir a bancada.

 

"Claro que tenho, sou deputado há alguns anos e o sentido de responsabilidade dos deputados é grande e todos temos noção da importância da unidade da bancada", disse.

 

Nas eleições que decorrem na quinta-feira entre as 15:00 e as 18:00, Fernando Negrão é o único candidato à liderança parlamentar do PSD e apresentou na terça-feira uma lista à direcção com sete vice-presidentes, cinco dos quais apoiaram Rui Rio, cortando quase para metade o número de 'vices'.

 

Da anterior direcção de bancada transitam Adão Silva, que será o primeiro vice-presidente, António Leitão Amaro - ambos apoiantes de Rio nas directas - e Margarida Mano, que não tomou posição na campanha interna.

 

Como novos 'vices' surgem os deputados Emídio Guerreiro (eleito por Braga), Carlos Peixoto (Guarda) e Rubina Berardo (Madeira), que estiveram ao lado de Rui Rio contra Santana Lopes, e António Costa Silva (Évora), que não tomou posição na campanha interna.

 

Fernando Negrão é, assim, o único elemento da direcção da bancada que apoiou Pedro Santana Lopes na campanha interna.

 

Para secretários da direcção, Fernando Negrão propôs a deputada Clara Marques Mendes, que já ocupava este cargo, bem como os deputados Bruno Coimbra e Manuela Tender.

 

O ainda líder parlamentar, Hugo Soares, foi eleito em 19 de Julho do ano passado, para um mandato de dois anos, com 85,4% de votos, correspondentes a 76 votos favoráveis, 12 votos brancos e um nulo, sucedendo no cargo a Luís Montenegro, que atingiu o limite de três mandatos consecutivos.

 

O deputado e ex-ministro Fernando Negrão anunciou na quinta-feira passada aos deputados que é candidato à liderança parlamentar do PSD, um dia depois do actual líder parlamentar ter convocado eleições antecipadas para o cargo após o presidente do partido lhe ter comunicado que gostaria de trabalhar com outra direcção da bancada.

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